Twelve (Pacífica)

1K 91 33
                                    

🦙No dia seguinte🦙

Eu estava com muito sono, porque eu havia passado a maior parte da noite acordada pensando no meu beijo com a Mabel, e a luz que vinha da janela, e atingia meu rosto, estava me incomodando, não me deixando dormir por mais tempo como eu queria.

– Bom dia flor do dia – escutei uma voz feminina vir da porta do quarto, eu sabia que era a voz da Mabel, mesmo eu estando deitada e de olhos fechados eu sabia que era ela.

Me levantei, ficando sentada na cama, e esfreguei meus olhos, tentando afastar o cansaço que eu estava sentindo e os pisquei tentando me acostumar com a claridade que estavam machucando os meus olhos naquele momento.

– Bom dia – respondi meio sonolenta, quando meus olhos se acostumaram com a claridade eu pude ver a menor segurando uma bandeja de madeira com um prato de panquecas, um suco de laranja, uma tigela com salada de frutas e um pote de iogurte de frutas vermelhas – para que tudo isso? – perguntei encarando a outra com um olhar confuso.

– Isso tudo é para você – ela respondeu sorrindo enquanto caminhava em minha direção e colocava a bandeja de madeira em meu colo.

– Obrigada – falei sorrindo – mas por que você se deu ao trabalho de preparar tudo isso? – perguntei e percebi que a menor começou a ficar nervosa.

– É que eu não sabia como te perguntar uma coisa então eu cozinhei tudo isso para ter como começar a conversa – falou enquanto brincava com seus dedos.

– E o que você queria me perguntar? – agora eu fiquei curiosa, Mabel era sempre tão alegre e energética, eu nunca havia visto ela nervosa com alguma coisa.

– Eu queria saber se... – ela começou a frase, mas parou quando olhou nos meus olhos e depois desvias seu olhar para suas próprias mãos.

– Se...? – a encorajei continuar sua frase enquanto eu fazia um gesto com uma das minhas mãos para que ela continue.

– Se... se você quer sair comigo hoje de tarde? – perguntou, eu olhei para ela com a surpresa estampado em meu olhar.

Instintivamente eu olhei para trás de Mabel onde, aparentemente, era para estar vazio. "Isso é coisa sua né?" perguntei em meus pensamentos para o lugar que eu encarava e uma risada ecoou pelo quarto assustando a Mabel com o barulho repentino.

– Aparece logo inferno – ordenei, fazendo Mabel olhar para trás de si e o loiro oxigenado que eu chamo, contra a minha vontade, de irmão aparecer no mesmo lugar que eu estava encarando.

– Desde quando você tá aqui? – Mabel perguntou para o loiro com uma expressão confusa e indignada, por ele estar espiando, ao mesmo tempo.

– Desde que você passou por aquela porta – ele falou despreocupadamente enquanto apontava com o dedão para a porta do quarto.

Fiquei observando a Mabel explicar para o Bill o que é privacidade e alguns minutos depois vi o Dipper aparece na porta parecendo procurando algo.

– Meninas vocês viram o... – ele falou, mas assim que seu olhar caiu sobre Bill ele interrompeu sua própria frase – esquece eu já achei – disse caminhando até o loiro e o puxando para fora do quarto.

Ficamos algum tempo em silêncio depois de descobrirmos que o Bill estava espiando a nossa conversa, até a morena se virar para mim com uma expressão nervosa e envergonhada.

– Então... você quer sair comigo? – perguntou parecendo estar incerta com a pergunta que acabou de fazer.

– Com uma condição – falei e vi a garota de cabelos castanhos na minha frente ficar temerosa com a minha fala.

Guardiões demoníacosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora