CAPÍTULO EXTRA 12

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Melanie Parker (Garcia). Montreal - Canadá.

Bom, esse parecia ser meu fim, nada mais do que meu belo fim.

Eu fiquei encostada naquela parede fria, enquanto Renato me olhava como se fosse me esfolar todinha ㅡ e talvez ele realmente fosse ㅡ, por seus olhos parecia que passavam mil maneiras de como me matar.

ㅡ Você e essa sua mania insuportável de manter as coisas em sigilo, de esconder as coisas de mim, mesmo quando minha própria vida está em jogo. Por que não me contou sobre o fato daqueles idiotas quererem me matar? Se você tivesse aberto a porra da sua boca pra me falar algo, pode ter certeza que não chegaríamos à esse ponto. ㅡ Eu simplesmente estourei.

ㅡ E que autoridade você tem pra falar assim comigo? ㅡ Ele perguntou com certa calma, mas a raiva em seus olhos era nítida.

ㅡ Toda. ㅡ Quase gritei e finalmente consegui me recompor e sair por aquela porta, logo estando no nosso quarto.

ㅡ Resposta errada. ㅡ Ouvi sua voz novamente.

ㅡ As vezes eu não sei como eu consegui me casar com você, sinceramente. ㅡ Falei, enquanto eu me vestia, Renato me olhava tentando se controlar para não me devorar, pois ele estava bravo comigo.

Assim que eu terminei de colocar meu pijama, olhei no relógio e já era bem tarde da madrugada, daqui à pouco o dia começaria a clarear.

Deitei na cama, afim de dormir, pois eu não queria discutir com o, eu sei que eu havia feito errado, mas eu não queria que ele ficasse jogando em minha cara.

Deitei e Renato entrou no banheiro e bateu a porta atrás de si com extrema força, quase pulei da cama, até porque levei um puta susto, mas percebi que ele só estava tentando controlar a raiva, que sempre vinha no nível mais alto em relação à ele.

Fiquei deitada ali, eu não estava conseguindo dormir, parecia que se eu dormisse, Renato me daria dois tiros e eu nunca mais acordaria, passou-se um tempinho meio longo e logo ele saiu do banheiro, apenas de calção, veio em direção à cama e assim que eu achei que ele iria deitar ao meu lado, ele apenas pegou seu travesseiro e foi em direção à porta.

Levantei-me.

ㅡ Onde você vai? ㅡ Perguntei não entendendo.

ㅡ Dormir em algum outro quarto que não seja esse. ㅡ Ele disse simples.

ㅡ Renato... As coisas não precisam ser assim. ㅡ Tentei argumentar, mas eu dava toda a razão para ele.

Você acha mesmo que eu vou deitar na mesma cama que você? Nunca se sabe o que poderia acontecer quando eu estivesse dormindo, até porque você mostrou que você pode lançar veneno contra seu próprio marido. ㅡ Ele me deu aquela facada e saiu.

Não lembro quanto tempo eu fiquei ali parada, incrédula com o que ele havia me dito, só sei que foi tempo o suficiente para eu me odiar, aquilo foi doloroso, joguei-me na cama e ali eu fiquei, não consegui pregar os olhos por nenhum instante, apenas fiquei ali, pensando na merda que eu havia feito.

***

ㅡ Mel... ㅡ Lilly entrou no quarto pela manhã, tentei fingir que eu estava dormindo, mas ela me conhecia melhor do que ninguém. ㅡ Quantos anos eu sou sua amiga mesmo? Ah, o suficiente para saber que você não consegue dormir de bruços.

ㅡ Me deixa... ㅡ Murmurei.

ㅡ Jamais. ㅡ Ela disse e eu me ajeitei na cama, ficando sentada. ㅡ Você não dormiu?

Gângster Possessivo #2 | Renato Garcia (Concluída)Where stories live. Discover now