Capítulo 12: como humilhar uma garota

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C a r t e r

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C a r t e r

Na manhã seguinte, assisto às aulas completamente tenso. É claro que espero que a qualquer momento o segredo que estou escondendo de Alyssa exploda na minha cabeça.

No refeitório, encaro Marilyn do outro lado, de frente para duas garotas e meu irmão. Alex se cansou da barulheira dos meus amigos e se aproximou das garotas. Ele é mais quieto e, desde que minha vó está rodeada por parentes em Dayton, ele resolveu voltar a morar comigo e minha mãe. Ela cuidou da transferência dele para a Mansfield e desde então ele está aqui.

Gosto do pirralho por perto. Como todos sabem do nosso parentesco, ninguém implica com ele. Eu não deixaria de qualquer forma. Alex tem dezesseis anos e está pensando em se inscrever em algum esporte. eu vou apoiá-lo nisso com certeza.

Ele faz a "estranha" sorrir e isso me deixa intrigado. Eu nunca a vi fazer isso, realmente. Ela sempre está com um olhar cansado no rosto.

Afasto o olhar dela e encaro minha namorada. Só então o medo de perdê-la retorna com tudo. Eu sou um merdinha, com certeza. Alyssa não merece isso. Ela sempre me deu tudo, carinho, respeito, e olha o que eu faço! Eu a traio.

Alyssa sorri para mim e eu tento retribuir, mas não consigo. Sinto uma pontada de remorso no peito e oro para que ela não descubra o meu erro.

— Ei, vamos lá para os fundos. Eu trouxe algumas bebidas. — Sean comenta, chamando nossa atenção.

— Eu vou ter que recusar. Minha namorada está me esperando na biblioteca. — diz Cole, erguendo-se.

— Tudo bem, cara. Paloma tem um olhar mau. — Sean brinca. — Se você chegar atrasado, ela pode te matar.

— E se ela ouvir isso, ela vai te matar. — Cole empurra-o, brincalhão, e segue na frente.

Meus amigos ficam de pé e eu os acompanho para fora do refeitório ao lado de Alyssa.

Quando já estamos nos fundos da escola, longe do olhar dos demais alunos, Sean puxa duas garrafas de vodca da mochila. Shelly pega uma e entorna a bebida na boca.

— Você é louco, Sean. Se o diretor descobre... — Alyssa comenta, recusando a bebida.

— Ele só vai descobrir se alguém contar e bom... eu posso desmentir.

— Hm. Somos testemunhas de que Sean não traz bebida para a escola. — Trenton sorri, tomando a garrafa de Shelly, que lhe mostra o dedo do meio.

Benjamin não bebe dessa vez. Ele está agarrado à Hilary, beijando-a.

Encaro a garrafa na mão de Sean e ele percebe o meu olhar.

— Pode pegar, parceiro. — ele estende. — Só não exagera, se não alguém vai perceber.

Sinto a garrafa me chamar como o canto da sereia. Droga, minha cabeça está cheia de problemas. A bebida pode me dar certo esquecimento.

Perigo IminenteOnde histórias criam vida. Descubra agora