Capítulo 22 - FIM DA ESPERANÇA

109 31 77
                                    

— Alô, oi mãe — Kathelly disse quando atendeu a ligação logo pela manhã.

— Filha, tenho que te conta uma coisa. — Sua mãe chorava, a voz roca com a respiração pesada.

Kathelly tentou esquecer o acontecido e fugir dessa conversa, não aguentou ver as sessenta e quatro chamadas perdidas da sua mãe. Que estava sozinha nesse momento tenebroso. Looyze era apaixonada por João, iria fazer vinte e três anos de casada no próximo mês, estava acabada com essa tragédia se sentindo solitária e desesperada, sem saber o que fazer.

— Não quero ouvir, mãe — seus lábios tremiam e lagrimas molharam sua face. Recostou a cabeça no vidro da porta e observou a água do rio corre entre as pedras na mare baixa, desejou ser nada nesse momento de angústia.

— Filha, seu pai — a voz ficou fraca.

— Para por favor.

— Nosso refúgio — deu para ouvir os soluços do choro. — Nosso refúgio morreu. Nosso amor morreu Kat.

As duas ficaram por hora em choro profundo de dor, e culpa. Kathelly queria ir até à mãe e abraçá-la forte, pedi desculpa e conta tudo. Mas não poderia.

Horas depois Z chegou do mercado com algumas sacolas e lenço umedecido, para ela que estava com os olhos vermelhos e fundos.

Assim que ele entrou, Kathelly levantou de onde observava o rio tentando esquecer a dor. Mesmo a noite anterior ter sido incrível com Z, ela estava embriagada pela magia da visão do passado, tendo imaginado que a dor passaria aproveitando o ápice do amor entre os dois.

Kathelly pegou a bolsa de dinheiro, que estava sobre o sofá com severidade.

— Vamos compra logo o espelho Z.

— Tudo bem — ele disse calmo — Vou liga para Duart e marca uma hora hoje.

— Não precisa vamos agora — falou ríspida. — Senhor Duart terá que nos atende — foi até o banheiro e lavou o rosto respirando fundo.

— Come alguma coisa — disse apreensivo.

— Não. Vamos logo — Ela pegou a bolsa de dinheiro. Quando reparou que Z lhe analisava com afeto e preocupação. Foi até ele e o abraçou. — Desculpa, não podemos ficar mas um minuto nesse mundo. Quero esquecer isso tudo, se não vou enlouquecer.

Quando chegaram no endereço da mansão do Sr. Bernard Duart, aguardaram quase quarenta minutos no portão enquanto a segurança verificava a visita. Quando finamente os guardas permitiu que entrasse, estacionaram no grande estacionamento. Cinco seguranças estilos agentes secretos, com terno preto, camisa social branca e gravata preta, com fone no ouvido, se aproximaram do carro.

— Sr. Mancini, nos acompanhe por favor — disse segurança.

Um Helicóptero chegou e sobrevoou a mansão branca dando uma volta na propriedade e pouso no local adequado próximo ao estacionamento. Ondes eles estavam. Sr. Bernard Duart que pilotava a aeronave.

— Bon aprés-midi, les jeunes — disse Duart em francês cumprimentando o casal. O homem de meia-idade, cabelo cinza e olhos azuis, usava um blazer branco sobre uma camisa bege e um lenço amarado em volta do pescoço. Era elegante e charmoso, típico francês raiz.

— Grand monsieur — respondeu Z apertando forte a mão do Senhor.

— Oui, e esta bela donzela? — Duart falou beijado a mão de Kathelly, que ficou sem graça com atitude inesperada. — Seu nome é Kathelly de quê?

— Kathelly Bhow Andrômeda — Surpreende-se por ele ainda lembra do seu primeiro nome.

— Oui. O senhor Mancini, não pode vir?

ESTRANHO MUNDO DE KATHELLY ANDRÔMEDA (CONCLUÍDA)Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum