capítulo vinte e sete (the end)

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Peguei vocês de surpresa, né? Então, esse é o último capítulo dessa fanfic, eu estou bem triste, porém, acredito que já prolonguei ela demais. Eu não tenho nem como agradecer a todo o amor que vocês deram para essa história, sinceramente. Apenas saibam que eu sou profundamente grata a todos que leram e comentaram.

Eu tinha o rascunho dessa história desde 2018, até cheguei a escrever um prólogo na época, mas acabei apagando. Por um milagre de minha nossa senhora da bicicleta, eu acabei resolvendo escrever de novo. E aqui estamos nós! Na última página de um romance.

Eu não sou muito boa em me despedir, mas é isso aí, galera. A gente se vê por ai!

-x-

Mesmo se eu puder viver novamente,
Mesmo se eu renascer repetidamente,
Não posso viver um dia sem você

Harry olhou para o relógio na parede branca pela milésima vez nos últimos cinco minutos. Logo depois seus olhos desceram para as fotos que estavam logo abaixo, a maioria delas eram fotos de animais. Todas as paredes do consultório eram em um branco sem graça, as prateleiras estavam repletas de livros de auto-ajuda, os quais Harry aprendeu a odiar com toda a sua força,

Cinco minutos haviam passado desde que ele entrou na sala, sendo assim faltavam cinquenta e cinco minutos para que sua sessão acabasse. Não importa o quanto a mulher a sua frente falasse, ele não conseguia prestar atenção em nada que saía da boca dela, parecia que ela estava no mudo. Harry apenas conseguia olhar para ela e pensar se aquele penteado ridículo tinha sido uma escolha dela ou ela talvez nem tivesse se olhado no espelho aquela manhã.

A verdade era que o cacheado desejava estar em qualquer outro lugar naquele momento. Principalmente, em algum lugar onde ele não tinha que ficar encarando aquelas paredes brancas e observando o relógio.

De repente, dois dedos se estalaram na frente de seus olhos e ele conseguiu finalmente ouvir o que a psicóloga dizia.

– Harry, você precisa me escutar.– Ela falou, irritada porque não era a primeira vez que ela pegava o cacheado viajando na maionese durante as sessões.

– Desculpe, eu me perdi.– Tentou dizer da forma mais educada que pôde

– Eu estava perguntando se você ainda tem aqueles sonhos.– Os punhos de Harry se fecharam na hora que ele ouviu aquelas palavras. No mesmo momento, seus olhos foram novamente para o relógio atrás da mulher.– E se você ainda vê aquele homem de olhos azuis em sua cabeça.

Styles contemplou o que ela havia questionado. Naquela mesma noite, Harry sonhou com algo que se parecia com um baile de filmes de época, ele conseguia ouvir as vozes e o barulho das taças, apesar de boa parte de sua visão estar embaçada durante o sonho. Tudo que ele conseguia fazer era ouvir algumas coisas e ver vultos.

Fazia três meses desde o incidente da ponte. Depois de sair do hospital, Harry foi morar com sua irmã e foi obrigado por ela a ir em sessões com a psicóloga toda semana. Tinha sido nessa mesma época que os sonhos começaram, eles nunca eram claros e Harry quase sempre não conseguia se lembrar do conteúdo deles, apenas alguns flashes de memória. Além disso, havia o homem de olhos azuis profundos que continuava surgindo em suas memórias, o cacheado não conseguia enxergar seu rosto por completo, não sabia como ele se parecia, tudo que ele sabia era que o homem tinha os olhos azuis mais bonitos que tinha visto em toda a sua vida.

Toda vez que esse homem aparecia em sua mente, uma onda de tristeza e sofrimento se apossava do corpo de Harry e ele simplesmente não conseguia explicar isso. Apesar da psicóloga e todo mundo tratar aquilo como um delírio dele, o cacheado podia jurar de alma que aquilo eram memórias, porque pareciam reais demais.

Somewhere someday || L.SWhere stories live. Discover now