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Th ⛅

Gabi: Aí gatinho, não precisa ter medo, ou insegurança...- Falou deitada na maca.- Vinícius te ama e ela nunca vai levar ele de você. Porém, se você sente algo por ela, sinto informar mas tu é muito otário.

Os enfermeiros olharam pra gente, principalmente pra ela, que riu. Eu não tinha essa intimidade com ninguém, qualquer pessoa que vinha de gracinha eu já cortava.

Mas eu tava falando da Gabriella, quanto mais eu falo, mas ela provoca.

Th: Não...- Olhei pro meu celular.

Gabi: É burro sim...- Eu dei um tapa no braço dela.

Th: Não sinto nada.- Continuei sem olhar pra ela.- Mas acho que ela tá com um pirrai aí, se for meu filho vou querer ir atrás e eu conheço ela, vai fugir ou vai querer que eu fique com ela.

Gabi: Chantagem...- Soprou, mordendo o lábio inferior com força e eu vi que tavam retirando o vidro do pé dela.- Mas eu sou sua fiel, manda ela vim pra ver se eu não quebro a cara dela.

- Você não vai conseguir andar direito por mais o menos, duas semanas...- Eu ri, vendo ela mandar dedo pro cara, que riu baixinho também.

Olhei pra Gabriella, encostando a cabeça na janela e ela tava ali, enfrentando mais sofrimento nas costas. Tava me sentindo malzão porque eu me exaltei pra caralho, esse bagulho da Valéria deixa minha mente puta.

Os médicos saíram após colocarem tudo direitinho no pé dela e ela agradeceu, me olhando assim que a gente ficou sozinhos.

Gabi: Posso ser muito, muito, muito sincera com você agora? - Olhei pra ela, ajudando ela a sentar e fiquei na frente dela.- Eu já passei por tanta dor sozinha e te digo que essa foi a que menos doeu, por você ter ficado aqui comigo, mesmo que com a cabeça longe.

Th: Foi culpa minha, né...- Passei o polegar na cintura dela, olhando pra ela.

Gabi: E foi só por isso que você veio? Se eu tivesse me machucado sozinha, você estaria comigo também? - Sorriu fraco, me olhando também.

Era sempre assim, a gente tinha esse bagulho de olho a olho sempre, principalmente quando era pra ser sincero um com o outro.

Eu não me arrependia das coisas que eu já tinha feito por ela, nem por ter me envolvido com ela.

Em um mês, ela me mostrou vários bagulhos, que me fez até mudar de humor muitas vezes.

Eu considero demais ela e ela tem um lugar guardado na minha mente, a nega é chave de cadeia na certa.

Th: Você sabe que eu não sou de te deixar sozinho, mesmo que seja nas tuas maiores merdas...- Ela sorriu de lado, segurando meu pescoço.

F2: Baixaria do caraí...- Abriu a porta e o Vinicius correu pro lado da Gabriella.

Vinícius: O que foi isso? - Perguntou curioso.- Pai, eu vi minha mãe, eu vi.

Th: Ela não é a tua mãe, caralho! - Gritei, fazendo ele se assustar e F2 balançar a cabeça.

F2: Ela tava plantada na porta da escola, com outro pivete do lado...- Neguei com a cabeça.

Gabi: Dez anos, Th...- Olhei pra ela.- uma criança.

Th: Fica de olho nisso...- Mandei, pegando a Gabriella no colo.

Vinicius ficou quietinho, de cabeça baixa e Gabriella passou a mão no queixo dele, levantando a cabeça.

Respirei fundo e fui saindo com eles para fora do postinho, vendo muita gente olhar pra Gabriella.

Amor bandidoWhere stories live. Discover now