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Nick

É a Liza ali naquela cela, mas ela está morena e sem os óculos. E pelo que Dayane me falou ao telefone, ela precisa me contar muita coisa.

- O que está fazendo aqui? - ela questiona quando me aproximo das grades.

- Vim ajudá-las. - sorrio. - Dayane disse que você precisava de mim... Por que não me ligou antes? O que está acontecendo? E o que houve com seus cabelos? - gosto da Liza morena. Fica mais linda.

- Você deveria ter me dito que havia chamado Nick para vir aqui. - Liza repreende sua amiga.

- Ia adiantar alguma coisa se eu tivesse dito? Olha só a nossa situação! - Dayane se defende.

- Eu só quero entender o motivo dessa prisão, Liza. - Rosie se pronuncia. - Estou tão perdida quanto Nick.

- Eu tenho muita coisa pra explicar. - suspira. - A primeira delas é que meu nome não é Liza McPhee. 

- Como assim? - minha mãe cruza os braços. - Nick, você realmente tem um péssimo gosto para namoradas! - ela se vira para mim. - Está namorando uma mentirosa!

- Mãe, fica quieta!

- Que bagunça é essa na minha delegacia? - um homem gordo e baixinho, usando um paletó marrom com um distintivo preso ao peito, sai de uma sala onde provavelmente fica o seu escritório.

- Oi, boa noite. O senhor deve ser o delegado. - aperto sua mão. - Sou Nicholas Colin - me apresento. - , gostaria de falar em particular com... - olho para Liza por cima do ombro.

- Elizabeth Grace. - ela responde de maneira tristonha.

- Quero falar com a Elizabeth. - digo.

- O horário de visita é a partir das 9h. Volte quando o sol nascer. - o delegado afrouxa a gravata e se prepara para voltar a sua sala.

- Meu senhor, a situação aqui é um bem maior! - Rosie argumenta.

- Nick - minha mãe começa. - , vamos voltar para o reality. Essa tal de Elizabeth não tem mais nada haver com você.

- Mãe! - a encaro. - Chega!

Ela bufa com raiva por eu ter lhe repreendido e diz:

- Okay, okay. - ergue as mãos na frente do corpo. - Não digo mais nada e nem vou ficar aqui vendo você jogar sua carreira no lixo por causa de uma... - lança um olhar para minha namorada. - uma presidiária! - sai da delegacia.

Os ataques da minha mãe/empresária são o de menos agora, preciso resolver coisas mais importantes.

- Olha, delegado - o fito. - , eu sei que são quase 4 da manhã, mas tenho que falar com ela. Por favor, só quero conversar.

- E amanhã bem cedo nós voltaremos aqui com um advogado. - Rosie sorri para as meninas na cela. -

- Adoro essa mulher! - Dayane aponta a fazendo rir.

O delegado cruza os braços e nos encara por um tempo antes de dizer:

- Tudo bem. - se dirige a cela e a destranca. - Vamos lá - tira do bolso um par de algemas para colocá-los em Liza... ou Elizabeth. Nem sei como chamá-la.

- Isso é mesmo nescessário? - ela pergunta.

- Não force a barra com esses olhinhos tristes, menina. - ele balança a cabeça.

De qualquer forma, o delegado desiste de colocar as algemas e a guia para uma pequena sala ao lado de seu escritório. Vou atrás e digo a Rosie que espere por mim aqui fora.

Cinderela, eu? ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora