O híbrido envergonhado

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Quinta-feira - 8:00 

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Quinta-feira - 8:00 

Sabe quando você está querendo muito fazer uma coisa e fica ansioso pra chegar o momento que tanto espera? Eu estou sentindo isso em plena manhã de quinta-feira, eu deveria estar dormindo, mas estou aqui na cama embolando querendo voltar a dormir, porque poxa, são oito da manhã, eu tenho que dormir, aproveitar minhas férias mesmo que seja uma merda. 

Estou pensando naquele pavão metade homem, sou muito curioso, quero voltar na floresta e ver aquela criatura bizarra novamente, com medo? Sim! Curioso? Também. Vou ficar aqui parado? NEGATIVO.

Estou com medo, mas a curiosidade é maior. Quem não ficaria? Sei que é cedo, mas eu vou ir na floresta de novo, e ver mais de perto aquele menino.

Enfim, levantei da cama e fui ao banheiro dar uma mijada e soltar uns puns durante o banho. Esse é meu ritual de todas as manhãs: mexer no celular, Tomar banho e soltar bufas, tomar café da manhã. 

Já que não estou na minha casa, então pulei a parte do celular, pensando bem aqui... Como vou encontrar o pavão novamente? Tenho que ser sincero, encontrei aquele bicho por um acaso, não sei se irei vê-lo novamente. 

Ah, mas eu não quero vê-lo exatamente... Tenho medo! 

Porra, se eu morrer naquela floresta, a culpa é do Yoongi, aquele velho safado.

— Bom dia, Hyung. — Entrei na cozinha sorridente, vendo o mais velho bebendo café e lendo um jornal, a mesa estava vazia, não tinha nada, nem um ovo com farinha. 

— Bom dia! — Murmurou sem olhar pra mim.

— Cadê meu café da manhã? — cruzei o braços birrento.

— Você não é aleijado, eu já disse desde ontem que não irei preparar suas refeições. Acha que sou seu empregado, pirralho?! — Me encarou raivoso.

— Aish, não precisa gritar. — falei baixinho com medo do mais velho, vou até a geladeira vendo que não tinha caralho nenhum, nem um suco de caixinha. Depois fui no armário e também não tinha nada, eu vou morrer de fome aqui. — Yoongi, cadê a comida? 

— Lá fora! — falou como se fosse óbvio.

— Que? Lá fora? — franzi o cenho 

— Você tem que colher, tem tudo lá fora. Acha que aqui tem suco artificial? Você precisa pegar as coisas da horta. — bufou — Agora para de me incomodar. 

— Idiota! — saí da casa indignado, eu não vou colher nada do chão, além de colher vou ter que lavar e preparar. Não nasci pra isso, vou ter que comer algo da floresta, lá tinha frutas e várias coisinhas a mais. Novamente fui para floresta e fiquei andando sem destino, minha barriga roncava muito alto, a qualquer momento posso desmaiar. — Calma barriguinha, vamos encontrar algo pra comer. — alisei minha barriga sem parar de andar, sem querer acabo tropeçando e caindo que nem uma banana podre no chão. Essas coisas só acontecem comigo. — Ótimo, que linda manhã. — falei irônico, vendo aquele macaco filho da puta se aproximar de mim. — Ah, você de novo... Por acaso tem algo pra comer? Estou cagado de fome. — o bicho pegou a terra do chão e jogou na minha cara, olhei para o animal puto com a vida, e ele joga de novo. — Você deve estar de palhaçada com minha cara, vai pagar caro seu idiota de cú rosa. — me levantei irritado, correndo atrás do macaco, o peste corria que nem um condenado, já fiquei com raiva. Parei na metade do caminho colocando a mão no joelho, melhor eu parar por aqui, se não vou morrer. Quando me recuperei, levantei a cabeça vendo que eu estava em outro lugar, tomei no cú, não sei onde estou. 

O Híbrido De Pavão (Terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora