Capítulo XII - O repercutor do Caos

17 2 0
                                    

    Os garotos já estavam correndo há algum tempo. Eles passaram de um corredor longo para um túnel rochoso. Pararam quando chegaram à uma porta pequena, e um tanto velha. A madeira escura dela mostrava que ela estava ali há bastante tempo.

— Vamos descer e ver para onde essa porta leva. – Luna disse enquanto descia do monstruoso Cérbero.

Ícaro acompanhou Luna e juntos eles se aproximaram da velha porta. De perto, ela parecia a mesma que havia na casa das Hespérides, possuía os mesmos símbolos gregos.

— Pode ser um portal! – Ícaro estava feliz por deixar aquele lugar. Mesmo que não houvesse de fato cumprido seu dever de deter o Tifão. – Como no da casa de Atlas.

Após Dario e Atlas também descerem do Cérbero, o cão soltou um grunhido e seus ossos se partiram, diminuindo de forma e dando lugar a três garotos com roupas rasgadas.

— Tenham cuidado. – Tales disse.

Ícaro e Luna olharam para ele confusos.

— O Tártaro pode ser perigoso. – Lucano o completou.

— Esse portal pode te levar para casa. – Nicolau finalizou.

— Mas também pode te levar a um mar de pesadelos. – os três disseram em uníssono.

Os trigêmeos se aproximaram do portal e suas mãos brilharam quando elas tocaram a madeira. A fechadura pareceu ter sido destrancada. Mas foram interrompidos quando uma bola de fogo explodiu próximo a eles.

Todos olharam para trás, onde um grupo de Makhais vinham se aproximando. Ficaram surpresos quando viram um deles abrir a boca e uma outra bola de fogo ser arremessada na direção deles.

Tão rápido como um raio, Atlas tomou a frente do seu grupo e usou do seu escudo para se protegerem. A explosão atingiu sua arma de defesa, fazendo-a mudar rapidamente de cor, indo de um ouro velho para um brilhante.

Atlas não teve tempo para se recuperar, pois as criaturas avançaram em cima deles. O garoto puxou sua espada e se preparou para atacá-los. Mas um campo de força vermelho escarlate criado por Dario ficou entre eles.

— Vão! – ele disse usando sua força vital para segurar a barreira mágica. – Não posso segurar por muito tempo.

Os Makhais batiam fortemente no escudo do Maximoff, que em contrapartida usou sua outra mão para fortalecer.

Os Irmãos Cerberus mais uma vez puseram suas mãos sobre a madeira do portal. Mas nada aconteceu, os deixando desesperados.

— Não quer abrir! Não quer abrir! – Nico gritou, sua voz demonstrava o desespero que ele estava sentindo naquele momento, principalmente por ver a luta que Dario estava tendo para segurar os Makhais.

— Ícaro, você pode tentar, você é a Ordem! – Tales disse segurando nos ombros do garoto loiro.

— E-eu não sei o que fazer. – Ícaro se sentia pequeno mais uma vez.

— Você pode fazer o que quiser. – dessa vez foi a voz doce de Luna que se aproximava dele.

Ele lembrou-se da sua infância, quando morava com seu pai na Itália.

"Você não é tão forte quanto pensa que é!"

Disse o valentão Pietro, um garoto mais velho que ele.

"Você estragou a vida do meu filho no dia que pisou nesta casa."

A sua avó, uma senhora de sessenta e três anos que morava na casa do filho mais novo, lhe disse.

A Queda de Ícaro [HIATOS]Where stories live. Discover now