Ameaça e Prazer

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"There's a menace in my bed..."

Melissa Benoist POV

senti um medo percorrer meu corpo, como se me avisasse que algo viria a acontecer, como um instinto animal. Fazia muito tempo que eu não sentia. Felizmente com o tempo, os ataques de pânico diminuiam e ficavam leves. Desde que estava com Christopher só tive um, e era no início do nosso relacionamento. Mesmo com o tempo, parece que esse foi um estalo, intenso e leve ao mesmo tempo; não sabia o que sentia. Eu tremia como nos desenhos animados e senti algo me envolver; a princípio queria recuar mas deixei ser abraçada. Eu olhava mas ao mesmo tempo não via. Me recompus aos poucos e fingi estar bem, não queria estar nos braços dele, sinto como se fosse uma ameaça é aquele ambiente se tornou sufocante. Mando mensagens para Chyler enquanto ia à garagem, eu dava fortes trocas de marcha no carro e não podia nem correr pois estava tudo congelado e eu só tinha as correntes na roda do carro, um dia vou acabar estragando as trocas. Enquanto eu chegava na casa da ruiva, vejo a porta se abrir como se ela soubesse que eu havia chegado. Dei uma forte freiada para estacionar e sai andando em passos largos para não escorregar no gelo e me agarro no corpo da minha melhor amiga.

– Como você sabia que eu já tava aqui? – Digo com a voz trêmula.

– Sei que você adora correr e vem o mais rápido possível, inclusive, abri também pra ver se você não tinha morrido porque a rua tá cheia de sal e gelo. – Diz Chy como quem me conhece de verdade.

– Verdade, não sei como não patinei...

– Como alguém não foi atrás de uma maluca como você pra te avisar que tem neve até dentro de casa? – Diz me soltando do abraço e fechando a porta atrás de mim. – Me diz, o que houve?

– Chris levantou a mão pra mim enquanto discutíamos, não sei qual foi a intenção mas sei que me deu um gatilho do meu ex noivo. – Digo secando as lágrimas. Não posso ceder.

– Entendo... vocês podem conversar sobre isso, acho que não precisa acabar o relacionamento por um erro, brigas acontecem... – Diz Chyler como se fosse algo que eu queria ouvir.

– Mas eu não quero mais, me sinto na obrigação de retribuir sempre porque ele é muito bom comigo... no início eu sentia como se fosse um milagre alguém como ele. Eu apenas... – Digo e acabo perdendo as palavras com o que acabo de dizer.

– Entendo... bom, acho que o único conselho que posso te dar é que você tem que fazer aquilo que quer, se coloque em primeiro lugar como por exemplo você explicando que acha que tem que ficar sempre na obrigação de algo, entende? Faça suas vontades, você é uma mulher livre – Diz sincera segurando nos meu ombros e sorrindo. – outra coisa que posso fazer por você é um... chocolate quente! – Diz com a maior animação e empatia em seu olhar.

– Obrigada, aceito. – Digo de coração quente.

E por assim a noite foi, junto com uma amiga próxima cujo dividia tela, Chyler sempre me fazia sentir acolhida e sincera nesse mundo solitário de ser atriz. Acho que no final, nunca temos amigos de verdade, ou são de longa data ou colegas de trabalho que se tornam muito próximos. Vejo que sobrou apenas eu e chy no sofá, já que todos devem ter ido para seus respectivos quartos, dou uns leves toques em seu ombro.

– Ei, vai pro seu quarto, te levo lá ok? – Digo levantando-a.

– Ahn? O que está acontecendo...? – Me olha confusa com seus olhos apertadinhos de sono.

– Tenho que resolver algo pendente... amanhã te conto, ok? – Digo dando uma piscada e com ela já na porta do quarto, vou em direção a porta da sala e desapareço no deserto branco. Algo em mim queria muito fazer isso.

Vou pelo caminho já conhecido e não sei como conseguia lembrar dele, já que minha cabeça estava a mil, sinto que de loira fui a vermelha. Chegando lá disco seu número e demora um pouco até alguém atender. Uma voz rouca me atende, e trêmula de ansiedade entro a passos rapidos pelo apartamento e chegando à sua porta não penso duas vezes. Ela abre a porta e tomo seus lábios em um beijo feroz que ela tentou assimilar, provavelmente eu a havia acordado. Seguro seu rosto com força e o beijo se torna lento e com alguns selinhos, parecíamos duas apaixonadas. Ela me olha com confusão e como quem tivesse implorado por aquilo.

Katie McGrath POV

Um corpo quente estava junto ao meu, abro os olhos confusa e ao olhar pra loira que tinha seus braços em mim, me recordo.

Flashback on

Alguém havia tocado na minha porta, fiquei preocupada por que aquela hora imagino que seria uma emergência. Porém, Melissa bate em minha porta e me beija como num sonho, óbvio que não terminou por aí. A loira morde meus lábios sem dó e volta a me olhar com seus azuis profundos, sinto que podia me afogar neles. Como Mel já conhecia minha casa, fomos aos tropeços ao meu quarto e ofegantes nos olhamos uma para a outra em espera de uma possível continuação.

– Por que parou? – Digo com um tanto de indignação olhando para a loira a minha frente que arqueia uma sobrancelha e faz um sorriso travesso com tal pergunta. Sinto que a instiguei.

Então ela me empurra na cama e vem por cima de mim.

– Eu não parei e não vou parar, fica tranquila. – Diz com a voz embriagada de desejo.

A loira troca as posições, fazendo com que eu fique por cima dela, então ela se levanta e fico sentada no colo dela. Minados olhares confessavam que estávamos loucas por aquele momento.

Flashback off

"Let's cause a little trouble; oh you make me feel so weak..."

desculpinha </3

Supercorp - MeltieWhere stories live. Discover now