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Hugo on:

Eu talvez tenha cometido o maior erro, em tê-la beijado.

Mas raparigas como a Victoria não há, aquele jeito dela, aquele olhar.

E custa-me vê-la chorar, vê-la sofrer.
Tenho medo que ela descubra tudo o que se está a passar, entre o pai dela e a minha "mulher".

Entro na cozinha e vejo-a com a Bianca no colo, alguma música toca e as duas riem-se.

Dava tudo para ter uma família.
Mataram a Kiran, e esse é um dos motivos para estar aqui.

A Bianca não foi planeada, mas foi a melhor coisa que me podiam ter dado.

- Pai! - ela grita ao ver-me, estou encostado a ombreira da porta e vejo a cena das duas.

Vejo a Victoria sorrir e coloca-la no chão.

- Estas melhor desde ontem? - pergunto-lhe. Talvez o beijo não tenha sido assim tão mau, deu para quebrar algum gelo, embora ela pense que amo a mãe dela.

- Não! - não estava a espera desta resposta sincera. - Eu só queria saber o que se esta a passar!

- Vais saber em breve! - aproximo-me dela.

- Nós não podemos! - ela dá a alguns passos para trás. - Tu és casado com a minha mãe!

Que merda! Agora gostava de lhe poder contar o que se está a passar, e beijá-la, beijá-la muito.

Fico em silêncio onde estou, ela suspira.

- Tenho de ir trabalhar! - ela diz passando por mim apressadamente.

O meu padrastoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora