Capítulo 2

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Na manhã seguinte, me arrumo totalmente atrasada e desço para a sala.

— Bom dia. — Nancy entra.

— O que tem de bom?! — Lhe dou uma mal resposta, mas balanço a cabeça negativamente. — Desculpa. Estou muito nervosa.

— Tudo bem. — Compreende. — Soube o que seu pai fez.

— Não quero nem ouvir o nome dele. — Cerro os punhos. — De qualquer forma, tenho que ir para a faculdade. — Me aproximo e lhe dou um beijo na bochecha. — Até mais. — Caminho em direção a saída.

— Espera, Sarah. — Me interrompe, antes deu passar pela porta. — Tenho um recado para te dar. O Senhor Fran....

— Nancy, não. — A corto. — Não quero saber nada. Vou indo. Beijos. — A deixo para trás com a boca aberta.

Sinto o celular vibrar no bolso e o pego, abrindo a mensagem do Josh.

Honey, nosso primeiro horário é com aquela chata. Não chegue muito tarde. Sabe como ela é.

Ia respondê-lo, enquanto ando até o carro, mas algo chama minha atenção. O mesmo homem de ontem a noite está parado em frente ao sedã da casa.

— Bom dia, Senhorita. — Abre a porta de trás.

Franzo a testa e o analiso, sem entender a situação.

— Quem é você? — Pergunto, confusa.

— Me chamo Nicholas e a partir de hoje serei seu segurança e motorista particular.

Oi?

— Não sei quem lhe disse isso, mas não preciso de nenhum guarda-costas, obrigada. Com licença. — Viro para ir em direção a garagem e pegar meu próprio carro, mas ouço seus passos atrás de mim.

— Recebi ordens estritas do Senhor Bittencourt para acompanhá-la a todo lugar que for e farei isso.

Paro em meu lugar e volto para aqueles mesmos olhos lindos, porém petulantes.

— O meu pai te contratou para me vigiar?! É sério?! Olha, pode dizer para o seu patrão que não vou andar com ninguém colado a mim e que isso já está passando dos limites.

— A Senhorita mesma pode esclarecer isso com o Senhor Franco, mas cumprirei meu dever, então entre no carro e a levarei à faculdade. — Manda. — Caso contrário, serei obrigado a não deixá-la sair.

— Não me deixar sair?! — Repito e começo a rir. — Quem pensa que é?

Ele se aproxima mais de mim e confesso que vacilo um pouco, diante da sua presença máscula.

— Alguém que tem carta branca para fazê-la obedecer às regras. — Responde.

Seu perfume atinge meu olfato e quase fecho os olhos para senti-lo se apoderar de mim, porém não me rendo ao seu charme.

— Vai me carregar até o carro e trancará a porta?! — Ironizo.

— Se for necessário. — Diz, seriamente.

Mais uma vez, sinto meu celular vibrar.

Sarah? Está aí?

Olho para o canto superior da tela e vejo as horas.

— Eu vou, porque estou atrasada. — Caminho à sua frente, irritada.

Suspiro, já sentindo minha cabeça doer com toda essa palhaçada que meu pai inventou. Entramos no carro e o grosseiro dá partida.

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