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SÁBADO

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SÁBADO

Stacy Simmons

- Você é tão linda, Kiara - Eu sussurro para a pobre e idosa cadela de raça Bernese. A mesma lambeu a costa da minha mão, seus olhos escuros cheios de doçura me encarando com ternura.

- Você acha que ela vai ficar bem, Stacy? - Mariana me perguntou com um tom preocupado

- Espero que fique. - Eu disse ainda com os olhos na grande cadela deitada

- Ela está muito fraca - Disse Mariana passando a mão nos negros pelos dela - Você não tem que trabalhar?

- Eu já vou, só quero ficar mais um pouco com ela.

- Eu gostaria tanto que alguém pudesse adota-la. - Phill disse parado na porta, passando a mão em seu cabelo grisalho. Phill Mendes é dono da clínica veterinária, Pai da bela Mariana Mendes a minha frente.

Os dois compartilham amor por animais, assim como eu. Apesar de eu não receber nada, eu meio que trabalho aqui quando tenho tempo. É uma forma minha de aprender mais sobre, pelo fato de eu fazer curso de medicina veterinária e também estar próximos dos animais, cuidar deles.

- Eu também, ela já passou tanto tempo passando de casa em casa por causa do tamanho dela. - Mariana suspirou cansada - Todos que entram aqui se encantam por ela, mas não adotam.

- Pois é - Eu disse. Sou uma pessoa de poucas palavras as vezes.

Phill assentiu e olhou para Mariana

- Vamos cuidar dos outros. E você mocinha, não está na hora de ir trabalhar? - Apontou para mim

- Estou começando a achar que estão me expulsando daqui - Eu digo me fazendo de ofendida. - O que acha, Kiara?

Ela lambeu minha mão de novo

- Vou levar isso como um sim. - Digo.

Phill riu e saiu acompanhado da sua filha.

Kiara tinha seus olhos escuros intensos brilhando em minha direção. Essa cadela é minha companheira aqui.

- Eu sou egoísta o bastante por estar feliz por ninguém te adotar. - Eu digo para ela - Mas também me sinto mal por não poder fazer isso.

Ela levanto um pouco do corpo e lambeu meu rosto. Eu sorri.

- Não sei o que isso significa, mas eu também gosto muito de você.

Meu celular vibra, revirei os olhos.

- É Kiara, atrapalharam nosso momento romântico.

Ela abriu a boca, quase como um sorriso.

- Pois bem, vou trabalhar. Fica bem, mocinha.

Eu me despedi da mesma e levantei, indo embora.



DOCE, OLIVER.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora