4

220 50 5
                                    

Chego em casa com minha cabeça sem parar de pensar no acontecido.

- Dona Helena a Diene já ligou várias vezes perguntando se a senhora chegou. - Diva diz.

- Se ela ligar pela milésima vez, responde que já fui dormir. Não quero ninguém me atormentando hoje. Ninguém! - olho para ela severamente.

- Sim senhora entendido.

Vou para meu quarto jogo a bolsa na cama, vou para o banheiro me despindo no caminho. Ligo a torneira para encher a banheira, coloco sais, pra ver se relaxo um pouco.

Impossível isso acontecer mas, posso tentar.

Sei que fui rude com a Diva, ela é uma excelente governanta. Bom tenho empregados para isso, graças as minhas conquistas. Entro na banheira deito sentindo essa água morna gostosa com esses sais, invadindo meu corpo.

Respiro fundo, a vida que tenho é graças a mim, por ter feito coisas não tão boas para conseguir o que tenho.

Vivo uma vida que sou feliz, tenho gosto de falar que posso ter. Mas pra chegar até aqui o caminho não foi só flores, acontecimentos que vivi me fez querer ser forte, ter meu próprio dinheiro.

Quando tinha meus quinze anos, essa não era uma vida que eu planejava. Sorrio, como eu era tola.

Eu pensava em estudar, namorar, casar ter filhos. Não tenho nada contra quem vive essa vida, era uma vida que eu queria ter.

Mas eu tinha uma linda voz, que com o tempo as pessoas me diziam por que eu não investia mais no canto. Eu não achava que era boa o suficiente para isso, para conseguir viver com uma carreira de cantora.

Na época minha mãe insistiu muito para mim ir fazer o teste, eu não queria fazer, já fazia na escola essas aulas, era gratuito e a gente não era rico nós éramos bem pobre. Mas no fundo eu queria ser uma cantora de sucesso, para ter uma vida melhor.

Mas eu tinha muita vergonha de cantar e falhar, ainda mais na frente do meu namorado na época o Joni. A gente se conhecia desde crianças, ele era de uma família negra eu sentia que minha mãe não gostava de me ver com ele eu não me importava eu amava muito ele. Mas só fui descobrir o por quê tempos depois.

- Tenho que parar de pensar sobre isso. Esse passado me machuca.

- Também acho. - olho do lado rapidamente.

- Tá ficando loca. - respondo assustada.

- Você não quis retornar minhas ligações e a desculpa da Diva não colocou. - fala sentando no chão.

- Nossa da próxima vez que quiser me matar me fala tá.

Diene balança a cabeça sorrindo.

- Você acha que eu iria deixar minha amiga assim sozinha?

- Eu sei que não porém a desculpa que eu já estava no sono me caiu super bem. - tento sorrir.

- Cairia para quem não a conhece como eu. - você não me conhece tão bem. Tem coisas que não te contei.

- Sim você é uma das exceções, além do padrinho. - me levanto pegando o roupão, porém meu padrinho sabe de tudo, tudo mesmo.

- Ainda bem que você tem a gente. - levanta indo para o quarto.

- Claro sem vocês minha humanidade estaria no nível zero. - brinco.

- Ah engraçadinha então temos uma vampira aqui ou uma loba? - entra  na brincadeira sentando na cama, colocando minha bolsa no criando mudo do lado direito.

- Espero que você nunca saiba. - pisco para ela.

- Pelo menos não está tão de mal humor. - você que pensa.

- Claro que não! - abro a porta do guarda roupa, pego meu pijama de seda, visto.

- Vamos falar sobre o que aconteceu?

Deito na cama do lado direito.

- É melhor não, por hoje não. - não quero conversar com ninguém.

- Então vou ficar aqui com você. - começa a deitar do meu lado.

- Diene pode ir, quero ficar sozinha, amanhã nos conversamos. - me olha como um cachorrinho que caiu da mudança. - não adianta fazer essa carinha, hoje ela não me convence.

- Own. - resmunga. - tá bom vou indo, pelo menos vi que você está inteira que não está amassada nem o carro. - ficar zombando levantando-se.

- Viu. - respondo, ela vem aonde estou me beija na testa.

- Se cuide amiga.

- Vou sim não se preocupe. - acarinho seu rosto. - e vai se divertir com aquele boy.

- Ata. - gargalha saindo do quarto.

Não estava preparada para ter uma companhia hoje.

Pego uns comprimidos para dormir, juntamente com um copo de água, bebo.
Só assim para que eu durma hoje, deito me cobrindo, fecho meus olhos lentamente.

**

Levanto da cama vou para o banheiro pego minha escova, escovo meus dentes, lavo meu rosto. Quando olho no espelho.

" Estava com saudades docinho? Eu estava.

- Nãooo. - grito."

Escuto bater na porta. Bem longe uma voz.

- Senhora..... Senhora.... A senhora está bem? - devagarinho vou acordando. - senhora.

- Oi. - minha voz quase não sai.

- A senhora está bem? - e a voz da Diva, graças a Deus.

- Sim estou obrigada Diva. - respondo ofegante, meu coração está acelerado, passo a mão no rosto estou suando frio.

- Está bem senhora, quer que eu traga algo?

- Não obrigada pode voltar a dormir.

- Sim senhora.

Olho para a cômoda, ainda é madrugada.

- Caramba isso não pode acontecer. Nunca!!! - respiro com dificuldade, por causa desse pesadelo. - por que você voltou para me aterrorizar?

Continua.....

Vote
Comente
Compartilhe 🤗

Dona De Mim (em andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora