Capítulo Treze

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- Tia Lúcia, o que houve?

O garoto avistava o corpo da mãe de Lucas sobre o chão.

Gemidos de dor. Estava sentindo uma dor em seu peito e estendia a sua mão, na esperança de ser levantada por qualquer pessoa com vida na terra que fosse.

- Kleber, me ajuda por favor.

- O que a senhora está sentindo?

Levantou a ex sogra da sua irmã, a colocou em uma superfície macia e plana: o sofá. Acariciou os seus cabelos e tentava lhe acalmar, estava extremamente nervosa e parecia ter o seu coração saindo de sua boca.

- A senhora aceita um copo d'água?

- Sim, meu filho. Por favor, obrigado.

Suspirava sem cessar, os suspiros tomavam conta do local.

Kleber possuia a mãe do seu maior rival em suas mãos, poderia fazer o que bem entender com ela e sabia que o seu ponto fraco seria a sua própria mãe.

Mas, ele não era covarde e estava determinado a resolver os atritos somente com Lucas. E além do mais, ainda havia bondade em seu coração... Nem que fosse pouco.

Reflexões profundas enquanto abria a geladeira na cozinha, e enchia um copo de vidro transparente.

- Aqui está, senhorita Lúcia.

- Muito obrigado, querido. - disse se tremendo e aos prantos.

A sensação de aperto em seu coração estava lhe consumindo pouco a pouco, segundo a segundo.

Agia de forma astuta e olhava para a mãe de Lucas de forma prepotente, possuia vontades de se livrar daquela inútil mulher mas não queria prejudicar inocentes, mas isso não significa que ele não iria atingir.. Nem sempre querer, é poder.

- Vem aqui dona Lúcia, vai ficar tudo bem. - Kleber a abraçou, entrelaçou os seus dedos aos dela.

Um beijo em sua bochecha, totalmente falso e um plano de vingança em mente.

- Agora me diz, por que a dona está assim?

- O Lucas está sumido faz horas. Já liguei para todos os contatos existentes na face da terra e todos me dizem a mesma coisa! Eu não posso perder um dos meus filhos.

Entrou em prantos, e se apoiou no colo de Kleber.

- Um dos seus filhos? - tal declaração despertou em Kleber uma imensa curiosidade.

Afastou a senhora, e olhou em seus olhos que estavam cheios de lágrimas centralizando os seus olhares imperceptíveis somente em seus olhos que brilhavam por vingança. Vingança por algo que a maioria das pessoas não possuiam participação.

Mas, Kleber não pensava assim.

Era um ótimo garoto, mas estava cego.. Cego pela corrupção da sociedade, talvez obtivesse os seus motivos e tentaria de todo modo colocar o que estava planejando dia após dia, transformando as rotinas dos seus inimigos um completo inferno.

- O quê? Esquece!

- Pode confiar em mim, dona.

- Não é nada, estou delirando.

Mais um mistério a ser revelado e descoberto, daria trabalho mas a declaração que acabara de surgir causou uma interrogação imensa em seu cérebro.

Tudo completamente esquematizado, e absolutamente montado em sua cabeça.. Tudo teria que dar certo, TUDO estava andando nos trilhos planejados. Qualquer deslize, causaria fracasso total.

Vidas Feridas (Repostando)Where stories live. Discover now