18. FREE FALL

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Falling in this free fall

SEUL, 20 de junho.

- ... Sim, ela cortou os pulsos... Eu soube que foi por causa da briga que eles tiveram.- Quase dois meses já havia se passado e Jimin ainda sentia como se seu mundo tivesse acabado.

A cada passo que dava podia escutar cada palavra que indiretamente eram dedicadas a si. As pessoas sentiam pena e dó, Jimin era visto como o mais novo coitadinho da escola. Foi expulso de casa e agora estava morando de "favor", e sempre que passava em frente à sua antiga casa, podia observar a mulher, que agora ocupava o lugar que sempre foi de sua mãe, lhe direcionar sorrisinhos provocativos e intencionais.

Sua mãe... o velório e o enterro haviam acontecido um dia após o suicidio. E Jimin preferiu não acompanhar os procedimentos de perto. Depois que chegou as pressas em casa e viu o corpo de sua mãe coberto por um saco preto, enquanto a carregavam para o carro fúnebre, Jimin perdeu todo seu apetite de vida.

Ele havia notado que agora ele estava muito mais sozinho que antes, pois não se sentia confortável dentro de sua nova casa. Se sentia como um intruso, era como se estivesse ali dentro somente para destruir aquela família que sempre fora perfeita para si. Não conseguia enxergar aqueles adolescentes como seus irmãos, e apesar deles lhe tratarem bem, até mesmo Hyorin, aquilo se recusava a entrar na sua cabeça. Kyunghoo e Young sempre faziam de tudo pra lhe agradar, agiam como se fosse seu verdadeiro filho, mesmo que o relacionamento dos dois estivesse no fundo do poço, eles nunca deixavam aquilo afetar os outros membros da casa. Jimin se sentia como um ingrato por tudo aquilo, por não conseguir aceitar as coisas em seu coração, mas acabava sendo mais forte do que ele. Então quando estava na frente de todos eles, ele apenas colocava um sorriso no rosto e fingia que estava tudo bem.

Jungkook, passava todas as horas possíveis ao lado de Jimin, sempre dando toda a atenção para seu amado, pois ele sabia que qualquer passo em falso que o menor desse, ele poderia cair e jamais se levantar. Para o menor o único motivo pelo qual levantava da cama todos os dias, é porque ele sabia que Jungkook estaria lá mais uma vez, esperando por ele.

Ele sempre estaria o esperando.

- Hey, Mochi!- Segurou o braço do menor, adentrando a primeira sala vazia que encontrou.- Olha pra mim!- Segurou o queixo do menor fazendo-o lhe encarar, então assim pode ver as lágrimas acumuladas desde que tinham pisado na escola.- Não liga pra eles, são um bando de insensíveis.

- Não dá Kook. Eu... Está tudo desmoronando, e eu sinto como se eu não pudesse mais ficar de pé.- Foi fortemente abraçado, um abraço repleto de carinho. Só assim Jimin sentia que podia aguentar até o final, somente com ele, eu seus braços e protegido.

- Calma, meu amor.- Abraçou o garoto mais forte, talvez assim pudesse transmitir um pouco do amor e carinho que sentia pelo outro.

- Kookie... Eu... E-e preciso t-te fa-falar.- Disse manhoso, em meio a soluços acusados pelo choro forte.- Não... S-sei até quando v-vamos es-tar aqui-

- Ei. Shiiii!- O soltou de seus braços, segurando em seu rosto e deixando um selinho em seus lábios.- Não pensa nisso, okay? Vamos apenas viver um dia de cada vez!- O menor assentiu, mas mesmo assim resolveu continuar. Não estava no seu melhor momento, mas sentiu que aquelas palavras deveriam sair de sua boca.

- Jungkook, eu... Eu amo você! Amo muito!

Jeon o olhou um pouco espantado, aquilo era definitivamente novo para si. Mas ao mesmo tempo sentiu uma paz tão grande lhe dominar, sentiu o amor que o menor lhe despertava crescer mais um pouco. Então ele sorriu, sorriu verdadeiramente feliz. Naquele momento, mesmo que nada estivesse dando certo, ele sentiu que mais nada poderia dar errado. Ao ouvir aquela voz lhe dizer de uma forma tão doce, aquelas palavras que lhe desciam como plumas, Jeon alcançou seu estopim de felicidade.

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