capítulo 25: a última vez

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Após o jantar com a minha família e uma sessão demorada de filmes na TV, subo as escadas em direção ao meu quarto

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Após o jantar com a minha família e uma sessão demorada de filmes na TV, subo as escadas em direção ao meu quarto. Abro a porta e a fecho atrás de mim.

Quando me viro em direção à cama, cubro a boca com as mãos, abafando um grito de susto.

— Oi. — Benjamin, que antes estava sentado sobre minha cama folheando um dos livros, fica de pé e se aproxima.

Recuo, com os olhos arregalados.

— O que você está fazendo aqui?

— Sua janela estava encostada e eu resolvi entrar. Desculpa se te peguei de surpresa. — ele sorri sem graça.

Se ele quis fazer uma surpresa, conseguiu. O problema é que quando estamos no mesmo espaço fechado, isso nunca dá certo.

— Você precisa ir embora. Meu pai pode vir aqui.

— Eu vi você trancar a porta. Se ele aparecer, você inventa alguma desculpa.

— Eu não vou mentir para ele.

— Eu só quero conversar com você numa boa. Não me afasta como das outras vezes, por favor.

Penso na sua proposta e assinto, lentamente. Espero não me arrepender de ter cedido.

Ele sorri, aproximando-se. Dessa vez não recuo, e o seu olhar intenso me deixa incomodada. Eu me xingo por ter colocado minha camisola curta e extremamente decotada; chama muita atenção e isso não é bom quando estou com o Benjamin em um quarto.

Ele me avalia antes de encarar o meu rosto.

— Eu vou sair da cidade depois do verão direto para a Universidade de Virgínia. — diz casualmente. A informação tem um peso enorme sobre minhas emoções. — Consegui um olheiro durante uma de minhas partidas e acabei ganhando uma bolsa de estudos.

Ignoro a onda de pesar que me atinge com suas palavras.

— Boa sorte. Você merece a bolsa, Benjamin. — digo com um nó na garganta.

— Valeu. Sua opinião significa muito pra mim. — murmura, distraído. — O problema é que a gente não vai mais se ver e isso vai ser uma droga.

— Talvez um dia possamos nos encontrar e agir como amigos.

— Porra, Cailyn! — ele exclama, assustando-me. — Não quero ser a porra do seu amigo. Eu te amo e saber que eu vou sair de Ohio está me matando. Não consegue ver? — de forma súbita, ele me puxa contra si e eu me debato, tentando me soltar.

— Benjamin, para com isso. Meus pais podem escutar.

— Eles não vão. — ele me encara com intensidade. Paro de me debater. — Eu sei que você me quer longe, mas pelo menos me deixa te tocar uma última vez? Eu imploro.

— Nem pensar. — murmuro com a voz embargada, pensando no quão difícil essa situação se tornou.

— Por favor. Só uma última vez; uma despedida. — ele aproxima os nossos lábios, fazendo meus batimentos cardíacos acelerarem.

Desejo ReprimidoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang