Capítulo XI - A desolação de um reino

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  Os trigêmeos conduziram Ícaro e sua turma por um lance de degraus até estarem na parte superior do Haerald. Nesta parte do casarão havia dois corredores – um em cada lado – cheios de portas, no final do corredor direito uma porta grande se destacava. Era os aposentos de Hades e Perséfone.

— Homens neste corredor. – Tales falou, se referindo ao corredor onde estavam. – Luna, você fica do outro lado. – ele sorriu.

Atlas olhou para a garota e ela assentiu para ele. Luna se dirigiu para uma porta próxima a de Perséfone e Hades e entrou nela. Era um quarto simples, não mudava em nada quanto às cores do casarão em si, mas uma grande janela com visão para rios de chamas davam uma cor avermelhada ao ambiente. No centro do quarto, abaixo da janela, uma cama de casal com lençóis brancos se mostrava presente, em sua cabeceira havia um símbolo em forma de espiral – como se aquele quarto tivesse sido feito especialmente para ela –. Via Láctea sentou-se nela e tornou a olhar para as explosões de fogo queimando lá fora.

 Fora daquele cômodo, os meninos também se dirigiram para seus respectivos quartos. Eles não eram muito diferentes do de Luna, exceto pelas camas de solteiro. Elas também possuíam símbolos na cabeceira. Um par de asas na de Ícaro, representando seu passado na ilha de Creta. Um sol com olhos na de Dario, representava o Grande Caos. Na de Atlas havia o desenho de um braço musculoso, o que estava relacionado à sua força de titã.

Uma batida na porta soou pelo quarto de Dario. Ele andou até ela e abriu, mostrando a pessoa por trás dela.

— Só vim me certificar de que está tudo bem. – Nicolau falou. – E também falar que eu e meus irmãos estaremos de plantão hoje, então, caso esteja em problemas… É só gritar meu nome. – ele piscou para Dario, que revirou os olhos e lhe respondeu fechando a porta na cara dele.

Do corredor Nico gritou um "vou fingir que isso foi uma aprovação" e saiu dos cós da porta, voltando para onde seus irmãos estavam.

Após se jogar na sua nova cama, Dario sentou-se e tornou a sua direção à uma parede. Ele esticou sua mão direita e a áurea escarlate em forma de círculo apareceu ao redor dela. Antes vazia, agora a parede parecia mostrava-se transparente aos olhos do garoto.

 No quarto ao lado do Maximoff, Ícaro se despia de suas vestimentas gregas, ele não enxergava um outro garoto o espiando, então deitou-se apenas com uma cueca boxer branca.

Ele não parava de pensar sobre o que aconteceria de agora em diante. Não sabia o que teria que fazer quando o Tifão fosse derrotado. Ele governaria o mundo depois que tudo acabasse?

Não importava naquele momento, o cansaço consumia seu corpo. Ícaro virou para o lado e adormeceu. Dario o acompanhou também.

 Um pouco mais distante, Atlas estava inquieto em seu quarto. Ele se levantou e abriu a porta, olhou para os lados certificando que não havia ninguém naqueles corredores. Por sorte, os trigêmeos estavam no andar de baixo. Então, o garoto seguiu em direção ao quarto de Luna e deu três leves batidas na porta.

— Atlas? – disse a garota ao abrir a porta. – O que está fazendo aqui?

— Não consigo dormir. – ele diz inocentemente. – Eu posso entrar?

Luna assentiu e deu passagem para ele entrar em seu quarto.

— A cama do meu quarto é pequena. – ele sorriu ao ver a cama de casal no quarto dela. – Você teve sorte.

A garota fechou a porta e se aproximou da cama, se sentando nela.

— É grande demais para mim que sempre vivi no espaço.

A Queda de Ícaro [HIATOS]Onde histórias criam vida. Descubra agora