[2] double agent

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3 dias depois

Os dias se passaram e eu ainda não conseguia entender como tudo tinha sido encerrado, com tantas pontas soltas. Minha rotina havia voltado, com casos pequenos e simples, a cidade não havia demonstrado alto índice de crimes, será  que isso é uma brincadeira sem graça dela?

"É tão ruim desejar um caso que me fosse justo ao meu cargo? nem um assassinatozinho?...fala sério, não posso desejar uma vida perdida por mero tédio"

O horário do meu almoço estava chegando ao final, mas não tinha muito trabalho a se fazer, talvez eu reabrisse uma caso mal resolvido para tentar algo, peguei minha chaves do carro e paguei a conta do restaurante, deixando uma gorjeta para a garçonete.

A rua estáva bem movimentada mas o céu estava nublado com altos índices de chuva, com certeza eu precisaria de um guarda-chuva mais tarde.

Andei até meu carro onde estava estacionado na próxima esquina e foi quando meu celular começou a tocar, eu verifiquei e era um número privado, eu quis ignorar mas a curiosidade era maior, mas mesmo assim deixei que a ligação parasse e continuei meu caminho, foi quando eu ouvi outra coisa tocar, não era o meu celular e sim da pessoa que havia acabado de passar por mim, eu estranhei essa coincidência mas deixei passar e continuei meu caminho até carro, até que outro celular começa a tocar e depois outro, dois ao mesmo tempo, eu estava paranóica e então decidi correr para meu carro.

Chegando nele, o telefone público que havia por perto começou a tocar, para acabar com essas brincadeirinha de telefone sem fio de uma vez, entrei na cabine e atendi a ligação.

— Alô?

— ______, desculpa ser tão insistente, mas no momento é um assunto delicado e urgente - a voz era familiar mas eu não reconheci.

— Quem é?

— Pensei que minha voz era o bastante para dizer quem sou eu.

— Pensou errado.

— Nossa, me desculpe. Sou eu, o Elijah.

— Você é um foragido do governo - peguei meu celular e digitei uma mensagem pro laboratório de rastreamento do escritório, pedindo a localização da ligação — Me dê bons motivos para não rastreá-lo agora mesmo.

— Está com o tempo livre agora? está tudo no pendrive em que está no seu carro, espero que você não fique magoada com a minha intenção e como vou usa-la para provar a minha inocência, mas o domínio da cidade depende disso e talvez de todos os Androides também, não quer perder o seu querido Connor outra vez, não é?

— Seu babaca! - bati o telefone com força, desligando a ligação, eu devia rastreá-lo e acabar com a raça dele.

Respirei fundo e entrei no meu carro, onde havia uma pasta parda com um micro pendrive e um folheto:

"Conteúdo confidencial"

— Elijah

Eu estava tendo um mal pressentimento, larguei as coisas no banco do carona e dirigi até o departamento.

chegando lá, andei as presas para minha mesa, receio que eu possa ter ouvido alguém chamar o meu nome mas não dei atenção, entrei na sala e sentei direto na cadeira e conectei o pen, nele havia alguns documentos e algumas mídias, não demorei muito e abri o primeiro arquivo que era um vídeo. A tela havia ficado preta por alguns instantes antes de aparacer o maldito do Elijah.

— Senhorita _______, sinto muito por não podermos conversarmos pessoalmente, você não apenas deve estar ciente como deve ser uma das pessoas a minha caça neste momento. eu não quero faze-la perder o seu tempo, então vamos ao que interessa, eu não vendi minhas armas no mercado negro.

— Elas se venderam sozinhas, então? - sorri irônica.

— Sim, elas foram anunciadas por conta própria — meu corpo gelou — há alguns documentos que iram ajudar a saber o tipo de armas em que estamos falando, o tipo de arma que pode tomar uma cidade inteira em uma noite sem ninguém saber — ele deu um pequenos sorriso — Você não é a unica espia no mundo, sabia? há pessoas como você em todos os lugares, inclusive na Cyber Life — ele suspirou decepcionado.

— Deixe me apresentar o primeiro modelo de espionagem americana: AD 600, ou Ada como costumávamos chama-la, ela era a Androide teste para espionagem que eu e o governo estávamos desenvolvendo, mas houve um problema nas negociações e o projeto teve que ser cancelado e a da Ada foi para no armazenamento restrito, eu pensei que poderia liberta-lá daquela prisão mas assim que eu a reativei ela voltou totalmente diferente "ideais novos e objetivos revolucionários" tive que desativa-lá, caso ao contrario eu teria deixado um monstro a solta, mas recentemente o armazenamento restrito foi invadido e a Ada sumiu e seguido disso as armas foram anunciadas no mercado negro, acho que sabe onde eu quero chegar. Ada está por trás disso e há planos muito piores pelo que conheço ela, então eu quero que você a encontre e dê um fim nela. Eu quero ela morta.

— O que te faz pensar que farei isso por você? - sussurrei para mim mesma enquanto via a expressão convencida de Kamski na tela do computador.

— E finalmente chegamos a pior parte da operação, que é fazer isso por bem ou pelo mal, sua prótese de braço foi desenvolvida por uma das filiais da Cyber Life, em uma das funções há um pequeno Código de  autodestruição que apenas o usuário tem acesso e claro que eu consegui essa código, foi uma pesquisa um pouco árdua mas agora seu braço é uma arma ao meu favor, eu sei que estou sendo um grande filho da puta mas é bom a visar que em caso de tentativa de remoção da prótese ou negação da operação AD 600, a micro bomba em seu braço explodirá.

— Ah não!

— Mais uma vez eu sinto muito por estar fazendo isso e espero que cumpra a ordem com destreza e acima de tudo com sigilo — e essas foram suas ultimas palavras antes que meu monitor desligasse.

Pude sentir o meu sangue ferver e minhas mãos tremerem, não pude acreditar que mais uma vez eu estava sendo usada como uma ferramenta, eu mal tinha palavras e nem sabia o que fazer tudo estava confuso dentro da minha cabeça, eu estava perdida.

— ______, está tudo bem? - uma voz familiar me chamou desviando a minha atenção para a porta da sala.

"Não, eu com certeza estou muito ferrada"





(Notas Da Autora)

Olá, quanto tempo né? alguns deve estar lendo e pensando:

"nossa, como é que essa historia começa mesmo?"

já faz bastante tempo em que eu não apareço por aqui, mas vai ser diferente, a fanfic deu grandes resultados e ela vai tomar rumos diferentes do planejado, eu sei que foi muito injusto da minha parte largar assim sem mais e nem menos, mas agora vai ficar tudo bem, obrigado por me acompanhar até aqui e logo logo eu voltarei com um capitulo mais divertido.

I can feel you  [hiatus]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora