Epílogo

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O que eu não faço por vocês, né? Eu não tinha intenção nenhuma de escrever um epílogo. Eu sempre idealizei que a fanfic terminaria daquele jeito, com o final aberto, que abrange um monte de possibilidades do que poderia ter acontecido. Eu amo finais abertos, mas sei que aquilo pode não ter sido o suficiente pra vocês, então, resolvi escrever o epílogo.

É um epílogo bem curtinho, até porque eu não tinha nem ideia do que escrever. Então, aproveitem!

-x-

Eu acordo e procuro por você como um hábito
Mesmo que eu nasça de novo, eu vou te encontrar
Por que não conheceria, você que é tão lindo?

Louis observou o garoto de cachos desde que ele entrou no salão do museu. Era o mesmo garoto que estava em suas memórias desde que ele se entendia por gente. No começo, Louis apenas interpretou aquilo como ilusões, mas conforme os anos de sua vida foram passando, ele continuava vendo o garoto toda vez que fechava os olhos e percebeu que aquilo não eram ilusões, mas sim memórias.

Em suas memórias, ele era Louis Tomlinson, o rei da Inglaterra, vivendo no século XVIII, apaixonado por um garoto de olhos verdes. Por incrível que pareça, Louis tinha o mesmo nome nessa vida, porque seu pai carregava o sobrenome Tomlinson e sua mãe era uma historiadora, que na primeira oportunidade que viu, colocou o nome de um rei famoso em seu próprio filho. Conforme os anos foram passando, a mulher começou a ver algumas semelhanças entre os dois e achava isso incrível.

Tomlinson não lembrava-se exatamente de tudo, mas o que ele lembrava fazia seu coração doer. Um dia, o garoto de cachos tinha simplesmente desaparecido, deixando o rei devastado para trás, escrevendo cartas e pedindo aos céus que o trouxesse de volta. Louis conseguia sentir toda a agonia que o seu eu do passado havia sentido, cada mínimo detalhe da dor. E talvez, ele tivesse ganhado essa oportunidade de se lembrar para que as coisas dessem certo dessa vez.

Foi, então, que uma coisa estranha aconteceu com Louis. Um dia, ele estava sentado no parque, deveria passar das dez da noite, estava sozinho e pensativo. Quando, de repente, uma bela mulher vestida de vermelho sentou-se no banco ao seu lado.

– Vocês humanos...– Tomlinson conseguiu ouvir a mulher falando baixo, ela tinha um tom de desdenho em sua voz.– Eu lhes dou a oportunidade de se encontrarem de novo e é isso que acontece. Um fica só chorando o dia inteiro e o outro fica sentado em um parque a noite, como se não tivesse nada melhor pra fazer da vida.– Dessa vez, ela aumentou o volume da voz e Louis pôde ouvir perfeitamente e entender que ela estava falando com ele. Se sentindo ultrajado, quando estava prestes a xingá-la, ela diz, em tom de deboche: – Será que é eu que sempre tenho que fazer tudo?

– Olhe, eu não te conheço e não faço ideia do que está falando.– Louis virou-se para encará-la e por alguns segundos ficou abismado com sua beleza. Ela parecia uma divindade vinda direto dos céus. E talvez ela fosse.

– Harry.– Quando Louis estava pronto para levantar-se e ir embora, a mulher falou aquele nome que fez todo o seu corpo paralisar.– Ele não se lembra de você.– Ela disse.

– Você o conhece? – Nesse momento, Louis estava desconfiado de que ela era realmente uma divindade.

– Eu o vi uma vez ou outra.– A mulher deu de ombros e, então, olhou para suas próprias unhas, fazendo pouco caso da conversa.

– Onde posso encontrá-lo? – Tomlinson questionou, se aproximando dela e quase implorando para que pudesse ganhar alguma informação sobre o garoto de seus sonhos.

– Olha, eu nem deveria estar aqui, vocês deveriam se conhecer pelo destino e essas paradas aí. Mas como eu já fiz a cagada, tenho que consertar.– Ela se levantou e Louis se levantou também, ficando frente a frente para a mulher.– Não foi exatamente minha culpa, as informações não eram precisas o suficiente. Quando Harry pediu para encontrar alguém que o amasse, o nome Louis Tomlinson apareceu para mim. Vocês iam se conhecer de qualquer jeito, iam se cruzar em uma lanchonete e seria amor a primeira vista, mas vendo que isso iria demorar muito, eu quis acelerar as coisas para o coitado. Mas como eu ia advinhar que acabaria o mandando para o Louis Tomlinson errado? Ainda por cima, no século errado? – A mulher explicou a história tão rápido que Louis não tinha certeza se havia entendido tudo.– Você é realmente a reencarnação do rei Louis, mas originalmente você não se lembraria disso. Mas como eu fiz toda aquela cagada, eu lhe dei suas memórias de volta. Eu meio que acabei bagunçando o destino de vocês.

Somewhere someday || L.SWhere stories live. Discover now