Capítulo Dez

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O quarto se encontrava com resíduos da porta no chão, destruída pelo impulso causado pelos meus pés. André não estava mais ali, acabara de pular, logo a atendente do local me viu, ameaçou chamar a policia, então pulei a janela também. Já na avenida, corri de volta para a casa, uma certeza estava em mim: Larissa está viva. Voltei pensativo, e com algumas informações a serem assimiladas.
Já no local em que se encontrava a minha casa, uma pessoa estava em frente a ela.. Era Kleber, o mesmo acabara de sair do hospício. Parecia estar bem, diferente.. Porém, ao mesmo tempo o mesmo e o velho Kleber de sempre.

Lhe abracei, e lhes dei as boas vindas de volta, entramos para casa e conversamos durante alguns minutos, horas até. Expliquei o que acabara de acontecer, e o mesmo ficou surpreso, ele havia acabado de sair do hospício. Há poucas horas, já se encontrava bem novamente após 3 anos naquele local, imagino o quão horrível deve ter sido. Eu precisava dar um jeito de saber onde André foi, com quem, e para onde. Eu ainda tinha o número de Sophia, e Kleber me deu uma brilhante e perfeita ideia. Então, a liguei.

Perguntei como ela estava, e logo ela me respondeu, ela sabia disfarçar perfeitamente, se eu não soubesse de tudo jamais desconfiaria. Falava com uma calma, algo de pessoas totalmente sem sentimentos, como se não estivesse fazendo nada de errado.

Então, Kleber me mandou falar se ela aceitaria sair comigo, contestei o mesmo, mas era o único modo de se obter informações sobre o que estavam planejando.

Kleber estava disposto a me ajudar no que eu precisasse, queria ter a sua irmã de volta, e eu, a mulher da minha vida. As esperanças estavam vindo a tona, ainda haveria um jeito novo e uma forma nova que o destino havia nos dado para vivermos felizes e sem interrupções, por isso estou disposto a lutar com unhas e dentes, nem que seja para dar a minha vida.

A mãe de Larissa se encontrava em coma, infelizmente, ainda pelo "sumiço" de Larissa que havia acontecido há exatamente 3 anos atrás, já se fazia 3 anos em que ela se encontrava nesse estado.

Era triste. Muito por sinal, o medo de algo ruim vir a acontecer nos assolava, estava sem o mínimo de tempo para a visitar, nem pelo menos para dizer que tudo iria ficar bem.. A minha vida agora girava em torno de recuperar Larissa, a ter em meus braços novamente segura e sendo a mulher que ela sempre foi, guerreira e a melhor.

No dia seguinte, um novo dia agitado estava vindo a acontecer, uma nova missão. Me arrumei, e logo fui ao local onde marquei de me encontrar com Sophia, Kleber logo foi atrás um tanto disfarçado, para não notarem a sua "presença."

Sentamos em uma sorveteria, e logo começamos a conversar. Era hora de colocar o plano em prática, logo coloquei a minha mão sobre a dela, falando sobre a possibilidade de obter um *relacionamento". A mesma ficou surpresa, e um tanto desconfiada. Mas logo, cedia. Eu precisava fazer isso, mesmo sendo mentira, era o único modo que restava e havia.

--- Por que você está fazendo isso? -- disse ela.

--- Isso o que? Vamos aproveitar essa sorveteria linda, essas paisagens, os ventos batendo em nossos cabelos.. Vamos interagir com nós mesmos, não focar em só beijar. -- eu disse.

-- Ok.

Conversamos durante horas, e tudo parte do perfeito plano, tinha tudo para dar certo. O céu estava com um arco íris imenso, que parecia encher o meu mundo novamente, parecia ter o colorido mais uma vez, e ao fechar os olhos eu só conseguia ver a face de uma pessoa: Larissa. Eu jamais pensaria que um amor por uma garota me faria fazer isso, mas o amor é algo que nos cativa, sem ao menos estarmos preparados para isso. E eu a amo, e ainda vamos desfrutar do nosso amor juntos, a vida não pode ser injusta.. Não para quem não merece.

Então fomos para a casa dela, tudo isso fazia parte do "querido plano", chegando lá a mesma tentou me beijar a todo custo, e eu sempre inventava uma desculpa.

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