5 - Eu não paro de pensar naquele beijo.

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Pov cosima

Entrei chorando em casa, subi para o meu quarto e me tranquei. Minha sorte foi que a tia S já estava dormindo e eu não teria que me explicar.

Que beijo, que mulher, que tudo!

Foi a primeira vez que eu consegui me abrir na vida e eu disse que ela era bem especial para mim e a beijei.

Só que tem um problema, quando estávamos nos beijando e Delphine colocou a mão na minha bunda, eu lembrei do meu padrasto, e não foram memórias boas. Isso me fez ficar confusa. Eu gostei que ela colocou a mão lá mas na hora eu dei um tapa na cara dela e foi muito automático, foi o meu instinto. Foi como uma defesa.

Que beijo bom!

Fui me acalmando aos poucos e fiquei muito envergonhada pela minha reação de dar um tapa na cara dela. Fui uma completa idiota, e ainda a deixei sozinha lá sem entender nada.

A Delphine é diferente, ela não tem maldade comigo e nem fica olhando para os meus peitos quando conversa comigo. Ela me respeita muito.

Estou me sentindo muito babaca por ter feito isso, mas foi o meu instinto. Passei por tantas coisas com o Michael que me fizeram ter medo de tudo.

Ela não me mandou mais mensagem e eu também não mandei. Pela manhã, acordei sem muito ânimo. Mandei uma mensagem falando que queria conversar para o Félix e ele me chamou para almoçar.

Hoje eu ainda tinha que trabalhar. Tomei um banho, me arrumei e falei para a tia S que talvez me atrasaria um pouco para o trabalho porque eu iria me encontrar com Félix. Ela concordou, tia S é um anjo em pessoa.

-Félix! - Digo sorrindo quando o vi no restaurante.

-Cos, você está linda! - Ele me analisou e depois me deu um abraço.

-Obrigada. - Digo sem jeito. Que merda eu nunca sei reagir a um comentário desses.

Sentamos na mesa e o garçom logo veio nos atender e pedimos nossos pratos.

-Me conta, como foi com a Delphine? - Pergunta animado.

-Fê, foi incrível! - Digo sorrindo. - Ela me levou em um lugar que tem a vista da cidade toda, ela comprou vinho, levou sanduíche e chocolate para gente, ficamos conversando sobre coisas aleatórias e depois fomos embora, ela me levou até a porta da minha casa e depois a gente se beijou... - Ele deu um grito de felicidade. - Félix!- Chamei sua atenção.

-Eu sabia que vocês iriam ficar juntas! - Diz sorrindo orgulhoso. - O meu plano de deixar o seu número na mesa deu muito certo...

-Eu dei um tapa na cara dela. - Interrompo ele. - E depois deixei ela sozinha.

-Como assim? Você não gosta dela? Por que fez isso? - Começou a fazer muitas perguntas.

-Fê, tem uma parte da minha vida que ninguém conhece. - Falo triste. - É difícil para mim.

-O amor pode curar tudo, até a ferida que mais dói, vai por mim. - Colocou a mão em cima da minha. - Meu pai não me aceita, eu estou sendo obrigado por ele a fazer essa faculdade porque ele quer que eu cuide dos negócios dele, mas ai eu conheci o meu namorado, e percebi que o amor é a melhor coisa, eu não ligo mais para o meu pai ou o que ele pensa sobre mim, quando eu estou com o Scotty tudo muda, ele me dá paz e força para continuar cada dia. - Fala sorrindo apaixonado.

-Eu fico muito feliz por você, Fê. Queria que a minha vida fosse menos complicada.

-Então descomplica ela! - Ele disse como se fosse o óbvio.

-Não é fácil assim, Félix.

O garçom entregou a nossa comida. Ficamos conversando mais e ele ficou me dando dicas e conselhos. Realmente o Félix é muito bom nessas coisas.

Primeiro Amor - CophineOnde histórias criam vida. Descubra agora