Capítulo 12

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Depois de passearmos por algumas horas, Nicholas insistiu que devolvêssemos a moto. Até disse que podia usá-la o quanto quisesse, mas o cabeça dura rejeitou minha ideia. De qualquer forma, fiquei satisfeita em compartilhar mais um momento íntimo com ele. Dessa vez, um sonho da sua vida pessoal que não conhecia.

Ao chegarmos em casa, nos deparamos com diversos carros. Será que meu pai está dando uma festa sem me informar? Ou mais um daqueles encontros que serei obrigada a participar?

— Sabe o que está acontecendo? — Pergunto, enquanto tenta achar um lugar para o sedã.

— Não. Se fosse algo importante teríamos montado um sistema de segurança mais elaborado, mas ninguém falou nada. — Explica, desligando o veículo. — Talvez esteja recebendo alguns amigos.

— Franco e amigos na mesma frase, impossível. - Suspiro. — Bem, terei que descobrir. — Tiro o cinto, mas antes de sair, segura minha mão, logo a tirando para que ninguém perceba.

— Obrigado de novo, Sarah. Só você para conseguir emprestado uma moto de mais de cem mil. — Sorri.

— Não há de quê. Deveria ter aproveitado mais, mas... — Ergo as mãos. — Não continuarei essa discussão.

— Sabe que se acontecesse alguma coisa, nem que fosse um simples arranhão, eu teria que me endividar com o banco por alguns meses somente para pagar?!

Reviro os olhos. Se... se... se... Mania que as pessoas têm de imaginar possíveis problemas.

— Eu não deixaria que arcasse com nada. — Digo.

Ele sorri e me encara com uma sobrancelha erguida.

— Se me lembro bem, a senhorita não tem dinheiro. inclusive, esse é um dos motivos para eu estar aqui.

Cruzo os braços irritada, porém admitindo que tem um ponto. E voltamos ao pensamento que não posso mais me distrair no shopping, no spa, ou em uma viagem repentina.

— Ok. Tem razão, mas Sarah Bittencourt acharia uma maneira de resolver. — Concluo. — Agora preciso ir. Até mais, brutamonte. — Desço do carro e caminho em direção a porta.

Ao entrar, me deparo com vários homens na sala. Entre eles, todos os assessores do meu pai, o Christian e mais dois que não conheço.

— Boa noite. — Os cumprimento.

— Sarah. — Christian se levanta e vem até mim, como sempre, dando um beijo em minha mão. — Boa noite, minha querida. Como está?

— Bem, obrigada. — Olho para o Franco, que tem a expressão bem séria.

— Algum problema? — Pergunto ao meu pai.

— Estamos discutindo sobre a campanha. Por favor, suba para o seu quarto.

Expulsa com sucesso!

— Tudo bem. Com licença. — Antes de sair, Christian segura gentilmente meu braço. — Gostaria de conversar com você mais tarde. Te encontro assim que terminarmos.

Só concordo com a cabeça e sigo pelas escadas.

(...)

* Christian On

Há muitos anos me dedico com afinco a minha carreira. São dezenas de prêmios adquiridos pelo bom trabalho e justiça. Com isso, fiz meu nome ser reconhecido internacionalmente e, por várias vezes, recebi convites para representar outras cortes em diversos países, mas não quero abandonar o meu. Foi aqui que meu pai serviu durante toda a vida e quero continuar seu legado. Assim como ele, tenho que me privar de algumas coisas, relacionamentos e a total liberdade de ir e vir.

MEU SEGURANÇAOù les histoires vivent. Découvrez maintenant