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(O desenho da mídia é meu, sim eu desenhei e não, não tem nada como o capítulo mas ficou muito bom, eu quero ver quem vai me julgar)



Chae-rin observava distraídamente a vista das ruas movimentadas de Daegu. As mãos magras apertando fortemente o volante, sua garganta travava, amargando de tal maneira a nenhum doce amenizar.
Vinha passando os dias assim, reflexiva, sumida desde a notícia oficial do casamento.

Eles tinham data marcada e tudo.

Como a pessoa responsável a unir o casal a tudo que fossem decidir a chamavam, mas de alguma maneira uma irritação estranha a amargava para esse tipo de convite.
Sempre havia um comentário áspero na ponta de sua língua, esperando o momento para pular.

E ela não fazia muita questão de segurar para si.

O bolo estava duro, a paleta de cores brega, os doces mal feitos e o espaço muito abafado. Apenas ao vestido havia se reservado de comentários, se limitando em concordar com qualquer coisa que Park Bom dissesse.

Aquela miserável poderia se vestir com um saco de batatas e Chae-rin perguntaria onde havia comprado o item de luxo.

Yoongi que quase tudo via muito estranhava a infelicidade da irmã, afinal era para ser um sonho muito mas de Chae-rin do que do próprio noivo, mas mais parecia um fardo acompanhar o casal. Chegava a incomodar.

A prova de bebidas eles nem se aventuraram a ligar.

Talvez ela nem fosse mesmo.
Ela não ia.

Ela até pensou em ligar mas caramba parecia muito trabalho.

Por vezes ela fechava os olhos e estava novamente na sua adolescência, com os vestidos aprumados e bem passados, deitada no chão jogada, os mindinhos dela e de Park Bom quase, por muito pouco se encostavam, e havia momentos em que apenas não se precisam de palavras para dizer tantas coisas,tantas que perturbavam a cabeça de Chae-rin até hoje.

De repente até o silêncio pareceu a consumiu, e tentando se limpar de todos aqueles pensamentos, a Min ligou trêmula o rádio.
Alguma música da Ariana Grande tocava e de alguma forma Chae-rin apenas desabou.

Encostou o carro no acostamento e chorou como ela não fazia nem no internato. Nem nas punições.
Porque todas as outras era uma dor física, mas não tinha remédio para a dor que ela sentia.

O silêncio era perturbador.

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Hyunjin balançava as pernas ansioso no carro do pai. Suas chuteiras batiam no banco e Red Flavor tocava alto, perturbando a cabeça dos adultos.

Seria o primeiro jogo do garoto e a ansiedade o consumia. O garotinho que ainda cogitava abrir a porta do carro e voltar rolando para casa, ao menos seu tio Hoseok estaria lá. E bem, era exatamente essa parte que deixava seu pai nervoso.

Suas ultimas interações foram no mínimo questionáveis e a consciência pesada fazia seus ombros tensos. Não tinha dúvidas em seu consciente de que Hoseok era profissional e não faria besteiras, mas não tinha fé alguma na sua mente travessa.
Não confiava nos seus olhos levados e sua boca tinha histórico de ficar aberta na hora errada.
Torcia para terminar o jogo com a noiva, o filho e longe daquele poste maldito.

Torcia tanto que chegou a calcular na cabeça quanto tempo aquilo levaria, desistindo ao lembrar que após o jogo o time e familiares iriam comer para comemorar, de acordo com o resultado, e mesmo que fosse um cara bem pé frio ele torcia para dar tudo certo.

Quando o carro velhinho de Yoongo estacionou no clube, de onde apenas as jogadoras,Hyunjin e Hoseok iriam de ônibus, enquanto os pais seguiriam o trajeto a seus modos. Era importante a interação da equipe, proximidade e cumplicidade.

Not Your Princess「☽」Yoon.SeokOnde histórias criam vida. Descubra agora