Capítulo XVIII - O tempo oportuno

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       — Como isso é possível? — Atlas perguntou.

Sarcella sugeriu que aquela cidade poderia ter sido encantada. Ou que eles haviam voltado no tempo após a tempestade.

Os cidadãos de Delfos olhavam a sombra alada voando acima de suas cabeças com pavor. Eles não perceberam que um perigo maior corria entre as árvores ali perto.

Atlas estava apavorado, se perguntando como teria se metido naquela loucura e como sairia dali.

Hermeto avistou um anfiteatro e decidiu que seria melhor para Draco pousar ali. Então o dragão começou a descer e logo eles estavam no chão.

A arena estremeceu quando Ícaro aterrissou no solo. Todos o olharam impressionados com a força repentina dele.

— Desde quando ele é forte desse jeito? — perguntou Sarcella para os outros.

— Há muitas coisas que não sabemos, pelo visto… — Luna respondeu.

— Ele é um descendente do sol. — Hermeto disse. — Isso o torna mais poderoso.

Ícaro estava andando até eles.

— Como sabe disso? — Atlas perguntou.

Luna e as Amazonas também pareceram curiosos.

Na arquibancada os Irmãos Cerberus recém haviam chegado, eles estavam apreensivos. A cidade estava em alerta com os visitantes.

— Nós estamos esperando por um Guerreiro do Sol há muito tempo. — respondeu. — Achávamos que seria um filho de Hélio ou Apolo, mas seus filhos fracassaram. Ícaro recebeu a bênção do sol, ele é o escolhido.

Quando Ícaro se aproximou, eles se calaram.

— Ei! — gritou Tales de cima da arquibancada. — Vamos antes que venham atrás da gente.

Hermeto alisou o focinho do dragão e o alertou para o procurar caso houvesse algum imprevisto. O dragão grunhiu baixinho e deitou a cabeça no chão para descansar.

— Estarei de volta logo.

       Após deixarem o anfiteatro, os heróis seguiram pelos becos e vielas da cidade, se esgueirando pelas paredes velhas para não serem pegos por algum guarda, ou algo que tomassem seu tempo.

Onde passavam podiam ouvir as pessoas falando sobre um enorme dragão voando sobre seus tetos e algo que parecia um cometa.

— Como chegaremos ao Oráculo? — perguntou Ícaro, enquanto davam uma pausa. — Acho que não contavam que voltaríamos no tempo aqui.

— Por que não perguntamos a algum nativo? — Atlas sugeriu. — Nossas bocas não irão cair por causa disso.

Ao terminar de falar, Atlas sentiu uma brisa fria o deixar todo arrepiado.

— Por que sinto que estamos sendo observados agora...? — ele perguntou.

— Deve ser porque realmente estamos. — Sarcella respondeu, pegando uma adaga presa no cinto em sua cintura e se manteve atenta. — Tomem cuidado.

Eles formaram um círculo quando uma sombra passou por eles. O céu escureceu, nuvens cinzas agora tomavam o lugar onde o sol reinava.

Ícaro sentiu uma fadiga e lutava para permanecer de olhos abertos. Como se algo estivesse lhe tirando toda sua força vital.

A sombra se pôs na frente de Thales, ele engoliu seco e ficou paralisado, tentando distinguir o que — ou quem — era aquilo.

De repente tudo ficou escuro, Thales estavam em outro plano astral agora.

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⏰ Última actualización: May 06, 2020 ⏰

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