A chama

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"Caida no chão, a borboleta se pergunta o por quê disso, percebendo suas asas chamuscadas, "que aconteceu comigo ?"

Katie McGrath POV

E mais uma vez, eu caio nos braços da loira que atua comigo em cena. Não resisto mais a ela, e eu não estava mais ligando para o resto do mundo. Principalmente quando eu estava com ela. Hoje, acho que todos já sabem o que acontece entre nós, ou pelo menos tem uma ideia, um tipo de aproximação. Quando Chris visita o set, sinto todo mundo do elenco e das câmeras ficar com um pouco de vergonha, eu precisava conversar sobre isso, com Melissa, ou até mesmo ele.

A cena do abraço no elevador, foi de longe uma das mais reveladoras para Kara, que sabia naquele momento que se Lena soubesse que ela era supergirl, tudo estaria acabado. Acho que foi tão emocional para Mel que ela ficou um tanto pensativa depois, isso que é ter conexão com um personagem. E o pior, é que quando meu personagem conversava com Kara no elevador, parecia uma indireta, mas que não passava de uma simples coincidência.

– Terra chamando Melissa... – Digo lhe entregando um copo de capuccino. Ela havia tirado os óculos e fez um sorriso leve.

– É que... fico imaginando como Kara se sente, sabe? Sei que vai ser um processo difícil para as duas. – Diz melancólica com a situação.

– Ei, tá tudo bem, elas sempre se resolvem no final, Lena tem amor, sabia?! – Digo em tom de brincadeira para tentar levantar a mesma. – Vem... vamos?

– Pra onde? – Ela me olha de forma confusa.

– Comer as melhores rosquinhas da cidade. – Digo arqueando uma das sobrancelhas e vejo ela abrir os olhos em surpresa e alegria.

– Agora mesmo. – Vejo Chris passar atrás de nós, ao fundo. – Pode ir, preciso resolver uma coisa. – Ela diz me entregando as chaves do carro. Finjo não me importar com tal situação e vou em direção ao carro.

Melissa Benoist POV

– Oi... – Digo colocando uma mão em seu ombro, ele estava de costas.

– Oi! – Ele diz com um sorriso fraco, se virando de frente para mim.

– Nós precisamos conversar sobre... eu não estar mais em casa e –

– Eu já sei, você está com Katie. Poderia ter ao menos me falado antes, ou me explicado. – Ele
Diz, mostrando seu ressentimento sobre.

– Eu sei... é que não queria mais estresse, problemas... e mais nada. Só queria ir sem preocupações. Desculpa ter te ignorado, negligenciado, o que for.

– Tudo bem. Você gosta dela?

– Sim.

– Ok. Então... eu tenho apenas a agradecer, por você ter estado comigo. Um último abraço?– Seu semblante era sério, e melancólico.

– Tudo bem. – Digo compreensiva, afinal fomos quase casados e tínhamos uma vida juntos. Damos um abraço sentimental, mas rápido, que parece ter demorado anos. Antes de ir embora, lhe dou um olhar e um sorriso fraco.

Ando a passos largos para o carro, ainda de uniforme de jornalista, pois precisarei gravar mais algumas cenas a noite. Chegando perto do carro vejo a morena me olhar e sorrir, um dos seus melhores sorrisos.

– Demorei muito?

– Um pouco... – Diz com uma cara de sugestão.

– Onde é a loja de rosquinhas? – Pergunto já dando partida no carro.

...

Chegando lá, sentamos na mesa do lado de fora, enquanto Katie faz nosso pedido.

– Mas, e o que houve? Quando você tinha demorado? – Ela pergunta, curiosa.

– Eu me resolvi com Chris, ele sabe que estamos juntas. – Digo com um pouco de medo da sua reação, que foi até normal.

– As vezes fico me perguntando se eu estraguei seu casamento, ou... –

– Não! Por favor... eu gosto muito de você. Mesmo. – Digo segurando em sua mão. – Eu te amo.

Tenho medo de ter dito eu te amo muito cedo. Mas com ela eu me sinto mais eu, me sinto mais em casa, me sinto bem sem nenhum sentimento de dúvida no fundo. Ela não diz nada, apenas me olha com aqueles olhos, ora verdes e ora azuis, como quem sente bastante e não precisa dizer nada.

Nosso pedido havia chegado e comemos entre conversas e olhares de adolescentes apaixonados.

...

– Você pode dirigir? Estou muito cheia e me deu sono – Digo enquanto caminhávamos para meu carro, com uma leve risada. A morena fica meio duvidosa e me diz que não havia dirigido muitos carros esportivos na sua vida, a tranquilizo dizendo que e como um carro normal porém mais forte, ela ri e eu também. Aproveito que vou ficar no carona e ligo o celular, antes de dormir.

M: Não vou mais voltar em casa. Se quiser, pode ficar para você.

C: Ok.

...

Confesso que era bastante sexy olhar pra a morena ao meu lado dirigindo meu carro, e ela não dirigiu mal, para quem não tem costume. Ela tinha seu coque habitual e estava de casaco longo, algo que sempre apreciei nela, foi seu estilo. Afinal, ela é formada em uma parte nisso.

– Você sabe o que iremos gravar hoje a noite? – Ela me pergunta, enquanto estávamos perto do set.

– Um pouco, li apenas passando o olho. – Digo confusa, achei que a que menos soubesse era eu.

– É que me disseram que íamos usar vestidos. Achei que não eram necessários, mas é ambientado em uma festa.

– Vestidos, hum? Muito tempo que não te vejo em um vestido, Lena... – Digo me aproximando de seu ouvido e dando leves sopros.

– S-sim... – A morena deixa sua cabeça cair para trás fechando os olhos em um ato de puro prazer, ela estava me enlouquecendo. Bom que o carro estava parado, se não...

Desço pelo seu pescoço deixando beijos e chupões, torturando-a por dentro. Então levo minha mão até sua cintura, e quando meus lábios encostam nos dela, aperto minha mão forte na parte interna de sua coxa, o que a faz arfar entre o beijo quente e lento. Continuamos esse beijo torturante até nosso ar acabar e termos que parar só para respirar. Estávamos com o peito subindo e descendo da respiração pesada e rápida, descabeladas e com a boca avermelhada.

– Deixa que eu desço primeir- Sou interrompida por uma Katie frustrada, que agarra meu rosto e volta a me beijar com voracidade, dessa vez, mais intenso e a agarro mais forte, fazendo com que ela fique quase totalmente fora do assento. – Quanto tempo temos?

– Meia hora. – Ela diz ofegante, me olhando com olhos brilhantes de desejo.

Puxo ela mais para perto, de modo a entender que ela fique por cima de mim. Enquanto nos beijávamos minhas mãos traçavam e desenhavam todo seu corpo perfeito, que era apaixonada. De repente o frio que estava no ambiente se esvaiu e permaneceu apenas um calor, incessante vindo de nós duas, ambas implorávamos uma pela outra. Passo a mão por cima de sua intimidade, pela calça e sinto muito leve gemido vindo da mesma, entre nosso beijo, que encaixava perfeitamente. Então, apenas para provocá-la, retiro minhas mãos dali e passo elas pela sua barriga, chegando até seus seios, onde apertei de maneira bruta, o que a fez morder meus lábios de prazer.

Desabotoo sua calça, e passo minha mão por cima de sua calcinha, sentindo-a completamente molhada, o que me faz sorrir.

– Eu nem te toquei, e você já está assim? – Pergunto baixo perto de seu ouvido.

– Você me deixa louca... por que não fez isso antes?

– Por que estávamos em um restaurante de rosquinhas. – Digo fingindo ser algo sério. Tínhamos que ir, e isso não ficaria assim.

– Isso não vai ficar assim.

"E assim, depois de juntar um pouco de forças, sacudiu as asas e levantou voo novamente."

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N/A: gente a inspiração não anda me perseguindo, mas eu persigo ela rsrs, espero que tenham gostado!! Estou muito feliz pela quantidade de leitorxs acompanhando! <3 (me digam, vocês preferem a linha do POV sublinhada ou não?)

Supercorp - MeltieOnde histórias criam vida. Descubra agora