13 - adrien

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Ao ir até a sala, Marinette estava encolhida no sofá, com um caderno apoiado nas pernas e o lápis deslizava pelo papel, fazendo riscos leves.

- Marin? - a chamou, indo até ela. Viu uma parte do desenho e sorriu, antes de continuar a falar. - Gostei do desenho. Quem é?

- Ah! Não é nada! - ela fechou o caderno e o deixou em cima da mesa. - Não mexa nele! Eu já volto.

O loiro a obedeceu, mas ficou encarando o caderno cheio de adesivos. Se perguntou o que tinha ali e todos os segredos que a azulada escondia naquelas páginas. Tirou uma foto do caderno, apenas para guardar uma recordação de Marinette. A luz da sala estava perfeita e batia muito bem no objeto. A foto havia ficado adorável, podia até mesmo revelar a foto e pendurá-la no pequeno varal de fotos de seu quarto.

Na sua mente, ele não parava de repassar a sensação de quando ela entrou na cozinha. A roupa dela, o jeito que metade do cabelo estava preso e a meia calça escura destacava a saia vermelha era adorável. Ela estava tão linda, que seus dedos quase perderam a força na caneca que segurava, quase derrubando a mesma.

- Vamos? - ela disse, com um sobretudo preta e uma bolsa preta apoiada no ombro, enquanto colocava a carteira e o celular nessa bolsa e andava em direção à porta, com a chave na mão.

O loiro se levantou e foi até ela, que abriu a porta e ficou esperando-o com a porta aberta, do lado de fora. Ele fechou a porta e ela trancou a porta. Nesse movimento, o braço de Marinette encostou no dele, que se arrepiou com aquele toque simples e sem querer.

Era estranho esperar alguém trancar a porta de seu apartamento, já que sempre esperou perto do carro. E era estranho considerar o fato de que não era um encontro, ela só estava levando-o para tentar arranjar um emprego.

- Vamos, Adrien! - ela disse, rindo para ele, segurando seu braço e o puxando para acompanhá-la. Ela desenrolou seu braço do dele ao chegarem na porta da escada, e ele sentiu uma leve falta da sensação.

Ele abriu a porta para ela e depois passou pela mesma, começando a descer as escadas juntos.

- Não fique nervoso, ok? Sei que vai dar certo. - ela disse, enquanto descia os degraus.

Era adorável ver o jeito que o cabelo de Marinette era um tanto curto e o rabinho, que prendia o cabelo da frente, era curto e enquanto ela descia as escadas, ele ficava balançando.

Ele pulou os últimos dois degraus e abriu a porta para a azulada passar e continuou a acompanhá-la.

- Meu pai é padeiro. - ela comentou distraída, andando pela calçada ao lado dele. - Um dia você vai experimentar o melhor croissant e macaron de toda a França!

- Deve ser bom mesmo. - ele respondeu, sorrindo para ela. - Se você herdou os dons, deve realmente ser os melhores, não somente da França, mas de todo o mundo.

- Com absoluta certeza é! - ela disse, animada.

- Meu pai é Gabriel Agreste, dono daquela revista de moda com o nosso sobrenome. - ele disse, olhando para o caminho que seguia.

- V-você é Adrien Agreste? - perguntou, gaguejando. - Eu tinha reparado em alguns detalhes, mas não achei que fosse você... Mas, também não fico ligada nas notícias dos famosos, eu só gosto da revista. Não acredito que você é um Agreste.

- Pois pode acreditar. - ele riu, passado a mão no cabelo, demonstrando nervosismo. - A mídia não fica tão grudado em mim, principalmente quando falei que só queria ser uma pessoa com uma vida normal e que não queria ser modelo. Meu pai aceitou bem, a mídia ficou grudada em mim por meses e depois parou, então agora eu apareço de nunca em nunca.

neighbors | [AU] adrinetteDonde viven las historias. Descúbrelo ahora