18 - Você é uma menina tão boazinha.

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-Eu mandei você sentar!- Mostrou uma faca. Eu engoli seco e comecei a soar frio.

Fiz como Michael pediu. Fui até a mesa e sentei. Tia S estava com os olhos cheios de lágrimas e percebi que ela estava tentando pegar seu celular que estava no bolso na sua calça atrás. Ela poderia ter uma chance de ligar para a polícia, o iPhone tem um comando que você aperta algumas vezes o botão power e ele liga para a polícia sozinho e eles conseguem localizar onde estamos.

-O-o que você quer? - Pergunto gaguejando vendo que ele sentando na minha frente.

-A senha do cofre da sua tia, ela não quis falar mas eu sei que você vai, né?! - Sorriu debochando. - Você é uma menina tão boazinha.

-Eu não sei a senha. - Menti.

É claro que eu sabia mas eu não iria falar.

-Você sabe sim, eu sei que sabe. - Colocou a faca em cima da mesa, eu estava tremendo de medo. - Eu vim aqui fazer o que a frouxa da sua mãe não conseguiu.

-Eu não sei a senha, estou falando! - Falei desesperada.

-Dúvido que a sua querida titia não iria falar com você, afinal só moram vocês duas aqui. - Ele respirou fundo. - Se não quer falar tudo bem, vai ser obrigada, porque se não quiser por bem, vai querer por mal.

Olhei para tia S e ela balançou a cabeça em afirmativa para eu falar. Mas eu não iria, tem muito dinheiro nesse cofre, ela trabalhou muito para consegui-los.

E não é como se eu nunca tivesse passado por essa situação, eu já aguentei uma vez, posso aguentar mais uma.

-Levanta. - Ele ordenou. - Eu mandei você levantar! - Ele gritou e eu levantei rápido e com medo. - Tire a sua blusa.

-Pra que? - Perguntei com a voz trêmula. - Você não precisa fazer isso.

-Eu preciso, a polícia está atrás de mim e da sua mãe, você nos quer presos? - Pergunta cruzando os braços e eu fiquei quieta. - Imaginei. Anda, estou com pressa!

-Por favor, não faz isso! - Pedi com meus olhos cheios de lágrimas.

-Faça o que eu mandei. - Falou com um tom autoritário. Tirei a minha blusa ficando só de sutiã. Ele olhou meus peitos e sorriu maldoso. - Fazia tempo que eu não os via.

-Hum... - Tia S estava se mexendo na cadeira tentando se soltar.

-Ei, calminha ai. - Ele fala olhando para ela. - Não acredito que você quer perder esse show. - Apontou para mim.

-Você é doente. - Falei chorando de raiva e um pouco de medo. Michael é capaz de tudo para conseguir o que quer.

-Por que você não chama o seu papai? - Levantou e veio de aproximando de mim. - Você não tem um, né? Ele te abandonou porque ninguém gosta de você, sua mãe tinha que ter te abortado. - Aquelas palavras doíam muito em mim. Era como uma faca entrando no meu peito. - E essa aliança aqui? - Diz olhando a minha mão. - Aposto que essa pessoa está com você por pena.

-Para de falar isso. - Pedi já chorando.

E de repente ouvimos barulhos de sirenes. Ele me encarou não acreditando.

-Você chamou a polícia? - Perguntou muito bravo.

-Não, eu não chamei. - Falei secando minhas lágrimas.

-Foi você, sua vadia? - Foi em direção a tia S.

-Aqui é a polícia, por favor, abaixe as armas e coloque a mão para o alto! - Ouvimos a voz de um homem entrando na casa. - Não tente fugir, deixe a mão visível e não faça nenhum movimento brusco. - O policial chegou acompanhado de mais dois.

-Boa noite, aconteceu alguma coisa? - Michael pergunta como se nada tivesse acontecendo.

-Senhor Michael Smitt, o senhor por aqui de novo? - O policial pergunta se aproximando. - O senhor está preso por tráfico de drogas, tentativa de homicídio e por roubo. - Colocou as mãos dele para trás. - Achamos o Michael. - Falou no alque toque. - O senhor tem direito de ficar quieto e vai para à delegacia. - Algemou as mãos dele. - Leve ele para o carro polícial Jonnes.

Coloquei a minha camisa e eu estava com muita vergonha. O policial se aproximou da gente.

-Boa noite, senhoras. - Cumprimentou com a mão no chapéu. - Eu sou o policial Bob e recebemos sua ligação de emergência e rastreamos o seu celular. - Foi até a tia S e desamarrou ela. - Ele será encaminhado para à delegacia, estávamos atrás dele faz um tempo, peço que conte como aconteceu para fazermos um boletim.

-A minha casa tem câmeras por todo o lugar, vai ser mais fácil. - Tia S fala se aproximando de mim. - Vou chamar meus advogados e vou fazer com que ele nunca mais saia da cadeia.

-Ótimo, não tenham medo, vou colocar polícias para vigiar a sua casa. - Ele assegura. - Ele nunca mais chegará perto de vocês.

Os policiais ficaram quase duas horas na nossa casa nos dando um suporte e tirando fotos do crime e pegando as filmagens da câmera, ele pegaram a faca que ele usou também.

Eu só conseguia chorar, eu ainda estava tremendo e nervosa. Os policiais me acalmaram um pouquinho mas eu ainda estava bem abalada.

Quando vi meu celular, tinha umas mensagens da Delphine preocupada porque eu falei que mandaria mensagens quando eu chegasse em casa. Liguei para ela e contei o que aconteceu e falei que precisava dela e Del já estava vindo.

Não acredito que tudo tudo iria acontecer de novo.

Primeiro Amor - CophineWhere stories live. Discover now