8. CAUGHT IN THE ACT

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Oh shit

SEUL, 12 de fevereiro.

- Pensei que fosse passar a noite com Chanyoung hoje.- Não se importou em tirar os olhos do videogame ao falar.- Sabe, ela estava toda...- Não soube qual palavra ao certo usar.

- Ah, ela queria. Mas eu não estava no clima, sabe?

- Hoseok...- Pausou o jogo e olhou para o maior.- Jin me disse que você não se lembra do que aconteceu ontem.- O mais novo congelou. Ele se lembrava muito bem, mas era difícil assumir — principalmente para si mesmo — que o que houve entre os três noite passada não foi um mero momento. Ele ainda conseguia sentir as carícias deliciosas dos dois em si, as bocas o lambendo e chupando. O dia inteiro fora apenas aquela lembrança explodindo em sua mente.
   Ele sequer teve vontade ter sua namorada em seus braços. Foi justamente por esse motivo que ele desmarcou a noite de amor com a mesma. Ele precisava se distrair, ele precisava colocar na sua cabeça que aquilo que ele tinha com Yoongi e Taehyung era apenas uma amizade antiga. Não havia tesão, não havia mãos se alisando, se masturbando, não haviam bocas se tocando, se chupando. Não! Era só amizade.

   Ele tinha uma namorada, ele a desejava, ele a queria. Ele não deveria ficar duro a todo mísero momento que o menor se abaixasse e se empinasses para pegar uma droga de uma latinha de cerveja no chão, ele não deveria reparar todas as vezes que a língua do menor humedecia a própria boca e, principalmente, ele não deveria se lembra o quão delicioso era ele fazendo o mesmo em seu pau. Então era muito mais fácil para ele esconder esse acontecido. Ele se lembrava, mas não devia. Ele não queria esquecer, mas ele tinha. 

- Há sim... É, eu não me lembro de nada.- Desviou o olhar do menor. Era difícil encara-lo.

- Eu não me lembro de você ter bebido tan...- Foi interrompido por batidas na porta. Hoseok agradeceu momentaneamente por isso.

- Hoseok eu...- Quando pode ser visto uma cabeleira acinzentada adentrar o quarto, todo o agradecimento que Hoseok fez aos céus se esvaiu, e agora ele apenas buscava força, pois ele sabia que ali, naquele momento, ele estava fodidamente perdido.

...

   Era noite. O final de mais um dia longo e cansativo de trabalho. Mas chegar em "casa" não o trazia mais prazer, não o alegrava, pois ele não se sentia em casa. Estar naquele ambiente junto de sua esposa louca e seu filho distante era cansativo, era como estar debaixo do inferno e viver agarrado ao demônio.

   Não foi isso que sonhou para si, não era essa a vida que seus pais — já falecidos — esperavam que tivesse. Então era muito mais fácil se isolar, se afastar daquele mostro de sete cabeças que sua vida tinha se tornado desde o momento que seu filho mais velho resolveu ir até a padaria naquela maldita manhã.

- Senhor Park.- A porta da sala foi aberta assim que a mulher o chamou daquele jeito manhoso, daquele mesmo jeito manhoso que ela o chamava enquanto estavam na cama.- Presumo que já tenha terminado o trabalho por hoje.- Adentrou a sala, certificando-se se de trancar a porta.- O Senhor está tenso, o que acha de uma massagem antes de irmos?

- Acho ótimo.- A mulher sorriu de canto, dirigindo-se até atrás da cadeira do homem de paletó. Suas mãos já automaticamente acariciando dos ombros largos até a barra da calça social.

- O que você acha de não voltar a aquele lugar hoje? Não adianta me olhar assim.- Disse ao que o mais velho levantou o olhar para si.- Você sabe muito bem que após o banho, sua mulher dorme como uma pena, os remédios da tarde a derrubam. É sempre assim. Seu filho sabe se cuidar muito bem, sabe quais remédios dar. Amor, você sabe que não deve se preocupar. Jihyun sabe o que fazer.

FAKE - JIKOOK/ NAMJIN/ TAEYOONSEOK Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang