CAPÍTULO 36

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-Eu pensei...eu realmente pensei...—minha voz falhava, de tanta felicidade, o abraçando, no mesmo momento.

-Shh, eu sei...até eu pensei isso—ele falou ao pé do meu ouvido, me acalmando—eu estou bem, quer dizer, mais ou menos—me afastei dele, analisando seu rosto, á procura de algo de errado, então, ele retirou sua camisa.

Suas costas estavam, com marcas de queimaduras, não pareciam ser muito graves, mas provavelmente, estavam doendo.

-Como você, saiu dali?—perguntei o que mais me intrigava.

-Eu só precisei, me concentrar um pouco e raciocinar, até que, encontrei uma saída que, me levava para a parte de trás da casa. Eu comecei a correr muito, mas, mesmo assim, fui atingido pela explosão—ele disse, e nos sentámos, na cama—Fui andando, até a estrada e lá, pedi carona à uma senhora que, me levou até o hospital.—ele contava e, eu ouvia tudo com atenção.

-E porquê, não avisou Lucca? Nós todos ficamos, abalados—falei me lembrando, do tanto que sofremos.

-Eu não tinha como, eu estava em cuidados intensivos... inalei muito gás, e eu não estava com meu celular, muito menos, tinha vossos números, decorados—explicou, pegando na minha mão.

-Eu fiquei, tão triste—disse e ele se aproximou, me abraçando.

-O meu maior medo, foi nunca mais te ver—ele declarou e separou do abraço, segurando meu rosto, com suas mãos—Lá dentro eu percebi, o quão especial você é pra mim, e que... eu me apaixonei por, cada parte seu—exprimiu por fim, olhando bem nos meus olhos, o que me fez sorrir, abertamente.

Sem mais delongas, colei nossos lábios e ficamos assim, por um tempo, somente sentindo e desfrutando, daquele sentimento bom que, nos dominava. Movimentei os lábios, expressando  toda a minha saudade, por ele. Separamos o beijo e nos abraçamos, novamente, apreciando aquele momento, de calmaria.

-Lucca, teus pais!—exclamei, lembrando-me que, eles ainda estavam tristes, com a situação.

-Me empreste, seu celular, por favor—ele pediu, e eu lho entreguei.

Ele desbloqueou-o, e ligou para sua mãe, por vídeo.

A primeira coisa que, se ouviu foi, o grito de sua mãe e, seu choro, logo após.

-O que foi, Emma? Porquê, gritou?—Jonh apareceu no quarto, e segundos depois, tivemos a visão dele, na tela do celular.

Sua reação foi de alguém que ficou, em choque. Ele não falava, absolutamente nada, somente deixava as lágrimas, rolarem pelo seu rosto. Respeitei o momento de família deles, e decidi os deixar á sós, para conversarem. Fui até a varanda, tomar um ar e, encarar a vista.

Muita emoção, para somente um dia.

Minutos depois, senti braços rodando minha cintura, e ele a apertar, me fazendo suspirar. Voltei-me para ficar, de frente para ele.

-Estamos bem?—perguntei um pouco apreensiva, pois, até três dias atrás, ele estava chateado comigo.

-Estamos bem, Savannah—respondeu, beijando minha bochecha.

-É que, você estava chateado comigo e, eu fico sem saber se isso passou, ou nem por isso— tentei que as coisas ficassem esclarecidas, o máximo possível.

-Eu entendi que, todos estão sujeitos a errar, e o mais triste, foi ter que, quase perder minha vida, para entender isso... não pense muito nisso, nós estamos bem—declarou firme, me transmitindo confiança.

Como que para selar, sua declaração, ele selou seus lábios, com os meus. O beijo, foi mais quente do que, o primeiro que demos sentados, naquela cama. Enlacei meus braços, ao redor do seu pescoço e, sem perder tempo, ele me pegou no colo, sem separar o beijo.

Deitou-me na cama, porém, logo me virei, ficando por cima, exibindo um sorriso malicioso, no canto da boca.

Seria eu, no comando.
...

Muitas horas de viagem, cansativas, e eu nem pude visitar Paris, como eu realmente queria. Pelo menos, no caminho para o aeroporto, parámos em frente a Torre Eiffel e tirámos, uma foto.

Uma recordação, que não fosse ruim, daquela viagem.

O carro parou, em frente á minha casa e, descemos. Ele me ajudou com as malas, até a porta, pois, estavam pesadas.

-Entregue—pronunciou, e eu sorri, de lado.

-Que educado, você não era assim—comentei irónica e ele riu, me dando um beijo casto.

-Vai voltar logo, para as missões?—ele perguntou, um tanto curioso.

-Daqui uma semana, quem sabe—respondi, e ele assentiu.

-Não é tão mal, trabalhar com uma, Croops—constatou, com um sorriso sarcástico.

-Eu odiei trabalhar, com você—eu disse, o que não era de todo mentira, fazendo-o rir—Você me tratava, que nem criança, Lucca... "Trouxe isso?", "Colocou aquilo?"—falei imitando a sua voz e, ele riu ainda mais.

-Somente precauções, Vanscoor—ele disse, com o seu típico sorriso de lado, e eu lhe mostrei o dedo do meio.

-Até, Hills—me despedi, dando-lhe um beijo, entrando em casa, de seguida.

Me encostei na porta, já fechada e, suspirei fundo.

Caralho, eu definitivamente, tinha quebrado, a regra 2.

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