10 - marinette

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"Lindo. Ele é, simplesmente, lindo", foi o que Marinette pensou ao abrir a porta e ver o garoto loiro que havia convidado para jantar, com um buquê de rosas e margaridas na mão e uma garrafa de vinho na outra.

O cabelo, que era grande e cobria parte de sua nuca, estava um pouco bagunçado, o que fazia ele ficar ainda mais lindo. Ela jamais iria querer vê-lo de cabelo cortado, pois adoraria fazer pequenas tranças nas mechas ou mexer nelas.

"Apenas pessoas ricas tem mais de um nome do meio. Sinceramente, quem no mundo tem cinco?", foi o que ela disse ao saber os cinco nomes do meio do garoto, mas só havia guardado que ele se chamava Adrien e o último nome era Agreste. Quando ela fez esse comentário, ele riu, e ela percebeu que queria escutar essa risada para sempre. Como aquilo era possível?

Guardou um pedaço de lasanha para comer no almoço no próximo dia e preparou um pote para seu convidado levar. Ela parou retirou cada louça suja da mesa e levou para pia, parando rente à ela para começar a lavar.

O esverdeado foi até ela, pousou uma mão na curva das costas dela, o que a fez se arrepiar e o rosto ficar quente, e disse:

- Deixe que eu lavo. Eu lavo e você guarda, tudo bem? - o sorriso que ele tinha nós lábios a fez ficar quieta por alguns segundos, ela simplesmente não sabia o que dizer.

- N-não posso deixar meu convidado lavar a louça! É uma falta de cortesia! - ela disse, ainda vermelha e pegando a esponja e a segurando com força.

O mais alto pegou o detergente e afastou da mesma, e segurou a esponja juntamente com a mão da mesma.

- Não permito você se responsabilizar em lavar tudo, sendo que eu também sujei! - ele disse, olhando para a garota, ainda segurando a mão da mesma, com a esponja separando o contato das palmas. Era um pouco frustrante ter um objeto daqueles impedindo ela tocar a mão dele. - Estarei apenas te ajudando. Me deixe te ajudar, sim? - ele deu um beijo na ponta do nariz dela.

Aquilo era o fim. Ela se desestabilizou, deu passos para trás e foi pegar um pano limpo para secar a louça recém-lavada e tentar recuperar a cor normal de sua pele. A batalha de quem lavaria a louça foi ganha com um golpe baixo daqueles. Era, simplesmente, injusto. Ele ganhou de modo sujo e ela não poderua deixar aquilo barato, não sabia como iria revidar, mas iria dar um jeito.

- Você ganhou de forma injusta, eu não posso permitir! - foi o que ela pensou em dizer, enquanto secava um prato e olhava para o loiro, que tinha um sorriso no rosto enquanto enxaguava o segundo prato.

- Ainda não permito que você lave a louça da minha casa. - foi o que saiu, o que o fez olhar para ela, o sorriso ainda no rosto.

- Pois aqui estou eu. - ele disse, tirando uma mão da água e jogou algumas gotas na azulada, que o olhou brava. - Fique calma, Marinette! É apenas uma ajuda. Não se recusa ajuda.

- Não se lava a louça da casa dos outros. - ela disse, pegando o prato molhado da mão do garoto, que fechou a torneira e começou a ensaboar os talheres.

Ele riu e negou com a cabeça, continuando a fazer o que fazia. Ela guardou o segundo prato e fechou a porta do armário, esperando ele terminar com os talheres.

- Vem aqui, vou te contar um segredo. - foi o que ele disse, e ela se aproximou devagar, ele ainda prestava atenção no que fazia.

- Estou pronta para ouvir. - ela disse, olhando para ele. A garota não sabia, mas ela não esperava nenhum pouco para o que ele iria fazer, mas talvez não estar pronta só fez tudo ficar melhor.

Ele virou o rosto para a ela, estavam tão perto que Marinette achou estranho ver um verde tão verde quanto a grama nos olhos de uma pessoa. Ele selou os lábios nos dela, a dando um simples toque nos lábios. Era uma sensação tão boa, sentir os lábios quentes e macios dele nos dela. Quando ele se afastou, sorriu e tocou a ponta do nariz dela, enchendo a região de espuma.

neighbors | [AU] adrinetteWhere stories live. Discover now