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A falsa mãe de Kihyun fingiu estar decepcionada quando o encontrou, mas disse que o perdoaria se ele fosse para a torre novamente. Ela realmente tentou levá-lo a todo custo.

O Yoo resistiu e explicou que está fazendo algo que realmente quer pela primeira vez na vida, tentou mostrá-la que pode sim se cuidar e que apenas voltaria para a torre após ver as lanternas. Entretanto, isso apenas serviu para deixar a mulher ainda mais furiosa. Depois de muito lamuriar, ela foi embora, mas não sem antes dizer a Kihyun que ele se arrependeria e reconheceria que ela sempre teve razão em mantê-lo na torre.

Quando Changkyun voltou com a lenha, eles conversaram mais um pouco sobre o que fariam no dia seguinte antes que as lanternas fossem finalmente lançadas no céu. Comeram algumas frutas que o Im pegou quando foi procurar lenha, e dormiram logo após, confiando mais um no outro agora.

O sol raiou no outro dia, indicando que um lindo amanhecer estava nascendo. Kihyun ainda estava dormindo quando Changkyun gritou e outra voz foi ouvida.

O Yoo levantou em um pulo, pensando se não teria um despertar calmo uma vez só fora da torre, e ficou assustado ao ver um homem usando armadura, com o cabelo preto super curto, tentando imobilizar Changkyun.

-- Quem é você?!

-- Lee Minhyuk, guarda real! Estou levando esse farçante comigo pelo bem do reino.

-- Não! Você não pode levar ele!

-- Se tentar salvar o criminoso, eu prendo você também, então fique longe.

-- Você não está entendendo. Esse cara fez um acordo comigo, e eu preciso dele. Agora mais do que antes.

-- Que tipo de acordo? Você não parece trabalhar no palácio.

-- Não, não trabalho. Meu nome é Kim Kihyun, e eu quero ver as lanternas flutuantes que vão ser lançadas amanhã. Mas só posso ver porque esse homem vai me levar. Então você pode soltar ele, por favor?

-- Não posso. Mas você disse que se chama Kihyun?

-- Já sei dessa história, mas não, eu não sou o príncipe perdido. Minha mãe se chama Kim Yuna e eu com certeza não sou da realeza.

-- Certo.

Mas Minhyuk não é idiota, e muito menos cego. Notou a semelhança entre Kihyun e o rei, mesmo que ele diga não ser o príncipe.

-- Amanhã é meu aniversário, guarda real! Depois você pode caçar ele o quanto quiser. Por favor!

Changkyun, que ainda estava sendo imobilizado por Minhyuk, olhou feio para Kihyun e recebeu um sorriso amarelo em resposta.

Se antes Minhyuk tinha uma leve desconfiança sobre Kihyun, agora ela aumentou em cem por cento. Como pode ele fazer aniversário no mesmo dia que o príncipe? Ora, por esse motivo os reis soltam as lanternas, para que o príncipe perdido finalmente ache o caminho de casa. Ele não poderia deixar essa oportunidade escapar, e só por isso cedeu ao pedido do Yoo.

-- Ok, Kim Kihyun, eu soltarei o Daniel.

-- Muito obriga-

-- Mas!

-- Mas?

-- Mas eu irei com vocês, e ai de algum dos dois se tentarem me despistar.

-- Tudo bem, você pode ir com-

-- E!

-- E?

-- Você também precisa me acompanhar logo depois. Quero ter a certeza de que você não é o príncipe que estamos procurando há dezoito anos.

-- Mas eu não sou mesmo o príncipe.

-- Então não se importará em realizar alguns exames. Dito isso, podemos seguir caminho.

Minhyuk soltou Changkyun, mas ainda olhava seriamente para ele, como se não fosse relaxar até o momento que realmente o prendesse.
O Yoo agradeceu com uma reverência e eles seguiram a viagem.

No caminho, pararam para observar a preparação de uma festa. Kihyun descobriu que desde o desaparecimento do príncipe, os moradores daquela região organizam uma cerimônia para comemorar esse dia sagrado, mesmo que ele ainda esteja perdido.

Por estarem com fome, se voluntariaram para ajudar nos preparativos e aproveitaram para comer a refeição que estava sendo distribuída aos ajudantes.

As pessoas responsáveis colocaram música para tocar no fim da organização e houve dança, brincadeiras, e mais comida. Kihyun ficou surpreso, já que a festa ainda seria amanhã.

Todo mundo era tão gentil e legal consigo, que não entendeu porquê sua mãe sempre o dizia para não sair da torre. Se perguntou se ela realmente já havia encontrado alguém de verdade um dia, porque na sua cabeça não fazia sentido transformar essas pessoas em monstros.

Também se divertiu como nunca tinha feito antes. Dançou com várias pessoas, incluindo Changkyun e Minhyuk, brincou com algumas crianças, e seu maxilar ficou doendo de tanto rir das piadas que alguém estava contando. No fim do dia, estava exausto, mas feliz. Apenas achou estranho que uma foto do príncipe pequeno parecesse tanto com o seu reflexo no espelho, porém deixou para lá quando Minhyuk avisou que encontrou um lugar para ficarem.

Kihyun estava realmente muito animado, pois amanhã será o grande dia! Quase não consegue acreditar que verá as lanternas flutuantes que sempre sonhou em ver. Changkyun estava feliz por ele, mas se sentia meio melancólico ao pensar que teria que deixá-lo depois disso.

Por outro lado, Minhyuk estava satisfeito por ter a chance de cumprir seu trabalho direito. Teria apenas que esperar mais algumas horas para prender Changkyun e, como tinha quase certeza de que achou o príncipe, sabe que essa satisfação dobrará quando o exame de dna, que Kihyun fará, der resultado.
Ele tem certeza de que o reino estará em grande festa no futuro. E talvez ele esteja certo.

Tangled [Changki]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora