7 - Me escondendo

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No meio das entregas, paro em um sinal, para ajeitar a mochila que está caindo.

Quando termino ouço um barulho vindo do carro ao meu lado e, por instinto, me viro na direção.

E sinto meu coração pular uma batida.

Jin? Kim SeokJin? Jin-Hyung?

Ele me encara confuso e tenho certeza que me reconheceu. Começo a pedalar o mais rápido possível para longe do local.

Eu não preciso disso, não agora.

Chego no endereço mais rápido que o normal e o rapaz me encara apreensivo.

Ele até me dá um pouco de gorjeta, então eu devo estar com uma cara bem desesperada.

...

Quando termino todas as entregas, numa velocidade absurda, paro e respiro fundo. Tento fazer o que a garota disse e penso em um lugar que gosto.

Mas demoro um bom tempo para me acalmar. E quando consigo volto para a pizzaria.

- Você está bem? - Young-Soo pergunta.

- Sim...

- Parece que você viu um fantasma - SoMoon tira sarro de mim.

- Quase isso - falo baixo.

- Vai na casa da garota? - Kwan me pergunta.

- Acho que sim, eu queria pedir desculpas. Mas não sei, talvez já esteja tarde. É melhor ir amanhã, não?

- Não minta para si mesmo, sabe que se não for hoje não vai ir depois.

- Provavelmente, mas... eu não sei se devia ir, ela não precisa de mim.

- Mas você precisa dela, então deixe de ser covarde e vá logo na casa da garota.

- Quem disse que eu preciso dela? - Pergunto.

- Então, se não precisa, não vá. Mas, eu fiz uma pizza a mais - ele me entrega a caixa. - Caso vá na casa dela, você tem uma desculpa, caso não vá, tem jantar.

- E-eu não tenho dinheiro para pagar, eu...

- Eu estou te dando.

- Mas o senhor Lee...

- Não precisa saber, agora vá.

Saio da pizzaria e paro por um tempo. Pelo menos pedir desculpas eu deveria.

Tento me convencer de que não estou procurando razões para ir a casa dela, mas o fato de tê-la magoado me irrita por alguma razão.

Não é um caminho longo. E como já fiz algumas vezes não tenho dificuldade para chegar.

Chego e fico encarando a porta sem bater.

Talvez eu não devesse fazer isso, eu não devia ter vindo aqui.

- O que faz aí? - um dos vizinhos pergunta com um saco de lixo na mão.

- E-eu... Eu... entrego pizza - falo levantando a caixa.

- Está bêbado de novo? - pergunta.

- Eu não estava...

- Se quer tem idade para beber? - Ele me interrompe.

Suspiro irritado.

- Eu já disse que não estava...

- Suma logo antes que eu...

A porta da casa abre e a garota me encara.

- Entre - ela diz.

- Eu...

Forever - KTHOnde as histórias ganham vida. Descobre agora