o amor é cego | jikook

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— Você está com frio? — ele me perguntou, acariciando minha mão na sua.

— Só um pouco. Já estamos chegando? — perguntei, sentindo o ambiente mudar para um mais abafado.

— Só vamos pegar o elevador e já podemos descansar. — suspirou, parecia realmente cansado.

A pouco tempo, Jungkook arrumou um apartamento para nós no centro da cidade e ainda estávamos decorando, o que tomava a maior parte do tempo das férias. Ele dizia que tudo estava ficando bonito e que combinava com nós, claro que acreditava nele.

Ouvi o barulho do elevador chegando, suas portas abrindo e logo a mão de meu namorado me puxando até estar dentro dele.

— Eu quero comer algo gostoso. — comentei, me aproximando de seu calor para deitar minha cabeça em seu ombro. Detalhadamente, senti sua mão em minha cintura, junto com a respiração mexendo meus fios levemente.

— Podemos pedir. — ouvi sua voz leve. Eu amava esse som.

— Pode ser do seu restaurante? — esfreguei meu nariz na sua pele.

— Hoseok não cozinha tão bem quanto eu. — ele disse, provocador. Enquanto estava aproveitando seus dias sem trabalho, nosso amigo assumia o lugar de Jungkook como chefe substituto.

— Então, você cozinha em casa?

Jungkook gemeu, me apertando mais em seu corpo. — Vamos ligar pra lá.

Ouvi quando as portas do elevador se abriram, permitindo nossa passagem para o corredor do quinto andar. Caminhávamos lado a lado até Jungkook parar. Ouvi um barulho de chaves e estendi minha mão até o som.

— Deixa que eu abro. — falei. As chaves foram pousadas na minha palma e senti sua aproximação.

Tateei cada uma até achar a que tinha a textura do nosso lar, busquei com os dedos da outra mão a fechadura na madeira. Ao encontrar, enfiei o metal para abri-la. Jungkook envolveu minha cintura com os braços, depositando um beijo na minha bochecha com o auxílio de um abraço por trás.

— Você é tão lindo fazendo qualquer coisa. — ele sussurrou, bem baixinho, para que só eu escutasse. E sabia que eu sempre escutaria.

— Espero que não seja nenhum pensamento pervertido só por que enfiei a chave na fechadura. — brinquei, destrancando a porta.

— Sabia que estava fazendo de propósito. — seu riso soprado fez cócegas no meu pescoço. Se pudesse enxergar algo, com certeza já estaria de olhos fechados nesse momento.

Quando entramos, ouvi patas correndo pelo piso para nos receber, o que me fez ajoelhar no chão para ter lambidas no rosto. Fiz carinho na cabeça peluda com um sorriso no rosto.

— Oi Kiki, você cuidou bem da nossa casa? — perguntei ao labrador, enchendo meus dedos com a sensação dos pelos macios.

— Hm, será que eu conto para o seu pai o que você fez na sala, Kiki? — Jungkook disse, fechando a porta.

— O que ela fez?

— Nada demais, mas as almofadas novas estão no tapete, cuidado. — eu assenti, pegando na coleira da cadela para que ela me guiasse até o sofá. — Eu vou tomar um banho, você quer ir comigo?

Me sentei, sentindo o estofado macio do sofá. Eu havia escolhido o móvel, aprovando pela textura gostosa. Jungkook disse que tinha uma cor bonita e que havia gostado também. Levei minhas mãos até o rosto para tirar os óculos.

— Não podemos comer primeiro?

— Vai ser rápido, vamos. — sua voz soou perto de mim, estava em pé. — Eu faço uma massagem nos seus pés antes de dormir.

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