Vidas Feridas (Repostando)

Capítulo Sete

Enquanto eu tentava ajudar Sophia e acalma-lá, eu escutei vidros se quebrando no quarto de Larissa. Então exclamei:

-- Larissa! Tudo bem aí?

E sem respostas, então fiquei preocupado, Kleber, meu melhor amigo, me disse para ir ver se Larissa estava bem, que ele cuidaria de Sophia. Imediatamente, Sophia se levanta e começa a correr, era muito estranho. Por que ela fez isso? Enfim, ignoramos. Eu e Kleber subimos pro quarto de Larissa, e ela não estava lá. Só havia cacos de vidros pelo chão e um bilhete:

"Acho que você perdeu, Lucas. Não posso perder o amor da minha vida para você, mas.. Se quiser encontrar ela, terá que lutar. E ah, não envolva a polícia se não ela sofrerá as devidas consequências. Não quero ferir o incrível rostinho dela, sedoso e meigo. Tchau perdedor, Larissa será bem mais feliz comigo."

Eu não podia acreditar que aquilo era verdade, eu comecei a chorar, e então Kleber começou a gritar pela casa inteira, ele achava que era uma brincadeira. E quando viu que não era, nós dois começamos a chorar, eu não poderia envolver a polícia nisso. O que eu faço? Imediatamente, eu caio de joelhos no chão e as lágrimas molhavam o meu rosto, logo agora que eu tinha começado a namorar com ela, estávamos dispostos a viver um romance de verdade. Eu não sei o que vou fazer sem você, Larissa. Por que tudo isso está acontecendo? Será que Deus não tem piedade de nós? Kleber estava completamente tomado pelo ódio, e ao mesmo tempo pela tristeza. Então, eu desmaio.

Eu acordo, e estou na cama da minha casa. Como? Eu sei, Kleber me trouxe até aqui. Mando uma mensagem para ele:

-- Kleber, precisamos achar ela! Eu não vou desistir.

Eu chorava tanto que chegava a soluçar, minhas mãos suavam e tremiam, eu estava em estado de choque. Vai saber para onde ele levou ela, o meu coração acelerava de desespero, parecia que iria sair pela boca. O meu corpo só pedia ela junta a mim novamente. Eu precisava sentir que ela estava segura.

1 semana se passou, Larissa continuava desaparecida. Todos na cidade sabiam, na escola todos pediam notícias sobre ela, Menos Sophia, e isso era estranho. E divulgavam fotos dela e vídeos pelas redes sociais, mas eu sentia que tudo isso era inútil, e eu chorava, chorava muito, eu não saia mais do meu quarto, meus olhos estavam vermelhos de tanto eu me acabar em choros, enquanto eu tomava banho e a água molhava o meu rosto, eu lembrava de tudo que havia passado com ela.. E desabei, eu entrei em mais uma crise de choros. A mãe de Larissa já estava sabendo, e se encontrava no hospital mal, por preocupação pela filha, a pressão dela estava muito alta. Eu só espero que nada de ruim aconteça. Eu vou te achar, Larissa. Nem que eu tenha que dar a minha vida por você.

Quando eu saia do banho, escuto a campainha tocar, e logo indago:

-- Mãe, a porta!

E continua tocando, eu desço as escadas da minha casa. E quando eu finalmente chego para abrir a porta, um envelope é enviado para mim, pela parte de baixo da porta. Com a seguinte frase:

"Abra, pegue, leia se quiser ver ela novamente, nem que seja uma última vez."

Assim que eu li, eu lembrei imediatamente de Larissa. Na verdade, nunca a tirei da cabeça, a minha aflição só aumentava. Então, rasguei o envelope e peguei o papel dentro dele, nele continha alguns enigmas, estranhos, pareciam coisas científicas. Eu não entendia nada! Isso vai ser difícil, mas tenho que conseguir.

Lembrei que Kleber jogava diversos jogos com enigmas, e quem sabe ele descobriria alguma pista por trás desses enigmas que recebi. Subo correndo para o meu quarto, e encontro outro bilhete em cima da cama:

"Nada de polícia, hein?"

Tá, eu entendi. Ignorei o papel e vesti uma roupa, imediatamente fui para casa de Larissa atrás de Kleber, ele me atendeu, eu entrei e mostrei o que havia recebido.

Ele se esforçava para entender os enigmas, mas nada. Até que ele consegue entender, e o enigma se tratava de um local, acho que o local que Larissa estava. Eram 16:00 horas da tarde, eu e Kleber pegamos o seu carro e corremos para o local, era uma montanha, que havia um mar extenso e imenso logo em baixo.

Confesso que estou com muito medo, mas eu preciso ter ela comigo novamente. Todos precisam dela: Eu, Kleber e principalmente, a mãe dela.

Kleber dirigia aflito, quase batíamos. Em 3 horas, chegamos ao local, se não fosse o congestionamento, chegaríamos bem mais cedo. Agora era 19:09 horas, com muitas dificuldades, subimos a alta montanha, eu sempre tive medo de altura, então foi muito mais difícil para mim. Mas o que eu não faço por ela?

Nós subimos, e quando chegamos lá, nos deparamos com Larissa amarrada com uma fita branca em sua boca, ela se mexia, tentava se soltar, e sem sucesso. Eu olho para o seu lado, e lá está Audrew, com uma arma na mão.. Eles estavam na ponta do penhasco que havia em cima da montanha, eu estava com medo do que poderia acontecer. Eu tento fazer com que ele fique calmo, mas Kleber imediatamente pula em cima dele e eles entram em uma luta corporal. Eles brigam, até que Kleber e Audrew acabam se desequilibrando, e só conseguem segurar no penhasco com uma mão, eu não sabia o que fazer, um tentava derrubar o outro, então.. Imediatamente, puxei Kleber para cima, para que não houvesse riscos dele cair.

Audrew consegue se levantar, aponta uma arma para mim, mas não atira.. Ele desamarra Larissa, e tira a fita da sua boca, a pega pelo pescoço e direciona o revólver para a cabeça dela.

Vendo aquilo eu comecei a chorar e pedir que ele parasse.

--- Para, Audrew. Olha o que você está fazendo, não destrua a sua vida por isso.

--- Você não me entende? Tudo isso foi culpa dela, somente dela. --- acertou uma coronhada na cabeça de Larissa, caindo em seus braços desmaiada.

Kleber queria pular em cima dele e derrubá-lo dali de cima.

Audrew falou:

-- Ela vai ser minha, nem que seja em outra vida.

Após falar isso, ele agarrou Larissa com força e se atirou para o mar aberto, fazendo com que os dois caíssem do penhasco.