Negociação Silenciosa

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A rede é de ferro, o que deixa claro que sabem o que estão fazendo. Barulhos de galhos quebrando e farfalhar de folhas até o último estrondo de todos nós colidindo com o chão. Os grifos grunhem e se debatem enquanto nós três estamos interligando nossa magia, é uma técnica complicada mas muito treinada e totalmente eficiente graças a mim.

Ao ouvir o som de diversos passos se aproximando, inicio a liberação que logo surte efeito e destrói a rede inteira com apenas um pulso da nossa magia.

Os grifos rapidamente sobem ao céu e ficam em posição de ataque. Eu logo reconheço os muitos inimigos se aproximando. São com certeza Estimokianos. Altos e não muito másculos eles são a mais pura elegância de uma legião de feéricos de batalha. Por que ?

Não utilizam armaduras e sim sobretudos cor verde com dourado que cobrem a camisa e parte da calça preta junto a botas de couro marrom, suas espadas e adagas feitas do mais puro aço forjado no interior das montanhas de Estimok reluzem em suas mãos e costas, eles se movem sobre e por entre as árvores com maestria e velocidade considerável. Possuem traços finos, os olhos são variados entre o amarelo e o verde e os cabelos longos complementam a elegância e impotência digna de todas as canções existentes homenageando seus feitos.

Mais e mais perto com um semblante sério e furioso se aproxima o que deve ser o líder. Veste o mesmo porém em cores amarelo e marrom. Suas espadas gêmeas rapidamente colidem com as minhas. Num movimento rápido salto para trás dando espaço para luta dos meus companheiros com os outros que se aproximam em posições de ataque.

Minhas espadas gêmeas são um presente do governante da 5° capital Kiwen. Lá são fabricadas as melhores armas e qualquer equipamento de guerra de todo o mundo. De fato foi um dos poucos presentes que eu não me desfiz pois essas espadas são de um metal muito precioso.

Agora elas estão diante de um oponente digno, encarando o feérico líder resolvo fazer o primeiro movimento. Em vão pois ao tentar me mover noto que meus pés estão presos por plantas, ele então vem até mim e com um giro o repreendo. Nossas espadas agora coladas permitem que eu o encare enquanto de mim começa a sair magia. Ele exibe uma expressão horrorizada quando nota que eu emano fogo por todo meu corpo. Rapidamente o feérico salta de mim e começa a me circular enquanto eu termino de queimar as raízes em meus pés, encaro ele com um olhar furioso.

— Quem é você ? — Pergunta o feérico.

Não respondo, apenas sesso o fogo e o ataco.

Nossos movimentos são tão rápidos que eu quase não tenho tempo para respirar, ele gira, pula e joga adagas entre outras técnicas de magia conhecida . Eu com toda a calma examino todos os seus movimentos apenas defendendo seus ataques e os retribuindo com várias investidas de metal e fogo.

Em nossa volta Araevin e Pit lutam com vários enquanto os grifos observam do alto.

Um, dois. Três, me viro e me abaixo bruscamente levando meu pé direito ao encontro das pernas do feérico. Ele cai e antes que pensasse em qualquer coisa já estou de pé com minha espada em chamas apontada para o pescoço dele. Todos param de lutar e então nos observam apreensivos. Um pouco estranho pois deviam correr até mim afim de salvar seu comandante.

— Sou Aedion, mestre da 7° capital Garzag e último herdeiro da magia. — Falo alto e em bom som para que não só este diante da minha lâmina mas todos aqui, escutem.

— Então acredito que devo pedir desculpas pela má recepção. Devo dizer também que sua fama é coerente às suas habilidades, Lorde Aedion. — Ele se levanta enquanto diz. Sua voz é firme e fria.

Guardo minhas espadas e lanço um olhar de raiva para o comandante.

— Pagará este erro nos levando ao seu rei.

(Atualizando) Amor e magia - Submisso ao DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora