37 - adrien

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Estava feliz com o talismã que a azulada o havia dado e, agora, se sentia ainda mais sortudo. Havia a vencido em jogos de luta e no Uno vezes o suficiente para que ela não falasse mais com ele.

- Você quer o talismã de volta? - ele perguntou, se aproximando mais dela no sofá.

- Não! - ela disse, o afastando com um dos braços e cruzando-os. - Consigo te vencer sem ter o talismã e eu posso provar isso.

- Tudo bem, me mostre. - ele disse, rindo.

Ela pegou o controle do vídeo game e entregou para o namorado. Ela estava brava por perder e não aceitava nenhuma carícia do loiro, que estava alegre por ganhar tantas vezes.

- Vou te mostrar o que é perder, Adrien Agreste. - ela disse e o garoto teve medo do jeito que disse seu nome.

- Você falou meu nome com tanto desgosto... - ele sussurrou, olhando para a televisão. Não queria ter ficado tão ofendido, mas aconteceu.

- Desculpe, estou brava. - ela disse e bagunçou o cabelo dele, que já estava um pouco grande. - Vamos logo com isso.

Ele riu, mas ainda se sentia desanimado pelo jeito que ela havia dito seu nome. O garoto ligou o vídeo game e colocou no Mortal Kombat para jogar com a garota, que mantinha os olhos fixos na tela.

- Marin. - ele a chamou e ela mexeu a cabeça, mostrando que estava atenta. - Você está chateada comigo? - como resposta, ela negou. - Você não está falando comigo. - ele disse, mordendo o interior da bochecha.

- Adrien, me desculpe. - ela ergueu o rosto do loiro, fazendo-o olhar para si. - Eu estou estressada por ter perdido tantas vezes e agora me sinto culpada por ter te deixado tão triste. - ela deu um selinho no mesmo. - Que tal esquecermos isso e você tentar me ensinar a tocar piano?

Ele sorriu e ficou em pé, estendendo a mão para a garota, que colocou sua mão sobre a dele e se levantou, dando um beijo no canto dos lábios dele. O maior desligou a televisão e o aparelho que estava iniciando o jogo e foi para o instrumento, guiando sua namorada.

Um Sol gostoso estava no céu a tarde, e ele se sentou em um banco de pedra, tendo a garota ao seu lado e Emilie e Sabine andando pelo jardim de forma descontraída, enquanto conversam.

- Adrien. - a sua namorada o chamou depois de um tempo em silêncio. Ele murmurou um "hm?", em resposta, para que ela continuasse e olhou para a mesma, que tinha os olhos fechados e a pele iluminada pelo Sol. - Por favor, me perdoe por ter feito você ficar tão chateado comigo. Me desculpe mesmo... Eu não sei porquê estou tão estressada. - ela escondeu o rosto nas mãos. - Eu nunca quis te machucar. Eu só... Não sei o que aconteceu. Não gosto de perder.

Ele abraçou o corpo da menor, a trazendo para perto de si e beijando o topo de sua cabeça.

- Está tudo bem, mon amour. - ele suspirou e a fez tirar as mãos do rosto e olhar para ele. - Eu sou muito inseguro em relação à algumas coisas, e sinto muito por te deixar tão assustada.

- Por favor, você pode ficar quieto? - ela disse, semicerrando os olhos e levou as mãos para o rosto dele, o fazendo olhar para si. - Você não me deve desculpas, Adrien. Eu te devo isso. Você não tem culpa de nada, pare de tomar isso para você! - ela suspirou e deu um beijo no nariz dele e depois um casto em seus lábios. - Por favor, não duvide do meu amor por você e pare de culpar a si mesmo. - ela sussurrou e voltou a abraçá-lo, escondendo seu rosto no pescoço do mesmo.

E então, ele entendeu que Marinette confiava muito nele, tanto que ela passava seus dias com o mesmo e a maior prova de amor da garota foi ter feito amor com loiro. Era difícil adquirir a confiança dela, embora ela fosse extremamente amigável.

O engraçado era que ela ainda o deixava nervoso. Ele tinha medo de dizer ou fazer coisas erradas, afastando Marinette de si, como havia acontecido hoje. Tinha medo de perder a menor, já que ele a amava muito a ponto de não saber o quanto.

- Te desculpo, mon amour. - ele sussurrou, a apertando em seus braços. - Podemos apenas esquecer isso, certo?

- Certo, chaton. - ela disse e deu um beijo rápido no pescoço dele. - Podemos ficar aqui mais um pouco?

- Claro. - ele disse, sorrindo.

Ficaram ali por mais algum tempo, em silêncio e a azulada se mantinha nos braços do Agreste, que afagava as costas da mesma e sentia o cheiro, agora diferente, que tinha no cabelo da garota.

- Seu cabelo está com um cheiro diferente. - ele disse, o que a fez rir.

- Sim. Eu estou usando o da minha mãe. - ela disse. - Acho que é de erva-doce.

- Gosto do que cheira mirtilos. - ele observou, dando um beijo nas mechas. - Mas, gosto desse também.

- Fofo. - ela ri e se afasta dele, se levantando. - Vou assar alguns biscoitos.

- Eu te ajudo. - ele disse e passou o braço em volta da cintura da mesma.

- Tenho que fazer a massa de novo. - ela diz, começando a andar com ele.

- Serei seu ajudante, Chefe. - ele sorri e, assim que chegam na porta de vidro, a abre e a garota entra.

Ela ri e ele procura pelo o que está rindo e então avista seu pai e o de Marinette, cada um com uma guitarra do video game, ambos em pé na sala e uma música alta tocando.

Ela passa por eles, que estão concentrados e talvez nem tenham percebido os dois entrando. Ela vai direto para a cozinha e lava as mãos, e o loiro faz o mesmo.

- Como se faz isso? - ele pergunta, secando as mãos em um pano.

- Calma, querido. - ela diz, com um sorriso ladino e lhe da um selinho demorado, que o faz se aproximar, procurando por mais, mas ela se vira, destinada a pegar tudo que precisava. - Vou te ensinar na prática. - Ele suspira e ajuda a garota a pegar os potes e tudo que era necessário.

Dupain-Cheng lhe ensinava a fazer a receita enquanto fazia a dela. Ia sair uma quantidade duplicada de cookies e ela poderia congelar a massa.

Com as ordens da menor, ele pode compreender que a amava de todas as formas. Amava todas as faces da menor, que completavam a mesma e a fazia ser sua Marinette.

- Ei. - ele a chamou e ela parou de mexer a massa, olhando para ele. - Eu amo você.

- Bobo. - ela corou e continuou a mexer na mesma. - Também amo você. Agora, continue a mexer a massa, Adrien! - seu tom foi de calmo para brava em alguns segundos e ele riu, pois era apenas um detalhe que ele amava na menor.

Continuou a fazer a massa, seguindo as instruções da menor, mas, no fim, os biscoitos feito por Marinette haviam ficado melhor, talvez pelo fato de que haviam sido feitos por ela.

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