three.

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WOW!

Minha cabeça girava 360 graus enquanto tentava abrir lentamente os olhos. Por quê raios eu bebia tanto? Gostaria de saber, também, quando colocaria em prática a promessa que não misturaria bebidas. – ainda que fosse irresistível a vodca para mim. Com apenas uma pálpebra aberta, olhei ao redor e não fazia a menor ideia de que lugar era aquele. Mas, espere aí..
Tem um par de pernas envolvidas nas minhas. Ótimo, Clarissa. Mais uma manhã em que você acorda nos braços de sabe Deus quem e não fará noção de qual é o nome desta vítima...

Com muita calma sentei-me na cama, esfregando as mãos no rosto – como se isso me devolvesse a sobriedade e a memória viesse de brinde. Avistei minhas roupas jogadas no chão.
Quando fiz menção em levantar, senti uma mão acariciando minhas costas (droga!).
Virei-me simpática: Loira, olhos azuis, maquiagem borrada...
Modéstia parte, meu gosto era excelente! Eu não errava uma.

– Fugindo? – disse a garota, com a voz rouca de sono.
– De forma alguma... – sorri, lhe dando um beijo no rosto.

Peguei meu celular e ascendi o visor: BUMBA! 650 chamadas perdidas de minha mãe.
Ok, 650 é um número fictício. Beirava umas 1.098. Ela não brincava.

 – Mas preciso mesmo ir embora.

– Sem nem tomar um banho comigo? – falou manhosa, tentando me puxar pelo braço.

Pecado.

– Isso é realmente tentador. Porém, minha vida está em risco.

Desviei-me de seus braços e abotoei a calça jeans, enquanto enfiava de qualquer jeito as botas nos pés. Enfiei as mãos no bolso na tentativa de tatear algo que não encontrei.

– Por acaso viemos com meu carro? – Perguntei já rezando á todos os deuses para que sim. Já não bastasse não saber o nome da garota, ainda ter que depender de sua carona, é demais.

Ela esticou-se com preguiça até a mesinha de lado da cama, pegando as chaves e balançando-as de frente ao seu rosto.
– Pegue-as. – Sorriu, desafiadora.

Hm, então você gosta de joguinhos. Uma pena não poder mostrar-lhe que manjo de todos.
Apoiei o joelho no colchão, fazendo menção de beijá-la, mas antes tomando-lhe o objeto de suas mãos. Selei nossos lábios brevemente e fui em direção a porta.


– Quando nos vemos? – Perguntou, interessada.
Já fechando a porta, pigarrei.
– Eu te ligo.

Quase no carro, ouço seu grito.
– MAS VOCÊ NEM TEM MEU NÚMERO!

Garota esperta.

no control.Where stories live. Discover now