Capítulo quatorze

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Os primeiros dias que vieram a seguir, Rachel ainda se achava na razão de toda a cena que tinha feito e por isso, nem ligou quando Wanda não tentou falar com ela. Mas não demorou muito para a culpa lhe atingir e para ela acabar tomando noção das coisas que dissera. Se sentiu mal na hora, ela estava brava com a ruiva mas isso não era motivo para dizer que odiava ela, ela e o gato.

Seu pai deixou bem claro seu descontentamento com a situação mas disse que não iria fazer nada a respeito. Rachel ouvia frequentemente ele saindo do apartamento, quando achava que ela estava dormindo, mas nem se importava mais. Agora ela sabia que todas as vezes que seu pai saía, ele ia ao apartamento ao lado, fazer sabe-se lá o que. Tentava o esperar acordada para pega-lo no flagra e poder perguntar o que fora fazer, mas nunca conseguiu. Ele demorava muito e ela acabava dormindo.

Quando Rachel havia finalmente sido atingida pela noção e a culpa, até tentou se aproximar lentamente de Wanda, mas a mesma não a dava brechas. Tudo bem que ela não tentou pedir-lhe desculpas mas a ruiva nem sequer estava mais a olhando no rosto. E seu pai ainda fez questão de dizer "bem feito" quando foi se lamentar com ele. Ela sabia que estava errada, agora ele não poderia ser um pouco menos insensível??? Seu pai não tinha jeito mesmo.

Agora Rachel estava acordada no meio da noite, sem sono e chorosa, ainda se lastimando pelos ocorridos com Wanda. E com frio. Muito frio. Sentiu seu estômago se revirar todo e a única coisa que teve tempo de fazer foi colocar a cabeça para fora da cama e vomitar tudo no chão de seu quarto. A menina se surpreendeu por ter vomitado tanto, ela nem havia comido muito e tinha dispensado a janta.

Se levantou com dificuldade e saiu do quarto, indo se arrastando até o quarto do pai, enquanto ainda tremia de frio e começava a sentir sua cabeça pesar.

— Papai.. – Rachel o chamou, manhosa.

Bucky acordou com os chamados da menina e esfregou os olhos.— O que aconteceu, Rachel? São quase 2 horas da manhã.

Encarou a menina que estava muito pálida na porta de seu quarto, mas ela não teve tempo de dizer nada, apenas se abaixou e vomitou no chão de seu quarto. Bucky se levantou de sobressalto e sentiu um pouco de tontura pelo seu feito. Caminhou até Rachel e assim que ela terminou de vomitar, a pegou no colo e a levou até o banheiro, para ela lavar a boca e ele pegar um remédio.

— O que mais você está sentindo?

— Minha cabeça tá doendo um pouquinho.. e eu tô com friiio. Muito frio – ela mesma se abraçou.

Bucky franziu a testa, o tempo não estava dos melhores, mas não era para tanto. Colocou a mão na testa da menina mas não ficou surpreso ao ver que ela estava ardendo em febre. O moreno começou a revirar sua caixa de remédios mas desistiu de procurar um quando viu Rachel vomitar mais uma no vaso sanitário.

— É melhor irmos ao médico, Rachel.

Rachel reclamou várias vezes e Bucky fingiu não ouvir, se trocou rapidamente e apenas colocou um casaco mais quente na menina. Chamou um táxi, já que não daria para ir de moto com ela desse jeito e em poucos minutos estava no hospital. Entrou no mesmo com Rachel no colo e deitada em seu ombro, e encontrou Natasha conversando com uma mulher não muito longe de onde estava. Gritou pela ruiva e logo esta veio a seu encontro, juntamente com a outra mulher.

— O que aconteceu? – Natasha perguntou.

— Rachel está ardendo em febre e não para de vomitar. Ela também reclamou de dor de cabeça.

— Natalia, aonde está Wanessa e Karev?

— Devem estar na sala de descanso, aqueles folgados – Natasha respondeu.

Plano Imperfeito Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora