Capítulo XV

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"Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la intensamente."
Augusto Cury

Bruno Cavalieri

Estou no jatinho quando tento ligar para Beatrice, porém o celular está fora de área e a ligação não é realizada, tento mais uma vez e nada.

-Você pode me emprestar o celular Maycon?

- Desculpa mano, mas não trazemos telefones para missão. Regra do FBI. (Droga!)

- Ah, ótima regra! ( Apesar de não estar satisfeito é um bom plano, afinal impede que muitas outras coisas aconteçam.)

- Sim, somos treinados para nós comunicarmos por códigos, nada digital que possa ser rastreável ou modificado. ( Entendo a linha de raciocínio, bem eficiente diria.)

- Falta quanto tempo para chegar Frederico.

- Pouco senhor, em alguns minutos estaremos em Joinville.

- Obrigada.

Estou tão aflito por não poder conversar com Beatrice, que me assusto com a voz de Maycon.

- O que houve Maycon?

- Você não está ouvindo? (Ele se levanta e começa a procurar alguma coisa.)

- O quê não estou ouvindo?

- Ronaldo, você está escutando? (Ainda não consigo entender.)

-Sim senhor! (Ele apenas afirma e não faz mais nada, entra na mesma loucura que Maycon e começa a procurar.)

- Se vocês me explicarem posso começar a ajudar. (Digo sério.)

- É um talkme, uma tecnologia de ponta do FBI, é como se fosse um  comunicador, porém impossível de ser detectado até pelo melhor hacker do mundo. (Ele para e fica sério.)

-Caralho, que tecnologia foda, mas o que houve Maycon, porque essa cara?

- Ele parou, (parece pensativo) apenas Cristopher tem acesso a essa tecnologia, é o meu chefe. ( Ele olha para Ronald) você também ouviu, não ouviu?

- Senhor, escutei um barulho parecido realmente, mas será que não é do próprio jatinho? Afinal são vibrações.

- As vibrações do Talkme são diferentes de qualquer vibração que eu já conheci.

- Mas, se parou realmente não é um talkme, ele só para quando aciona.  (Olho a cena silenciosamente, eu não sou um procurador da justiça tão bom se não observasse as coisas direito. Maycon olha para Ronald por bastante tempo e responde.)

- Verdade! (Ele fica pensativo.) Ele só para quando alguém está na escuta e não ouvir comunicação. Acho que preciso dormir um pouco. (Ele fala sério.)

- A quanto tempo não tem uma boa noite de sono Maycon? ( O questiono, ele sempre foi extremamente focado em seu trabalho. Quando tem um caso não descansa até solucionar, não é atoa que seu nome é bastante conhecido entre todos os agentes do FBI. )

- A muito tempo brother, a muito tempo.

- Então descanse um pouco, não sei por que a viagem está demorando tanto. Mas, acredito que dar para você tirar um pequeno cochilo enquanto isso.

- Você sabe que não existe essa palavra no meu dicionário.

- Você é uma maritaca teimosa. Se não fosse um agente do FBI te dava uma Surra. Mas não quero a embaixada americana vindo me prestar queixas.

O procurador (DEGUSTAÇÃO) Livro completo na AmazonWhere stories live. Discover now