Tangled [Changki]

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Changkyun talvez estivesse um pouco perdido pelo novo caminho que decidiu seguir.

-- Você não sabe onde estamos?

-- Claro que sei. Mas está escurecendo e é melhor descansarmos um pouco antes de continuarmos.

-- Não sabia que demoraria tanto.

-- Nem eu... Mas do que adianta chegarmos antes do dia que soltam as luzes?

-- É. Você tem razão.

-- De qualquer forma, já nos afastamos bastante da torre. Claro que ainda dá tempo de mudar de ideia.

-- Não vou mudar de ideia, Daniel.

-- Claro que não.

Changkyun e Kihyun recolheram lenha e fizeram uma fogueira. O loiro pegou as frutas que sua mãe levou para a torre mais cedo naquele dia e compartilhou com Changkyun.

-- Não quero que fique com fome.

-- Oh, obrigado, loirinho.

-- Disponha.

Comeram em silêncio até que o sono veio e eles cederam, dormindo um pouco próximos de mais pelo frio da noite.

Ao amanhecer, Kihyun foi o primeiro a acordar com algo fazendo sons de mastigadas.

-- O que é isso? - abriu os olhos devagar e se espantou ao ver alguns esquilos comendo as frutas que deveriam estar em sua sacola plástica - Daniel!

-- Hm...? - Changkyun apenas se mexeu, sem abrir os olhos -

-- Tem esquilos comendo a nossa comida.

-- O que você-

-- Eu disse que tem esquilos comendo toda a nossa comida!!! - chacoalhou Changkyun e ele finalmente levantou -

-- Não estavam em uma bolsa?

-- Sim! - Kihyun pegou a sacola e estava rasgada - Mas eles rasgaram...

-- Bichos maus.

-- Agora não temos mais comida.

Foi então que Changkyun teve uma ideia que julgou brilhante! Levaria Kihyun no bar dos valentões, que ele já ouviu falar ser nessa área, e com certeza o loiro iria mudar de ideia e querer voltar para casa.

-- Eu conheço um ótimo lugar onde poderemos comer uma comida bem gostosa, loirinho!

-- E onde fica esse lugar?

-- Não acho que fica muito longe daqui. Vamos andando e você pode ter certeza que comerá a melhor comida desse reino.

-- Então tá bom! - Kihyun sorriu, animado com a ideia -

Enquanto os dois estavam caminhando em direção ao bar, um pouco longe dali estava a mãe de Kihyun. Yuna tentou ir o mais rápido que pôde para conseguir voltar logo para a torre.

Mas bastou ver alguns guardas reais com seus cães farejadores que o medo de seu bem mais precioso ser descoberto bateu ainda mais forte. Por isso, ela caminhou normalmente até estar a uma distância boa e começou a correr em direção ao lugar onde deixou Kihyun.

Chegando lá, a corda da escada já estava à mostra e o desespero de Yuna começou. Ela subiu na torre às pressas e, totalmente afobada, começou a procurar por Kihyun, mas não teve sucesso. E foi por acaso que esbarrou em um jarro, o derrubando, e notou uma bolsa estranha dentro dele. Tomou um choque quando viu que se tratava de uma coroa real e um pedaço de papel com a foto de um bandido procurado.

-- Então foi ele quem levou o Kihyun? - estava meio aliviada agora, mas não completamente -

Sem saber o que fazer com sua fonte de juventude sequestrada, começou a pensar em uma forma de recuperá-la. Mas tudo fez sentido quando Yuna viu que todas as frutas que ela trouxe não estavam mais lá. As lanternas flutuantes vieram em sua mente e ela então entendeu porquê aquela bolsa estava escondida. Kihyun não foi sequestrado; Kihyun fugiu.

-- Eu vou te achar, garoto. - ela pegou a bolsa de Changkyun, assim como uma faca na cozinha, e desceu a escada, pronta para trazer o rapaz de volta - Você vai desejar nunca ter saído de casa e me desobedecido assim.