Whatever It Takes, I Find To Stars (Romanogers)

capitulo 10

Bucky estava atordoado, algumas poucas memórias, vinham em sua mente, como flashs, e aquilo o fez cambalear, as memórias, algumas apagadas pela KGB, outras pela Hydra, doiam como um baque em sua cabeça.

Sam assistia sem entender absolutamente nada, ele imaginava que talvez a parte de soldado invernal, que Steve o dissera, poderia ter sido ativada.
Mas como? Ninguém havia dito, nenhuma palavra fora do comum, que fizesse-o ativar.

Natasha franzia o cenho, segurando, com cuidado, o rosto de Bucky, que começava a ter algum tipo de colapso e havia caído no chão.

A ruiva colocou o dorso de sua mão na testa do homem, que queimava em febre, logo começando a soar frio e a tremer.

- CLINT! ME AJUDE A TIRÁ-LO DAQUI!

Natasha berrou, um tanto apavorada para que o amigo a ajudasse.
Prontamente, tanto Clint quanto Sam, a ajudaram a coloca-lo de volta no carro, ao lado de Strucker que ainda se mantinha em um sono profundo.

Clint dirigiu até o enorme depósito vazio que Steve havia combinado com eles.
Entraram, escondendo o carro, para que ninguém os vissem.
Por mais que o lugar parecesse abandonado, os agentes sabiam, que naquela circunstâncias todo cuidado era pouco, as paredes podiam ter ouvidos.

Enquanto Sam tentava entrar emeee encontraram um sofá velho, onde conseguiram com bastante esforço, colocar Bucky, deitado lá.

Bucky murmurrava algumas palavras sôfregas russas desconexas, que só a ruiva conseguia compreender.

- Наталья, убегай пожалуйста... они... убивают... (Natália, fuja por favor...eles...matar...)

A ruiva ficou preocupada com o amigo, que sofria repentinamente com suas memórias.

Sam entrou no depósito, acompanhado de Steve, Wanda e Pietro que acabaram chegando nesse meio tempo em que Natasha estava entretida com Bucky.

Natasha avistou Steve de longe, e deu um pequeno suspiro de alivio.
Ela não sabia se ele poderia ajudar, mas com certeza, apenas de ele estar ali, melhorava a situação, no ponto de vista dela.

Steve caminhou até ela com passos largos, querendo cortar a distância o mais rápido possível.
Enquanto Natasha ainda receosa, dava passos menores, tentando ir até ele também.

Quando o loiro chegou mais perto dela, a abraçou, a abraçou como se não houvesse mais ninguém ali.

Ele ainda tinha muito medo de perde-la, tanto que se precisasse, ele mataria qualquer um que tentasse chegar perto dela, mesmo ele sendo o capitão América, o qual nunca foi muito adepto de mortes.

Mas com ela, com Natasha, era diferente, ele queria a proteger, "custe oque custar".

A ruiva não obteve uma reação imediata, nem sequer soube, quando seus braços foram parar nas costas largas do homem a sua frente.

Mas de uma coisa ela sabia, naquele momento, estava no seu lar e aquele perfume era seu novo cheiro preferido.

Eles se separaram por segundos até Steve encostar sua testa na da ruiva.
Ela sorriu fraco, quase imperceptível, mas não pra Steve, que conhecia todas as versões de Natasha, de trás para frente.

Suas respirações estavam misturadas, estavam a milimetros de distância, se não fosse o comentário de Sam, atrapalha-los.

- Sinto muito, incomodar o casal fofura, mas eu acho que a menina ali, já resolveu a situação.

Natasha comprimiu os lábios e se afastou de Steve, que acabará de corar, não tão violentamente quanto quando recebia os comentários de segundas intenções da russa.

Ao se afastarem, ambos franziram o cenho e olharam em direção a Bucky.

Steve já estava a par da situação, graças a Sam que o fizera chegar mais rápido ao comunicar o acontecido.

Ao olharem para Bucky, Wanda estava utilizando seus poderes na mente dele, de forma concentrada, como se a sua vida dependesse disso.

Oque de certa forma, era estranho para Pietro, que nunca vira a irmã fazendo isso para absolutamente ninguém, nem mesmo assim, de livre e espontânea vontade.

Aos poucos, Bucky acordava, mesmo sentindo seus olhos pesados, Wanda tinha uma mão com seus poderes, e outra com um pano molhado na testa do moreno.

Os olhos verdes de Wanda, que estavam apreensivos, aos poucos se tranquilizaram, quando os flashs de memória do homem que estava deitado ali, podiam ser vistos passar lentamente, fazendo a dor dele diminuir gradativamente.

Wanda esboçou um sorriso aliviado, ela queria ajudá-lo, desde o momento em que viu, Von Strucker tortura-lo pela primeira vez.

Aquilo tinha destruido a menina, de uma forma, que ela nem sequer imaginava que poderia.
Ela sentiu o mesmo, quando perdeu os pais, oque ela não entendia, afinal ela e Bucky não eram nada.

Talvez fosse a empatia, ao pensar que de certa forma a Hydra também a torturava? Ela não sabia. Mas era uma possibilidade, dentro de finitas possibilidades.

Bucky havia parado de suar frio, a febre havia diminuido e a tremedeira junto das palavras desconexas, haviam sumido.
Quem via a situação de fora, não sabia  quanto o poder de Wanda tinha o ajudado.

Sam, Clint e Pietro se sentaram em uma das escadas de ferro, que havia no local, enquanto de longe assistiam Wanda "curar" o soldado invernal.

Natasha e Steve, que estavam um do lado do outro, encostados no sofá a momentos atrás, decidiram deixar a garota fazer aquilo que fazia com tanta devoção, sozinha. Afinal, mesmo que se preocupassem muito com o amigo de ambos, James estava em boas mãos.

A russa e o americano, caminharam até a entrada do depósito, em completo silêncio.
Steve olhava as vezes para ela, de forma que ele julgava ser discreta.

Até que ela sorriu, sabia que estava sendo observada, Steve acabou sorrindo fraco, como em resposta de ter sido pego no flagra.

- um milhão por seus pensamentos.

Ele disse em tom quase brincalhão.

- Pensei que você tinha comido a própria lingua.

Ele a olhou de forma confusa, sem entender ao que ela se referia.

- Aquele ditado; "o gato comeu sua lingua."

Ela gesticulou com as mãos tentando explicar a ele.

- Ah, sim...

Ele corou levemente, ao perceber oque ela havia lhe chamado.

- Então quer dizer que você me acha gato?

Decidiu entrar na brincadeira da ruiva.

- Não se faça de sonso, Rogers. Você entendeu e além disso, não combina muito com você.

Eles pararam, e suspiraram contemplando o céu, como sempre faziam, aquilo já era quase uma coisa deles, Steve pensou.

- O Sam nos chamou de casal.

Ele murmurrou,  como quem não quer nada,  disfarçando seu olhar para outro ponto,  que não fosse ela.

- Seu amigo é meio maluco, nós não temos nada, apenas colegas de trabalho, certo Steve?

Ela o respondeu como quem joga a isca, e Steve finalmente acabou mordendo a isca.

- Se não houvesse ninguém ali,  naquele momento, no nosso momento, quando estávamos tão perto.

- Desembucha logo, Cap.

Natasha murmurrou ansiosa, se virando completamente para o lado dele.

- Eu queria ter beijado você.

A ruiva escutou aquilo, como se fosse a melhor melodia,  como se fosse chuva no deserto.
Ela queria tanto escutar,  que quando escutou,  não conseguiu ter reação.

- Eu...

Ela começou a cogitar algo,  quando uma Wanda sorridente, sem conseguir desviar os olhos do rapaz a sua frente, chamou a atenção de todos com seu sotaque.

- ELE ACORDOU!