Capítulo 9

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Oii. Desculpa a demora pra postar, mas por causa do trabalho tenho ficado cansada, porém essa semana terei a tarde livre e pretendo escrever mais. Garanto que no próximo, o clima vai esquentar, só não digo por qual motivo 🙊.


* Nicholas On

— Então, a Sarah veio para um lugar totalmente diferente do que está acostumada só por que estava preocupada com o segurança dela? — Alice cruza os braços, me analisando minuciosamente.

Minha irmã e eu somos muito próximos, ainda mais depois que o Dominic foi morar em outra cidade. Quando seu ex namorado descobriu a gravidez e a abandonou, a apoiamos muito, e claro, queríamos capar aquele imbecil, mas o canalha sumiu no mundo. De qualquer forma, a Bia foi a melhor coisa que aconteceu em nossa família.

— Digamos que a Senhorita Bittencourt tem um jeito peculiar com seus empregados. — Brinco, lhe arrancando uma risada.

— Sei. — Dá um soco em meu ombro. — É sério. Está rolando alguma coisa?

Sua pergunta me faz pensar o tipo de situação que estamos. Por mais que eu tenha tentado me manter afastado, profissional, não consegui resistir ao tê-la tão perto de mim e longe de tudo que me faz lembrar ser uma influencer, filha de um dos homens mais poderosos do país. A atração que existe entre nós foi mais forte que qualquer argumento racional.

— Nicholas. — A voz do meu pai, se aproximando, me faz acordar para a vida. — Quero falar com você.

— Está sentindo alguma coisa? — O olho preocupado.

— Não. É sobre essa menina.

Suspiro, já sabendo que vem reclamação.

— Ela tem nome pai. — Respondo.

— Tanto faz. Por que estava aqui sozinha com você? Dessa vez quero saber a verdade. Sabe muito bem o que acho de te ver trabalhando para aquele homem e ainda tenho que encontrar a filha dele na minha casa. — Fecha a cara. — Cuidado com que está se metendo.

— Pai, não vou discutir isso com o senhor. Acabou de chegar do hospital. Devia descansar. — Sugiro.

— Nic, essas pessoas não estão nem aí para nós. Acha mesmo que Franco Bittencourt gostará de saber que a filha está aqui, ou tendo sei lá o que com o segurança? É óbvio que quer alguém poderoso como genro. Não fique no meio dessa história.

— Em respeito ao senhor, deixarei essa conversa para lá. — O deixo para trás e entro em casa.

Caminho até meu quarto e a vejo arrumando sua mochila. Fecho a porta e me aproximo.

— O que está fazendo? — Chamo sua atenção.

— Indo embora. — Responde, sem se virar.

Deduzo que meu pai tenha lhe dito algo.

— Sarah. — Pego sua mão delicada demais comparada a minha. — Desculpe. Não é nada contra você exatamente.

— Tudo bem. Acho que seu pai achou meu look exagerado de mais para uma vida no interior.

Olho para suas sandálias e não contenho uma risada. Bem, também não acreditei quando chegou aqui usando esse tipo de calçado, menos ainda quando me "ajudou" com as galinhas em cima do salto. Por mais que esteja brincando, percebo que há uma chateação em sua voz. Como sempre, não querendo transparecer o que sente.

— Não leve a mal, mas é exagerado de mais, Senhorita Bittencourt. — Digo, a fazendo bufar.

— Acho que tem a ver com questões políticas. Entendo que o Franco não é tão amado como gostaria. — Conclui.

— De qualquer forma, não precisa ir. Essa casa também é minha e é bem-vinda nela.

Um sorriso travesso surge em seus convidativos lábios, antes de arquear a sobrancelha.

— Obrigada pela gentileza estranhamente repentina, mas preciso voltar. Tenho um contrato publicitário para amanhã e não se preocupe, não fugirei do Eduardo. — Explica. — Terá que me acompanhar enquanto não retorna, brutamonte.

— Que bom, princesinha. — Ironizo.

— Odeio que me chame assim. — Se aproxima mais, apoiando os braços em meu ombro. — Tenho vontade de te bater, ao mesmo tempo que gostaria de beijá-lo. No momento, pretendo fazer a segunda opção. — Então, mais uma vez, sinto seus deliciosos lábios nos meus.

Rodeio sua cintura fina, chocando seu corpo contra o meu. Um suspiro lhe escapa e me incentiva a investir mais. Busco por sua língua e porra... Beijar essa mulher é uma tentação. Não há inibição da sua parte e tenho certeza que é capaz de deixar qualquer um maluco. Só nos separamos, porque precisamos respirar, caso contrário aproveitaria enquanto estou fora de mim.

Seus olhos castanhos fixam nos meus e só sei que apesar de nossas diferenças, já não posso mais esconder que mexe comigo, mais do que eu deveria deixar.

* Nicholas Off


(...)

Já a noite, estou na casa do Josh, praticamente sendo submetida a um interrogatório.

— Então, realmente não preciso alimentar esperanças de ter uma chance com o Nic?! — Meu amigo, brinca.

— A não ser que queira morrer. — Finjo ameaçá-lo.

— Minha querida Sarah Bittencourt voltou ainda mais apaixonada dessa viagem. — Faz um coração com as mãos.

— O que sei é que não quero só os beijos do Nic. O desejo por inteiro. — Sorrio.

Não posso mais negar que o brutamonte me deixa perdida quanto aos meus sentimentos e o que mais anseio é que volte rápido.

— Agora que rendeu aos seus encantos, as coisas vão pegar fogo. Só não deixe o Franco saber disso. — Avisa.

— O pai do Nic disse a mesma coisa. — Comento.

— Como assim? — Franze a testa, sentando de pernas cruzadas à minha frente.

— Ele não foi muito com minha cara e não gostou nada de me encontrar na sua casa. Parece que tem algum ranço contra o Senhor Bittencourt. Demostrou preocupação dele descobrir o que quer que esteja acontecendo entre nós. — Explico.

De fato, meu pai não aprovaria qualquer envolvimento que eu tenha com o Nic. Só há uma pessoa aos seus olhos que serviria para mim... Christian. Ainda por cima, sua filha estar com um segurança, não seria bom para sua imagem perante os poderosos que o rodeiam e, obviamente, sua primeira atitude seria mandá-lo embora na mesma hora e não quero isso.

— É. Pode dar problema, mas ambos não tem o direito de se meter entre vocês. — Diz.

— O Franco está sempre se envolvendo com essas novinhas e não gosta que se deem palpite na sua vida, então não será ele a me impedir de mais essa coisa. Por falar nisso... — Faço biquinho. — Preciso de um spa. Acredite, a vida na roça não contribui com sua pele.

— Ah, Dona Sarah. — Pega um travesseiro e taca em mim. — Não pensou nisso antes de sair correndo atrás do gostosão. — Ri. — Tudo bem. Vou marcar um horário para nós amanhã.

— Ótimo. Assim estarei linda para divulgar maravilhosas joias pela tarde.

Meu celular recebe uma notificação e o pego para ver a mensagem:


Esqueceu seu perfume na minha cama. O que faço agora?


É inevitável segurar o sorriso que surge em meu rosto, atraindo o olhar curioso do Josh.


Durma o sentindo, assim como fiz com o seu.


Envio.


Capítulo pequeno, eu sei, mas não consegui escrever muito hoje. Prometo caprichar no próximo. Enquanto isso, o que estão achando da história, dos personagens? Já tem teorias? 


MEU SEGURANÇAOù les histoires vivent. Découvrez maintenant