Capítulo 12 - A Segunda Tentativa

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Apreciem ♥♥

— Não está mesmo chateado comigo? — perguntou Namjoon pela quinta vez enquanto comia a pipoca no balde grande sobre seu colo.

— Joonie, é óbvio que eu não estou. Lembra do que eu disse, certo? A gente ia tentar, se você não se sentisse bem, não faríamos mais.

— Mas você gosta tanto de cinema, Jinie! — disse um tantinho chateado.

— Mas eu gosto mais de você. — sorriu radiante o youtuber que, além de roubar uma pipoca, roubou também um beijo do outro que sorriu sem graça.

Namjoon até havia tentado, visto que seu dono era desses que adorava uma sessão de cinema, a ficar mais do que quinze minutos na sala, mas não conseguiu de forma alguma. O som alto demais o incomodava, a sala completamente fechada também não era convidativa, mesmo que não estivesse escuro para ele lá dentro. Infelizmente, ele pediu ao dono que saíssem dali, sua mente estava turva e os ouvidos latejavam, era muito estímulo para ele.

Agora, sentados do lado de fora com as pipocas, eles viam as lojas fechando pelo adiantado da hora, rindo de alguma coisa que Jin encontrava no Twitter, o que lentamente acalmava a serpente; saber que seu dono não estava irritado com ele era tudo que o homem queria.

— Joonie... você está há cinco meses comigo, e eu... queria perguntar algo.

— Pergunte. — ele sorriu.

— Quando você foi vendido das outras vezes, por que pediu que fosse enviado de volta?

— Por uma série de motivos. A primeira casa que eu fui morar, eu era muito novo, tinha uns dezesseis anos, me compraram para que eu fosse um tipo de guarda da casa. A família viajava bastante e eu ficava muito tempo sozinho, então pedi que me enviassem de volta; eu não gosto de fazer mal pras pessoas, não queria ter que agir se um ladrão entrasse.

— E eles te deixavam sozinho?

— Sim, completamente. Depois, eu fui para a casa de um senhor muito simpático, mas... seus netos não eram. Eu sou como você conhece, calmo e quieto, gosto de quietude e gritos me deixam muito desconfortável. Bom, não os seus. — ele sorriu e piscou para Jin que riu e acertou um tapa nele.

— Isso porque é você que os provoca.

— Talvez seja isso. — ele riu. — São momentos únicos, fora isso, eu não sou adepto a sons altos, como pode notar. A terceira casa... eu devia servir ao filho mais velho deles, foi um presente de aniversário. Não quero realmente me lembrar daquela época, fui comprado pra ser um escravo sexual.

Jin colocou as mãos sobre os lábios.

— Que horror, Joonie!

— Na primeira vez que aconteceu e eu me neguei, meu dono tentou me bater, mas eu o segurei antes. Não o machuquei nem nada, mas impedi que ele me acertasse, isso irritou a família que me via como um completo submisso deles. No dia seguinte eu já estava fora de lá. A última casa que eu fui antes de ir pra sua pedia que eu cuidasse de um bebê. Não se deve deixar cobras com crianças... eu tenho muita força, já viu que eu consigo te deixar roxo muito facilmente, eu tive medo. Medo de machucar o bebê.

— E por que quis vir comigo?

— Você não parecia gostar de gritar ou ter crianças em casa, seu cheiro suave não me trazia algum sentimento ruim, então eu confiei.

— Confiou pelo cheiro?

— Foi. — ele riu baixo. — Sempre consegui ler você pelo cheiro, o aroma que desprende dos seus poros com cada emoção é fácil de perceber, porque são bem distintos. Por isso sempre disse que podia lê-lo, de fato, eu posso.

Sal e Pimenta | Namjin hybridDonde viven las historias. Descúbrelo ahora