LÓTUS // Jung Hoseok

A Brasileira

OI GALERO!!! Tudo bem?
Como sabem eu deletei o capítulo anterior por não achar que ele estava em boa qualidade mas escrevi esse em que a história vai com mais calma e espero muito que gostem!!!!

Respiro um pouco agitada e agora minhas pernas parecem inquietas também. Olho mais uma vez em direção ao banheiro e Hoseok está alisando os cabelos despenteados e, por Deus, ainda bem que me virei antes, agora ele está somente com a toalha em volta de sua cintura, o que me deixa ainda mais desconfortável, quer dizer, com os nervos bem agitados, me fazendo engolir em seco.
    
     Encaro-o sem me dar conta deste ato. O que foi a maior e pior decisão involuntária, visto que agora me dei conta de que ele me encara através do espelho a sua frente com uma expressão nula, não sei descrevê-la de um jeito mais claro. Abro meu sorriso gengival mais sem graça possível e meu olhar com toda certeza esboça total vergonha e desespero.

     Ele vira para mim e põe-se a andar em minha direção a passos lentos, dando-me a visão de seu abdômen que é mais definido do que eu pensei e cada detalhe se expõe a medida que seu corpo se move ao caminhar.

     Minhas pernas tremem e ameaçam vacilar com todo o nervosismo que percorre meu corpo. Engulo em seco mais vezes do que parece ser possível e procuro algo para mexer com as mãos na intenção de tirar minha atenção dele, mas é uma tentativa falha, então apenas começo a mexer nos cabelos colocando os fios soltos atrás das orelhas, dou passas lentos para trás e sento-me na cama sem coragem para voltar a olhá-lo. E só o que consigo lembrar agora é que pensei que coreanos fossem mais reservados, porém o dito cujo está só de toalha em minha frente.

- Então você é uma pervertida que fica olhando pela brecha da porta? - Hoseok diz num tom zombeteiro e com um sorriso pequeno nos lábios.

- Não foi minha intenção, você não certificou-se de que a porta estava totalmente fechada e olhei por descuido ao me virar, desculpa. - Minha voz sai acanhada e mantenho meu olhar baixo.

- Tudo bem, não estou repreendendo você.

- Eu sei, só não quero que tenha pensamentos errados.

- E não tive, acredite. - Ele diz casualmente e coloca as mãos na cintura ainda olhando-me de forma terna. - Eu vou tomar um banho rápido. Pode ficar a vontade, coma também, você parece fraca. - Diz apontando gentilmente com uma das mãos para mim como se pedisse para que eu olhe meu estado.

- Ah... - Crio coragem e levanto o olhar em sua direção. - Tudo bem, não tenha pressa. - Forço- me a sorrir para afastar a tensão.

- Ok. - Hoseok sorri e volta para o banheiro, dessa vez certificando-se de que a porta está bem fechada.

     Logo ouço-o encher mais a banheira e o som da água caindo me faz soltar um suspiro pesado, sentindo a tensão  sobre os ombros e as pernas doerem. Acho que preciso relaxar também, andei demais por hoje.

     Enquanto espero, pego mais do bolinho que estava comendo e vou até a varanda para olhar a vista. Já está bem escuro e a cidade se divide entre a luz da lua e as luzes dos prédios. O céu está limpo e estrelado, até consigo avistar as três Marias daqui. O ar está agradável agora, nem muito quente, nem muito frio e há algumas plantinhas aqui que julgo vir delas o cheiro doce que paira com a brisa fraca da noite. Fecho os olhos e respiro fundo para sentir tudo isso ao meu redor, há tanto tempo não sinto tais coisas pequenas.  Meu corpo arrepia por completo... Senti falta de tudo isso.

     Com o corpo totalmente imerso nessas sensações, demoro a perceber que tem uma outra energia próxima a mim. Viro-me para o lado devagar para olhar e puxo todo o ar possível para os meus pulmões de maneira rápida,  jogando meu corpo para trás e minhas costas se chocam contra a proteção de vidro. Hoseok de repente está ao meu lado, com os antebraços apoiados no parapeito, imóvel e me encarando.