Primeiro Amor - Cophine

19 - Eu quero cuidar de você.

Pov Delphine

Depois da ligação da Cosima, eu não pensei em mais nada. Peguei o carro emprestado com o meu pai, pois o meu estava na casa do Félix, e parti para a casa dela.

Acelerei muito naquelas rodovias. A raiva corria pelas minhas veias. Juro que se eu encontrar aquele filha da puta um dia, eu o mato.

Cheguei lá e tinha duas viaturas policiais.

-Ei, ei, quem é a senhora? - Uma policial perguntou assim que saí do carro. Eu tinha estacionado em frente a casa da Cos.

-Delphine Cormier.

-Posso saber o que está fazendo aqui? - Me analisou dos pés a cabeça.

-Cosima é a minha namorada e me ligou explicando o que aconteceu, eu vim ficar com ela. - Explico.

-Por que eu deveria acreditar em você? A ordem é que ninguém pode se aproximar dessa casa. - Ela entrou na minha frente me impedindo de andar.

-Deixe, ela é a minha nora. - A senhora S apareceu em frente a grande porta da sua casa.

A policial me olhou ainda meio torto mas saiu da minha frente.

-Venha, querida, entre.

Caminhei pelo pequeno jardim que decorava a frente da sua casa e entrei.

-Ela está no quarto, não quer comer e nem nada. - Ela diz triste. - Vai ter que ter paciência com ela.

-Eu sinto muito, senhora S. - Falei com os olhos cheios de lágrimas. - Sinto que a culpa é minha, eu prometi a senhora que cuidaria e não deixaria nada acontecer com ela.

-Querida, não se culpe! - Se aproximou de mim. - Nada disso é culpa sua, ele que é um doente. Ele já está sendo preso e já falei com meus advogados, ele vai ficar um bom tempo lá, isso se sair.

-Fico mais tranquila, os policiais disseram mais alguma coisa? - Pergunto limpando minhas lágrimas.

-Eles estão dando um bom suporte para gente e eles vão vigiar a casa. Vai ficar tudo bem. - Sorriu para me tranquilizar. Minha sogra é uma mulher tão forte, tenho orgulho dela. - Ela precisa de você.

-Eu sei, vou ajudar em que for preciso. - Digo e ela afirmou com a cabeça.

-Você já conhece a casa, então, se Cos quiser comer tem coisas para fazer um sanduíche. Eu preciso tomar um banho e fazer umas ligações.

-Tudo bem.

-Não se preocupe, vai ficar tudo bem. - Diz e eu afirmei com a cabeça, ela saiu de perto e eu subi para o quarto da minha namorada.

A porta estava fechada, bati duas vezes e entrei. O quarto estava escuro mas eu conseguia vê-la sentada no chão chorando com o braço abraçando as pernas. Essa cena me quebrou.

Me aproximei dela rápido. Eu precisava ser forte por nós duas.

-Meu amor, está tudo bem. - Sentei do seu lado. - Eu estou aqui. - Sussurrei.

-Delphine! - Me abraçou pela cintura ainda chorando. - Eu sinto tanto!

-Eu sei, meu bem. - Eu estava fazendo carinho nos seus cabelos.

-Você não me merece, por que você está comigo? O Michael está certo, a minha mãe deveria ter me abortado. - Ela soluçava de tanto chorar e o meu coração estava em mil pedaços.

-Não fala isso, Cos. Você é muito importante para mim, é uma das melhores coisas da minha vida. - Digo.

-Desiste de mim. Eu sou o problema, Delphine. - Me encarou. Seu rosto estava até inchado de tanto chorar.