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Victoria on:

Hoje é o meu primeiro dia de trabalho, bom adorava chegar a casa hoje e conta-lo a minha mãe, mas também um dos verdadeiros motivos para eu estar aqui, é para poder finalmente ter a minha independência.

Não posso nada deixar-me distrair-me.

Chego meia hora mais cedo, decido dar uma volta pelo o centro comercial, ao ver os efeitos de natal apercebo-me que falta apenas uma semana, uma semana para esta data tão esperada por todos.

(...)

- Olá querida! - a Alicia recebe-me com um sorriso. - Pronta?

- Sim! - digo soltando um pequeno guincho, estou muito anciosa.

- Vem comigo! - ela diz andando para a parte de trás da loja. - Aqui é o teu espaço!

Uma pequena área com uma pequena mesa e uma cadeira, tem um cabide e pouco mais.

- Podes estar aqui nas tuas pausas, horas de almoço! - ela diz sorridente. - Ah tens aqui a tua farda!

Ela mostra-me um vestido preto que deve ficar-me um pouco acima dos joelhos.

- Se não te servir, mandamos trocar! - ela dá-mo. - Estou a tua espera lá a frente.

- Obrigada! - dou um sorriso e troco de roupa rapidamente.
Volto para a frente de loja, onde a Alicia atende uma cliente.

- Obrigada! - despede-se da cliente e vem até mim. - Pronto querida, já tens tudo o que precisas! Vou andando!

- Até logo! - nem acredito que isto está mesmo a acontecer.

(...)

Chego a casa acabada, tive de correr até a faculdade e as aulas foram de imensa matéria, nem acredito que só faltam mais um mês e meio para acabar.

Chego a casa e a Bianca dorme no sofá.

Vou até a cozinha em busca de alguma coisa para comer, mas para a minha sorte no azar, o Hugo está apenas de toalha e ainda há gotas a escorrer-lhe pelo o corpo.

- Eu tenho comigo a minha filha e a sua filha da Margarida! - oiço-o dizer. - Não, não sabe de nada, ela está a começar a desconfiar!

Fico atenta a conversa.

- Ela não é nenhuma criança! - ele suspira. - Margarida! A tua filha já tem idade para perceber, tu não lhe podes esconder mais isto! Ela tem me feito demasiadas perguntas e não vou continuar a negar-lhe as respostas.

- Ok! Tudo bem, mas quando voltares vamos contar a verdade a vitória, ela merece saber!

Sinto um aperto no meu peito tão grande, a minha mãe tem andado a esconder-me algo.

O Hugo vira-se e olha para mim, percebe talvez pela a minha cara que eu ouvi a conversa.

- Tu não és casado com a minha mãe, pois não? - pergunto-lhe.

- Não... - ele suspira, atirando o telemóvel para cima da mesa. - Espera ate a tua mãe voltar para ela te explicar tudo.

O meu padrastoWhere stories live. Discover now