De Comum Acordo (Completo)

Capítulo 16

Levantei e tentei acender a luz, mas estava sem energia e nenhum sinal do Robert. Ele saiu cedo para a empresa e disse que hoje tinha um jantar de negocios e que iria chegar mais tarde, então dormi a tarde toda, e parece que agora estou sem energia.

O telefone não parava de tocar, desci as escadas e atendi, mas ninguém falou nada. Desliguei e liguei para a casa do Robert, Dulce foi quem atendeu.

- Dulce Robert ja esta em casa?

- sim Ailen, inclusive chegou na correria dizendo que havia chegado tarde demais e que estava atrasado para ir te ver, agora mesmo ele deve estar no banho

- estou sem energia aqui em casa, ai tem energia Dulce?

- tem sim Ailen, acho que você poderia vir para a mansão

- fala pro Robert me esperar que vou para a mansão.

Subi as escadas e coloquei umas roupas na bolsa, uns cremes, escova, e de repente ouvi um barulho de vidro sendo quebrado, parecia vir da cozinha, então corri e tranquei a porta do meu quarto, peguei meu telefone e liguei para Robert, estava me sentindo tão assustada que não sabia o que fazer. Ele atendeu no terceiro toque.

- meu amor tem alguém aqui dentro de casa

- você tem certeza?

- ouvi o barulho de vidro sendo quebrado, acho que quebraram o vidro da minha janela da cozinha

- tenta ficar segura, ja estou indo, no caminho ligo para a polícia.

Ouvi passos, a pessoa estava subindo as escadas, então abri a janela para dar a entender que saí por ela, amarei alguns lençóis e joguei pela janela.

Me escondi no closet atras das roupas de frio, fiquei torcendo para a pessoa acreditar que eu realmente havia conseguido fugir. Ouvi quando tentaram rodar a massaneta e percebram que a porta estava trancada.

- Ailen eu sei que você esta a aí, vim acertar as contas.

Aquela voz era conhecida, era Mary quem havia invadido minha casa, ela era louca, mas estava me deixando com muito medo, o que ela queria fazer comigo? Meu coração estava acelerado, quase saindo pela boca.

- você trancou a porta, parece que alguém esta com medo. Abre a porta querida, não vou fazer mau a você, so quero conversar.

Fui invadida por um pânico de outro mundo, tudo que queria era fugir daquele lugar, sair correndo e realmente sair pela janela, mas estou grávida, se escorregar nesse telhado e cair posso perder o bebe.

- se não vai abrir eu vou arrombar.

Ela realmente arrombou a porta, fez um barulho horrível que ecoou pela casa inteira

- essa vadia fugiu.

Ela parecia ter engolido minha história, mas ainda corro o risco dela querer olhar pelo quarto para ter certeza que eu havia mesmo fugido.

Escutei os passos dela pelo meu quarto, ate que ela decidiu abrir uma das portas do meu closet, nessa hora quase morri, jurava que ela iria me achar, mas para minha sorte ouvi outra voz no quarto

- o que você esta fazendo aqui?

- Robert, vim procurar a mulher que roubou nosso filho, ela tirou ele de nós

- Mary esta tudo bem agora, abaixe essa arma, ela não esta aqui

- você esta com ela, mas você não a ama, você me ama, é comigo que você tem que ficar Robert.

A voz dela soava meio chorosa, como se estivesse chorando enquanto falava, Robert estava tentando acalma-la.

- abaixa essa arma e vamos conversar Mary