♡ Capítulo 10 - Willard asylum ♡

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O enorme hospital psiquiátrico Willard se erguia majestosamente com uma linda arquitetura pan-óptica, um conceito criado no século XVIII pelo também filósofo inglês Jeremy Bentham

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O enorme hospital psiquiátrico Willard se erguia majestosamente com uma linda arquitetura pan-óptica, um conceito criado no século XVIII pelo também filósofo inglês Jeremy Bentham. Bastante  moderna se fomos considerar a época em que foi construído, porém nem tudo era assim, o que se escondia por trás daquele belo conceito arquitetônico era bem mais sombrio do que todos poderiam alguma vez se quer imaginar.

Diferentemente da estrutura de seu exterior, o interior era contrário, bem mais real com a situação contida nessas mesmas paredes.
Passos acelerados eram abafados naquele vasto chão de parquet, os gritos e lamurios de diversos pacientes eram tão fortes que escutavam-se de todos os cantos do palacete, alguns de dor, outros de desespero e outros, os mais comuns, de completa insanidade.

Aqueles pesados sons do mocassin preto terminado em verniz estremecia boa parte dos reclusos, que mesmo com toda a baderna, eram reconhecíveis, uma vez que apenas os funcionários poderiam dispor do privilégio de usar sapatos. Provavelmente esse alvoroço todo de algum dos casacas brancas como eram chamados significava somente uma coisa: alguém teria que enfrentar seus demônios, e consequentemente passar por inimagináveis meios de "cura".

Logo, o dono de tais barulhos chegou ao seu destino, uma das várias portas De Carvalho escuro, no entanto essa tinha algumas singularidades, que as demais não. A primeira coisa que prendia a atenção eram os pequenos detalhes em dourado na maçaneta formando uma espécie de arabesco que abraçava a estrutura arredondada, dando um certo ar de elegância a aquela porta, com uma plaquinha pequenina de mármore em seu meio, indicando a sala de consultas, a tão temida sala 510.

Onde quem ia não voltava sendo o mesmo. Sem demoras pegou sua maleta de couro e a colocou em cima do antigo escritório de madeira, a abrindo e separando sua prancheta, a qual apenas possuía dois dados, o nome da paciente e o pré diagnóstico: psicose alucinatória crônica.

Um pequeno sorriso de lado se estabeleceu em seus lábios, pelo visto a nova integrante desse local seria muito mais interessante do que ele imaginava, não eram todos os dias que alguém aparecia com esse tipo de patologia psiquiátrica, delírios constantes causados principalmente por alguma espécie de trauma, eram bem raros. Sem demora começou a se aprontar.

Colocou seu jaleco bem passado, o qual possuía um pequeno detalhe em seu bolso, o nome do médico bordado na cor dourada, seus óculos de grau grandes e arredondados e seu estetoscópio de uma cor azul royal. Terminadas as preparações sentou-se na cadeira giratória do mesmo material de sua mesa, apenas aguardando impacientemente sua nova aquisição.

Seus dedos tamborilavam a estrutura a sua frente com raiva, como que poderiam deixá-lo esperando? Era inadmissível, uma falta de respeito, uma barbarie! Pensava com ferocidade, necessitava por seus olhos em tal fenômeno e finalmente descobrir o que acontecera de tão grave em seu passado, para provocar esse tipo de dano. Seu raciocínio foi interrompido pelo sonido de três largos banques na porta, claramente pedindo a sinalização para poder entrar.

Visto isso, aclarou sua garganta com um pequeno grunhido e expressou quase que imediatamente o comando que o guarda necessitava para passar. A situação da mulher em sua frente era mais do que deplorável. Seus cabelos que alguma vez poderiam ter sido loiros ou castanhos estavam irreconhecíveis, enredados e escuros, seu rosto em formato de coração era harmonioso, no entanto as várias contusões antigas e novas o deterioravam, especialmente o sangue que já estava seco em seu delicado nariz.

Seu corpo estava coberto apenas pela bata suja e decadente do hospital, ambos os olhos azuis, estavam opacos, tanto que pareciam ser desprovidos de qualquer sinal de sentimentos ou emoções, seus pés, como os de todos os doentes mentais permaneciam descalços, a principal maneira de identifica-los e o mais aterrorizante, seu aspecto no geral. Sua complexão mediana indicava que seu corpo estava quase sucumbindo à morte, a magreza extrema era quase surreal, porém nada disso o sensibilizou.

A raiva pela espera de seis minutos e meio era muito mais importante, e até que desse uma completa lição de moral no segurança não pararia. Dadas as comoções, penteou com estresse seus cabelos escuros para trás com a mão e reacomodou os óculos para colocar o olhar cheio de cinismo na pequena moça encolhida no canto da sala.

— Queira fazer o favor de se sentar senhorita, tenho mais o que fazer do que esperar você decidir se entende ou não o meu idioma. Lotty ja não era a pessoa destemida e curiosa de antes, todos os acontecimentos fizeram com que ela virasse uma pessoa retraída, introvertida e extremamente assustada. Dando um pequeno aceno ao homem a sua frente, levantou-se cambaleante até a simples cadeira de madeira, diferentemente da do médico, a qual parecia ser muito mais confortável. Apoiando-se em seu batente para não cair devido a fraqueza.

— Então, senhorita Charlotte, sem mais delongas gostaria que me contasse o que acontecera naquele verão de 1974 em Dallas, mais precisamente no Texas, e eu se fosse você começaria bem do início, caso não queira conhecer a sala 634.

— Então, senhorita Charlotte, sem mais delongas gostaria que me contasse o que acontecera naquele verão de 1974 em Dallas, mais precisamente no Texas, e eu se fosse você começaria bem do início, caso não queira conhecer a sala 634

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I just love him - ( leatherface fanfic )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora