Whatever It Takes, I Find To Stars (Romanogers)

Capítulo 16

Volgogrado - Rússia - 12:48

- Eu disse que não era uma boa ideia, mas você não me escuta, E se ele estiver nos levando para uma emboscada, NÃO PASSOU ISSO PELA SUA CABEÇA ???

Natasha sibilou aumentando o tom de voz, enquanto debruçada suas pernas no painel do carro.

- Eu tenho uma chance de evitar tudo, e não posso desperdiça-la.

- Isso inclui você querendo ferrar tudo de maneira diferente? Caralho Steve, você já foi mais engenhoso, isso é tudo de ultima hora. Eu não consigo entender porque quer tanto evitar as mortes, se a minha morte e a de Stark, foram para um bem maior, foram pra salvar o mundo, porque quer mudar isso? Não faz sentido algum!

A ruiva disse baixando o tom de voz anterior, já confusa, com tantos questionamentos dentro de sua cabeça.

- Pra você, pode não ter sentido, mas pra mim tem, tem muito.

Ele murmurrou desviando o olhar da estrada, apenas para observar Strucker desacordado no banco traseiro do carro.

- É Muito sem sentido, porque não pode me contar tudo logo? Se você não confia em mim, porque eu estou aqui?

Murmurrou sarcastica se virando no banco completamente para o lado do motorista.

O loiro encostou a cabeça rapidamente as cima das mãos que estavam no volante e suspirou, tentando recuperar o ar que de repente havia faltado.

- Eu já disse que confio em você, disse no quarto de Sam. Pra mim faz anos e eu confio em você a anos, mas pra você é mais fácil de recordar daquele momento, pra você faz semanas.

Ela revirou os olhos e cruzou os braços.

- Certo Steve. Mude de assunto e não me conte nada.

Logo que a russa terminou sua fala, virou o rosto em direção a janela, acompanhando os movimentos turvos, das coisas exteriores que o carro ultrapassava rapidamente.

- Eu não posso jogar toda a minha merda em cima de você, Nat. Seria injusto com você. Eu quero ser honesto, eu juro. Mas não quero ser injusto. Me sinto entre a cruz e a espada. Estou tentando mudar a lei do universo, por puro egoísmo, e conviver com isso, não me deixa culpado, mas é difícil.

Ela virou para ele, arqueeando a sobrancelha de forma questionadora.

- Porque egoísmo, Rogers?

Natasha disse soando de forma compreensiva.

- Porque eu não quero evitar, a morte de Stark e a morte de todos, isso será um bônus, Nat.

- Não quer? Então porque está aqui? Você está me deixando completamente confusa.

- Eu sinto muito Nat, sinto muito por não ter evitado antes, sinto muito pelo egoísmo. Mas a unica morte que me interessa evitar, é a sua. Eu não quero viver sem você, de novo.

Ele disse exasperado, tentando conter as palavras o minimamente possível, para que não falasse demais.
Em sua mente, seria injusto jogar em cima dela, que estava fazendo tudo aquilo porque a ama, se apaixonou por ela. Ela não tinha conhecimento de metade das coisas que ambos viveram nos outros anos.

- De novo aquele papo, de que por que somos amigos e tal... Mas quer saber?

Ela voltou a se virar para ele.

- Diga.

Ele instigou cansado.

- Eu não acredito em você. Não nisso.

Ele estacionou o carro e a olhou, salvando em sua memória novamente, o rosto desconfiado dela.
Apenas a analisou por alguns minutos a fio.

Desceram do carro, após Natasha quebrar o contato visual, ainda irritadissa, por ele não contar a verdade por completo.

Porém, se ela conhecia o verdadeiro Rogers, e se ele realmente não havia mudado em quase 10 anos, ele abriria a boca, em algum momento ele falaria, não aguentaria guardar toda a verdade para si, e nesse momento, ela estaria lá para escutá-lo, bastava apenas esperar o momento certo.
Mas até esse momento certo acontecer, ela o instigaria, com todos os truques possíveis, para que uma hora, o loiro acabasse dando com a língua nos dentes.

Steve percebera o silêncio de Natasha ao sair do carro, um pouco bruscamente. Ele odiava esconder qualquer coisa da ruiva, mas era preciso, pelo menos por mais um pouco de tempo.

Ele fez a volta no carro, queria se explicar e não deixa-la irritada, era oque eles menos precisavam naquele momento, uma briga.
O loiro parou atrás dela, que estava agachada pegando algumas coisas no carro, enquanto o ignorava completamente.

Natasha ao perceber e ouvir os passos atrás de si, deu um pequeno sorriso, e empinou sua bunda levemente para trás.
Ela usaria as artimanhas mais sujas que pudesse, mas conseguiria arrancar as informações dele.

Steve olhou brevemente para a parceira, que estava um pouco empinada em sua direção.
Ele engoliu a seco e desviou o olhar, que muitas vezes traiçoeiro voltava a admirar as curvas perfeitas da ruiva naquele macacão preto da Shield.

Steve suspirou entredentes, e deu alguns passos para se afastar, naquela altura já havia até se desconcentrado, para oque pretendia falar para ela.

Sentia que era errado, olha-la daquela maneira, para ele era errado tratar uma mulher, uma dama, daquele jeito, como se fosse ela fosse a presa e ele o caçador.
Mas o maldito desejo o deixava maluco, ele odiava o fato do poder carnal querer se sobresair ao poder mental.

Ele queria mais do que tudo naquele momento, pega-la de supetão, passar suas mãos em cada curva do corpo da ruiva, como se pudesse desenha-las em seus dedos, e foder ela ali mesmo, em meio aquele matagal.

Merda! Pensou o loiro se condenando, Ele estava perdendo seu juízo e Natasha não estava o ajudando, apenas piorando a situação.

Ela saiu do carro com um sorrisinho sacana em seus lábios, ao perceber que o loiro respirava com dificuldade e suas bochechas estavam completamente enrubecidas, como um delicioso tomate.

Natasha caminhou até ele, enquanto ele se afastava devagar, até sentir ser encurralado pelo carro em suas costas.

- N-Nat...

- Oque?

Se fez de desentendida pelo que estava acontecendo ali.
Ela não esperou resposta do loiro, que parecia ter perdido a sua fala.

- O gato comeu sua língua?.... Já disse a você, que quando fica assim, envergonhado, é extremamente sexy?

Ela soou rouca e sedutora, foi ali que a pose de forte sumiu do loiro, havia sido desbancado por uma mulher de 1,65.
Mas não era qualquer mulher de 1,65, era a sua.

- Nat, por favor, vamos parar... temos uma missão... e...

- Parar com oque? Estamos só conversando...

Ela disse dando mais um passo e o olhando em seus olhos, as vezes em para seus lábios.

- Por favor...nós temos que parar com isso.

- Eu não estou entendendo você, Rogers, oque vai acontecer se não pararmos?